Durante a tarde, tomo várias xícaras de chá de diversas plantas que Five insiste alegar que irão me ajudar mas eu particularmente acho que são um tanto quanto inúteis, as únicas que realmente ajudam a tratar a dor são as que ele passa quentes na região. Five fica sempre a espreita, me vigiando e, de vez em quando, me mimando com flores e comidas. Ele tem boas intenções de me ajudar a superar o trauma, porém apenas o tempo será encarregado de me fazer esquecer.
A tarde chega e o sono começa a tomar conta de mim, Five percebe e vem ao meu encontro.
Five: você quer que eu traga mais cobertas ou alguma coisa?
- não, está bom assim. Eu só queria saber se posso dormir ao seu lado? Me sinto mais segura.
Five: claro, vem cá.
Ele deita de costas colocando minha cabeça sobre seu braço e fazendo carinho no meu cabelo. Minha virilha começa a latejar, trazendo à tona novamente as lembranças horríveis do incidente, me contenho para não chorar, talvez eu precise de alguma distração.
- Five, você pode me contar alguma história?
Five: sobre?
- sei lá, pode ser sobre alguma das suas visitas ao passado.
Five: eu tenho uma engraçada de quando estávamos treinando os poderes com nosso pai e eu estava odiando, resolvi escapulir um pouco.
- você faz isso direto?
Five: parei quando a comissão me pegou mas eu tinha um certo costume. Voltando a história, eu estava entediado e abri um portal para o passado meio sem destino, com cálculos não precisos, um erro. Lá estava eu aparecendo magicamente no palco de um circo durante uma apresentação, tinham animais e dançarinas com roupas estranhas fazendo piruetas. Aí um homem que eu acho que organizava o circo me viu no palco e entrou me tirando de lá, ele achava que eu fazia parte do espetáculo e me deu uma roupa de bailarina para vestir. Relutei, mas algumas bailarinas chegaram me perguntando se eu era o dançarino que iria fazer as mágicas e sem tempo de responder elas me despiram e colocaram a fantasia de bailarina. - sem conseguir me conter, solto uma gargalhada alta e estridente, Five começa a rir comigo também. Recuperando o fôlego, peço pra ele continuar.
Five: aí meio sem alternativa entrei no palco novamente com a roupa ridícula e todos já estavam surpresos com a forma que eu adentrei o local então apenas demonstrei um pouco do meu poder e todos aplaudiram. Durante a apresentação, abri um portal para casa e me joguei, devem se perguntar até hoje onde fui parar.
- e a roupa de bailarina?
Five: eu me teleportei para meu quarto, tirei a roupa e guardei entre os pertences da mamãe.
- eu só queria ter visto a cena.
Five: constrangedor. - ele começa a ficar vermelho de vergonha.
- eu diria fofinho.
Five: eu só queria saber como vocês mulheres usam roupas tão desconfortáveis.
- acostuma.
Five continua contando algumas histórias até que adormeço, lentamente, em seus braços.
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Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves
Fanfiction"inebriante" assim s/n deve o descrever. Não sabe ao certo sobre o que sente ou se sente, Five a corresponde? O desejo de poder insaciável de uma gestora ardilosa e cruel, até onde ela será capaz de ir para conseguir o que tanto almeja? Seria um amo...
