capítulo 45

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Five se aproxima do balcão enquanto eu observo as comidas expostas.

Five: two coffees please, quer mais algo s/n?

- aquele negócio ali. - aponto para um pãozinho pequeno e meio estranho.

Five apenas resmunga olhando para o homem e apontando o pão.

- você não sabe falar inglês né.

Five: o básico do básico mas eu me viro.

- tô vendo.

Sentamos em uma mesa de madeira toda esculpida, ali dentro é quente então retiro o capuz.

- sobre a mulher do porta retrato você disse que conhecia ela, quem é?

Five: não tenho certeza mas acho que já vi ela naquela banca de revistas no centro da cidade, sabe?

- nossa, realmente lembra muito, será que é ela?

Five: é muito difícil, até porque a mulher que o George conheceu era de outra época.

- e se a comissão mudou ela de época?

Five: seria bem bizarro mas não é impossível.

Nisso o homem se aproxima pousando os cafés e o pão na mesa e se retira.

- você tem grana pra pagar, né?

Five: não sei nem qual moeda eles usam nessa época.

- tá de brincadeira, e vamos pagar como?

Five: sei lá, da última vez eles se contentaram com uma lasca de ouro.

- onde você encontra essas coisas?

Five: meus pulos.

Nem questiono, pois sei que ele não vai responder. Bebericando o café analiso o pão que aparenta ser rígido e difícil de comer.

Five: bom o café né?

- ótimo, mas olhando esse pão mais de perto acho que eu não vou comer.

Five: realmente, ele parece que foi amassado por você sabe quem.

- sei, vou ficar só no café mesmo.

Nisso um homem de aparentemente idade avançada entra com um garoto da nossa idade. Conforme eles se aproximam, o garoto me olha fixamente deixando Five com sangue nos olhos. O garoto vem até nossa mesa e faz referência para mim, deve ser alguma forma de cortejo.

Five: qual foi babaca quer morrer?!

- ele nem entende o que você fala.

Five: mas ele entende que eu não tô muito feliz.

O garoto se aproxima ainda mais de mim, mas antes de chegar a me tocar Five pula em cima dele com agressividade socando a cara do garoto contra o chão de madeira fazendo um barulho alto.

- de novo não, Five!

O homem, que eu creio que seja o pai do garoto, separa os dois olhando para mim e Five com desprezo, enquanto o garoto fica esticado no chão com o rosto machucado e segurando o nariz com as mãos enquanto escorre sangue.

Five: vamos sair daqui.

- vamos, antes que esse homem queira vingança.

Vamos até a porta mas do outro lado da rua vemos uma surpresa desagradável.

- gestora?!

Five: essa desgraçada não morre nunca! Vamos voltar para dentro.

Nos viramos e o homem está parado logo atrás de nós com os punhos cerrados, atrás dele também há o dono do estabelecimento querendo cobrar a conta.

- melhor sairmos.

Five: a gestora tá vindo na nossa direção e também surgiram alguns agentes, daqueles que matam sabe...

- fodeu.

Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves Onde histórias criam vida. Descubra agora