capítulo 64

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Durante a tarde trocamos beijos e carícias, alimentamos os animais e quando a noite se aproxima nos preparamos para dormir, o dia seguinte será complicado.

Five: será que uma coberta dá?

- não sei.

Five: vou colocar duas. - ele fala enquanto pega mais uma coberta no armário esticando na cama principal do chalé pois não me sinto confortável na cama de visitas por causa do ocorrido.

- como você vai fazer amanhã?

Five: eu já tenho um plano pro Liam. De acordo com suas lembranças, a garrafa de vinho é antiga e dessa época, eu já até imagino onde ele comprou.

- você vai pegar ele antes de vir pra cá?

Five: exatamente, mas agora vamos dormir que amanhã vai ser um dia cheio.

- realmente.

Five: podemos dormir de conchinha? Gosto de como você é quentinha... - ele fala, ficando um pouco sem jeito com o que havia acabado de falar.

- óbvio, vem.

Five: não vai me explanar né?

- não, seu bobo. Seu segredo tá seguro comigo.

Five: ah bom. - ele me puxa para um beijo rápido de boa noite, apenas um leve estalo de nossas bocas.

Deito na cama colocando o pescoço em cima do braço de Five, que encaixa meu corpo perfeitamente ao dele; a mão boba ergue minha camiseta, se acomodando entre meus seios.

Five: como eu gosto disso.

- é quentinho né?

Five: sim sim. - enquanto ele fala o ar quente que sai da boca dele passa pelo meu pescoço me fazendo arrepiar. Eu consigo ouvir a respiração calma de Five no meu ouvido, cada vez mais lenta e mais longe, adormecemos.

Acordo com o cheiro de café fresco recém passado, o aroma faz minha barriga roncar alto.

Five: vejo que alguém tá com fome. - ele fala se aproximando de mim com a xícara de café.

- hm bom dia.

Five: quer café?

- você não precisa sair de casa já?

Five: dormimos tão cedo ontem que hoje acordamos cedo também, é tão cedo que duvido que alguém além de nós esteja acordado.

- nossa.

Five: pois é. Café? - ele estende a xícara branca com o líquido escuro.

- me dá. - levanto me encostando na cabeceira da cama enquanto pego a xícara dando um um gole pequeno. Noto que está bem quente, pois minha língua arde.

Five: vai com calma! Acabei de passar, está quente demais.

- reparei. - coloco a língua para fora no ar mais gelado para parar de arder.

Five: quer beijinho do sapo?

- nossa Five, isso é do tempo que tínhamos 5 anos.

Five: é, mas você quer?

- o sapo vira príncipe?

Five: não garanto, mas o sapo iria ficar feliz com o beijo.

- então conte ao sapo que eu beijo ele.

Five: sapo mandou avisar que não vai ser beijado por você.

- Five, decida se você quer me beijar ou não.

Five: eu quero, mas o sapo não.

- nossa sério, eu vou te dar uma surra.

Five: vem cá boba.

Five passa uma mão no meu pescoço enquanto suga meus lábios. A boca dele é quente e a língua macia. Retribuo o beijo na mesma intensidade, calmo e lento, o fazendo apreciar cada movimento. Separo nossos lábios olhando Five nos olhos.

- te odeio.

Five: também te amo s/n.

- você precisa sair de casa, vai lá antes que seja tarde.

Five: é cedo ainda, mas realmente eu preciso prevenir.

- sim, vai lá e se cuida.

Five: caso algo dê errado, não toma nada que ele te der e aquele machado pendurado ali na parede não é só enfeite.

- ok meu amor, vai lá que aqui eu me viro. Ah também cuidado pra não te atacarem por você estar com essa roupa.

Five: não irão me ver.

- ok.

Five pega o casaco e se teleporta com um sorriso, me viro para olhar o café que derrubou algumas gotas na cama mas nada que não possa resolver. Me levanto observando a mancha de perto, mas um cheiro estranho se intensifica.

- ai que cheiro horrível, não pode ser só café.

Morte: vou levar como um elogio até porque já me ofendeu bastante.

- ai tentação, sai daqui!

Morte: calma querida, temos que conversar. Eu sabia que o namoradinho não ia ficar todo tempo perto de você.

- você tava nos observando?

Morte: sim, aliás, quanta putaria não é mesmo?

- você não tinha o direito.

Morte: pior que tenho mas vamos falar de negócios, você me deve.

Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves Onde histórias criam vida. Descubra agora