Quem Se Apaixona Primeiro?

30. 𝚀𝚞𝚒𝚎𝚗 𝚎𝚛𝚎𝚜 𝚝𝚞

CAPÍTULO 30

(Deem replay na música enquanto leem)

                                 ( Aviso: Este capítulo contém cenas de violência)

.Gulf

Um tiro. Eu ouvi um tiro. — Mew Suppasit, isso não tem graça! — O silêncio ensurdecedor faz meu coração acelerar e bater violentamente em meu peito. Eu pude ouvir claramente um barulho seguido de ruídos. — Mew, Por favor. Me responde!

Meu pés cravam-se no chão e meu corpo congela, tudo dói e eu não consigo respirar.

Eu sei que algo aconteceu, sei que ele não vai me responder e saber disso me deixa desesperado.

Eu ainda estava na ligação com Mew, na esperança de que ele me respondesse ou me desse qualquer sinal de que estava tudo bem.

— Suppasit, por favor. — Insisti, inutilmente.

— Gulf? Gulf sou eu, Max! — Pude ouvir o barulho da sirene do outro lado da linha — Ele respirava de maneira ofegante. — Eu estava no pub com Tul, ouvimos um barulho de tiro... Suppasit sofreu uma tentativa de assassinato. Ele será levado para o hospital King Chulalongkorn. O telefone dele está comigo, te entregarei assim que possível!

Eu já não conseguia mais ouvir a voz do Max de forma clara e límpida. Depois de escutar o barulho da sirene, tudo sumiu ao meu redor, minha cabeça girando, meu corpo vacilando. Forcei-me a reagir e de modo automático, tudo que fiz nos minutos seguintes foi pegar a chave do meu carro e rumar para o hospital.

Eu estava completamente atordoado e desnorteado, às lágrimas simplesmente molhavam minhas bochechas, meu corpo tremia a cada segundo que eu pensava na possibilidade de algo realmente grave ter acontecido com Mew.

Não sei exatamente em que momento cheguei naquele prédio, apenas adentrei o recinto desenfreado.

— Com licença, o paciente Mew Suppasit, ele foi baleado. Preciso saber qual seu estado de saúde. Onde ele está? — Chamei alguém da recepção e o tom da minha voz reverberou como um grito — Gulf — Ouço a voz de Tul atrás de mim. — Ele acena brevemente para a mulher e puxa-me para uma das cadeiras dispostas ali.

— Pakorn, eu preciso vê-lo!

— Sei que está preocupado e nervoso. Ainda não tenho notícias, vamos aguardar, tudo bem? Tenho certeza que ele vai ficar bem.

— O que aconteceu? Me explica que diabos ele estava fazendo naquele maldito pub?

— Não sei, Gulf. Foi tudo muito rápido, apenas ouvimos o som do tiro e corremos para ver e... Bom, você sabe. Max conseguiu ver um rapaz jovem se retirando do local do crime, ele conseguiu deter-lo e está preso! Será interrogado amanhã.

— Eu quero estar neste interrogatório!

— Não! Você deve ficar aqui fazendo companhia para Suppasit e acompanhando seu estado de saúde! Sabe muito bem o perigo que ele estará exposto se deixá-lo aqui sozinho.

— Foi Kenny! — Informei — Eu tenho certeza que foi ele! Deve ter ficado com raiva quando descobriu que Mew e todos nós estávamos fazendo ele de idiota! Não deveríamos ter feito nada disso, não deveríamos! — E novamente, às lágrimas voltam a correr sobre minhas bochechas.

— Não temos certeza ainda. — A voz de Pakorn saiu baixa. — Por favor, tente manter a calma.

O olhei incrédulo, meu sangue estava fervendo em minhas veias e ouvir-lo dizer com todas as letras que "Não tinha certeza" me deixou ainda mais enfurecido.