• festival desportivo •

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Segundo dia...

Pisco sonolenta, esperando pelo anunciamento da bosta das atividades de hoje. Se percebe que meu humor não está dos melhores hoje, mas é só porque eu tive que acordar cedo.

Daqui a pouco eu melhoro.

Passo o olho pelas arquibancadas, vendo aquele mundaréu de gente. Tentei achar minha mãe no meio do povo, mas infelizmente um cabelo vermelho fogo é mais difícil de se encontrar na multidão do que eu achava possível.

— Agora anunciaremos as duplas que irão ir ao combate e seus rivais. - Midnight — essa mulher poderia pisar em mim e eu agradeceria de todo coração — anunciou pelo microfone, e nossa atenção foi automática no telão. — Lembrando que nessa fase somente os quarenta primeiros que alcançaram a linha de chegada da corrida de ontem participa.

Um som de guitarra pode ser ouvido pelo estádio, e um rock bem pesado soou enquanto as duplas eram sendo mostradas no telão.

— Curti a trilha sonora desse ano. - ouço uma voz do meu lado. Viro a cabeça, me surpreendendo quando vejo a nega de cabelo bonito perto de mim.

— E você por acaso estava aqui ano passado? - pergunto, interessada. Mas minha voz saiu mais sarcástica do que eu gostaria.

Ela me olha com deboche, e sorri ladina.

— Talvez se não fosse tão narcisista, S/N Herrera, saberia quem eu sou. - franzo o cenho em confusão.

— Desculpa, você me conhece? - estranho.

— Claro que sim, todos te conhecem. - foi a vez dela de ser sarcástica.

— Ei, eu não sou narcisista. - me defendo. — Até porque narcisismo é um defeito e eu não tenho nenhum. - ela ri, mas eu ainda sinto o deboche presente.

Hmm, gostei dela.

— Aham tá, continue se iludindo. Dizem que faz bem para a autoestima.

— Au, como você é má!

— Obrigado. - piscou pra mim, voltando a olhar pro telão. — Parece que caímos uma contra a outra. - sigo o olhar dela, e merda, a vadia estava certa. — Até a marca permanente do meu sapato que eu vou deixar na sua cara, otária. - passou por mim, batendo o ombro no meu.

— Até os socos consecutivos que você vai levar nesse seu lindo rostinho, cadela. - falo alto, e ela apenas me lança um olhar.

— Ei, puta. - respiro fundo quando reconheço a voz grave.

— Me desculpa, mas já se olhou no espelho? A puta aqui é você. - Katsuki revira os olhos, se aproximando de mim.

— A gente é uma dupla. - explica a pergunta implícita que eu deixei no ar. — Vê se usa o que eu te ensinei direito. - grunhe na minha cara, e uma risada reverbera do fundo do meu peito.

— O que você me ensinou? - limpo a lágrima do canto do olho. — Se toca Katsuki, eu luto desde os meus três anos, não preciso de nenhum ensinamento seu não.

— Tsc, tanto faz. - ele estala a língua, ficando do meu lado. — Só não me atrapalha. - reviro os olhos.

— Ah queridinho, quem deveria dizer isso sou eu. - dou um tapinha em seu peito, passando por ele e indo para o nosso lugar demarcado na arquibancada. Pelo o que eu vi éramos a terceira dupla, então não havia necessidade de ficarmos ali.

— Por que caralhos tá tocando [dirty diana] versão Shaman's Harvest agora? - Todoroki resmunga do meu lado.

— Não reclama. - repreendo ele. — Quem quer que esteja controlando a playlist de hoje tá mandando melhor do que o cara do ano passado que só botou pra tocar as músicas do One Direction.

— Ei, não fala mal do meu One Direction! - Ochako exclamou do banco de baixo.

— Mals aí, mas que foi irritante lutar enquanto [steal my girl] tocava, isso foi.

— Você caiu com quem S/N? - Deku pergunta, levantando a cabeça pra me olhar.

— Com a besta piromaníaca. - aponto para o loiro, quase batendo no rosto do meio a meio no processo. — Ops, foi mal.

— Alguém tá querendo morrer cedo. - ouço ele murmurar, e me tensiono toda no meu lugar.

— Vocês são os próximos. - Denki avisa, me cutucando. — Beijinho de boa sorte. - segurou meu rosto, me dando um selinho quase longo demais.

— Obrigada. - sorrio pra ele.

— Vamo logo, matraca irritante. - Katsuki me puxa pelo colarinho, arrastando meu pobre corpo até eu conseguir andar com minhas próprias pernas.

— Tá melhorando nos apelidos bestinha, curti. - sorrio, só pra provocar ele.

Katsuki aperta o punho, e eu resolvo calar a boca pra manter minha cara intacta até o final do Festival.

Minutos depois, estávamos encarando nossa dupla rival. A menina, que eu descobrir se chamar Hannah graças a Midnight, me encarava com tanta intensidade que eu quase me senti perfurar. Correspondi ao olhar, sem me intimidar.

O cara grande que estava com ela nem me abalou. Katsuki poderia tranquilamente acabar com ele sozinho, eu quero ela.

— Vou acabar com você. - ameaçou, e notei suas tranças flutuarem levemente quando o sino pra luta começar estava prestes a tocar.

— Isso é o que veremos. - respondi, sentindo meu olho arder e escamas dançarem sob minha pele. 

Ela manipulava coisas com a mente. Telecinese, que interessante. Primeira vez que vejo algo assim.

Mas algo dentro dela, me avisava que ela não iria apenas tentar controlar meu corpo. Sua estrutura, sua postura e até mesmo seu olhar me falavam que ela era uma lutadora.

E por isso eu vou pra cima com tudo.

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eu amo essa tensão no início de um relacionamento, vcs nn?

𝐊𝐀𝐌𝐈𝐍𝐀𝐑𝐈 𝐃𝐄𝐍𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora