• rolês de sn e denki •

9K 767 454
                                    

— Mano S/N, tá todo mundo doidasso aqui. - Denki riu depois de sussurrar no meu ouvido. Ri junto, apesar de olhar pra ele irônica.

— Pois é, assim como você né amor? - balancei a cabeça em negação, sentindo ele se agarrar em mim manhoso.

Saímos de casa cedo, andando até a residência dos Mianko, uma família muito amiga do meu pai. Eles moravam a umas quatro quadras do meu pai, mais a rua extensa que tínhamos de subir até chegar lá.

Já comentei que meu pai mora no mato? Pois bem, nem táxi tem aqui. Uber? Esquece. Só conseguimos vir de uber, mas não conseguimos chamar aqui porque nem carros tem aqui. Ônibus só tem um, e ele passa bem longe do lado residencial da cidade.

Até que a caminhada não foi tão ruim. Tirei fotos e gravei alguns vídeos com Denki, que arranjava vários assuntos pra nos distrair e não largava da minha mão.

Ele estava lindo. Usava calça jeans folgada e rasgada no joelho, uma camisa de botão toda colorida e com desenhos aleatórios, uma corrente de prata, anéis e um tênis branco no pé. O piercing do recente furo dele no lóbulo balançava de vez em quando por ser maior do que ele geralmente usava. Bem cheiroso também, quase me matando quando espirrou o perfume perto de mim.

Pode ter certeza que um pouco do perfume impregnou em mim, em uma espirrada só.

Já eu, tava bem...básica. Uma calça jeans de cintura alta meio larga, um cropped preto de alcinha, e um timberland no pé. Botei uma correntinha, as argolas de sempre, uns anéis e troquei um dos piercings que eu tenho na orelha direita. Inchou essa porra, e eu sei que eu não vou mexer tão cedo, só limpar. Passei um perfurminho pra ficar cheirosa né pai, e uma loção hidratante pra ficar mais cremosa do que eu já sou.

Chegamos na casa, que era notável rolar uma festa pelo tanto de gente que tinha do lado de fora, e já fomos entrando. Saí dando oi pra todo mundo, Denki igualzinho. Só parei pra cumprimentar mesmo quando a Bianca, filha mais velha dos Mianko, e a anfitriã da festa, apareceu na minha frente.

— Pode ficar a vontade, viu gente. Meus pais estão viajando então tá rolando umas paradas bem daoras por aí. Acho que você vai curtir S/N. - foi o que ela disse.

E bem, eu até que curto. Mas hoje só tô afim de ficar na cervejinha mesmo. Mas meu namorado? Denki? Fumou tanto que eu até achei que ele ia começar a soltar fumaça do ouvido.

Quando [baila conmigo] começou a tocar, remexi meus quadris, roçando propositalmente nele. Rebolei, dançando com ele a música toda, num gingadinho gostoso que só o reggaeton proporcionava. Denki enroscava as mãos no meu quadril, com a cintura bem soltinha junto a minha.

Sorri, pegando o baseado da mão dele e decidindo dar um trago. Fiz isso enquanto me virava, soltando na cara dele e rindo depois. Entrelacei meus braços no pescoço dele, nos mexendo coladinho pelas próximas músicas.

Encarei seus olhos, sorrindo com o quão brilhantes e intensos me encaravam de volta.

Talvez meu pai tivesse razão. Eu estava me divertindo, e estar aqui era mil vezes melhor do que ficar trancada em casa.

Me aproximo, beijando sua boca de levinho. Sou retribuída lentamente também, suave e gostosinho.

— Tô com fome. - resmungou na minha boca. — Parece que eu não como há anos mano, seloko. - sua voz parecia ainda mais profunda por causa da maconha, o que me causou um leve arrepio.

— Acho que a Bianca deixou uns petiscos na cozinha. - falei, pegando na mão dele e entrando dentro da casa de novo. Estávamos na parte trás da casa, curtindo junto com uns hippie e um pessoal que contava histórias. — Aqui. - pego uma tijela de salgadinhos, entregando pra ele e começando a comer também.

𝐊𝐀𝐌𝐈𝐍𝐀𝐑𝐈 𝐃𝐄𝐍𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora