CAPÍTULO 1.Gulf
Merda, estou atrasado!
Todos o dias é essa mesma rotina maçante desde que eu comecei a trabalhar naquele lugar. Eu gostava e estava confortável em minha "bolha" trabalhando apenas como detetive particular.
Ainda me pergunto por que cargas d'água eu fiz aquele maldito concurso?
Eu gosto do meu trabalho como detetive, mas odeio quando tenho que passar parte do meu tempo em uma delegacia. Mesmo sendo policial, não me agrada muito a ideia.
Ex policial para ser mais exato.
Como um policial odiava a própria profissão? Simples; quando comecei a trabalhar, descobri que não era bem isso que eu queria, tudo não passava de um sonho bobo de criança. Depois que eu senti na pele como era ser um policial de verdade, eu quis me demitir quase que no mesmo instante. Aguentei por 1 ano, e então decidi soltar às amarras. Arrisquei como detetive e, como podem ver, essa é a profissão que "amo". Isso quando não estou numa maldita delegacia.
Atualmente, estou trabalhando em um caso de tráfico de pessoas. Faz alguns meses que eu e meu melhor amigo, que também é detetive, investigamos uma boate muito conhecida aqui em Bangkok. Eu diria que uma das mais famosas.
Tudo que sabemos até o presente momento, é que ela foi vendida recentemente para um grande empresário conhecido como Mew Suppasit. Ao que se sabe, ele estaria compactuando com o tráfico de pessoas, ja que, mesmo depois de ter comprado a mesma, todas às nossas suspeitas ainda apontam unicamente para a boate em questão, e, ele sendo o dono, consequentemente torna-se o principal suspeito.
Quando chego na décima terceira delegacia de Bangkok, avisto Frederic, um de nossos parceiros, discutindo com Paul sobre um caso arquivado, ambos inconformados sobre algo o qual não faço ideia. Provavelmente, sobre o caso do homem que agredia sua esposa e depois a matou, mas que teve seu processo arquivado por falta de provas suficientes contra ele. Após quase 5 anos de investigação sem que aparecesse uma nova testemunha com novas informações. Isso tudo, muito antes de eu me tornar detetive.
Viva a "justiça" uhul.
Ok, definitivamente, trabalhar em uma delegacia sempre será algo do qual irei reclamar!
Sigo direto para minha sala onde Mild já me esperava, sentado em minha cadeira com as costas apoiadas no encosto do móvel enquanto lia o relatório com informações sobre Mew Suppasit.
Folgado eu diria
— Bom dia, Mild. Desculpe o atraso. O inspetor chegou? — Perguntei me referindo ao Max, meu superior. Mild é meu melhor amigo desde os tempos de faculdade, fizemos direito juntos.
Quando terminamos a faculdade, ele fez outros cursos e ingressou como detetive/investigador. Eu como bom curioso, pesquisei mais sobre a profissão e o incentivo do Mild foi essencial. Depois de entender e me aprofundar mais sobre como era ser um detetive, foi amor a primeira vista.
Hoje em dia, "coincidentemente", somos parceiros de trabalho.
Não preciso dizer que Mild encheu meu saco para que eu prestasse esse concurso público junto com ele para que trabalhássemos juntos.
— Pensei que tinha levando um tiro no meio do caminho. — Brincou. — E não, ele não chegou. Mas autorizou para que fôssemos o quanto antes para a boate.
— Um tiro não seria nada mal. — refutei —Está tudo pronto? se tudo seguir de acordo com as investigações, hoje provavelmente chegará novas mulheres naquele lugar.
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Quem Se Apaixona Primeiro?
Fanfiction[CONCLUÍDA] Em meio à uma investigação de tráfico de pessoas, Mew Suppasit torna-se o principal suspeito na mira da Interpol e do décimo terceiro departamento de polícia de Bangkok. Gulf Kanawut é um dos principais detetives investigando o caso. Apó...