20. 𝚁𝚎𝚊𝚕𝚒𝚝𝚢

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CAPÍTULO 20

(Este capítulo contém discurso homofóbico, se você se sente incomodada (o) (e) com isso, sugiro que não continue a leitura)

.Gulf

Suppasit ainda dorme e eu mantenho-me deitado. Ergo levemente minha cabeça e observo cada fecho de luz entrando minimamente por uma pequena fresta da cortina, iluminando parcialmente uma parte da parede do quarto. Solto um suspiro baixo e direciono meu olhar para Mew. Sinto minha face quente e tenho certeza que estou corado, as lembranças vívidas da noite passada me faz engolir seco.

Nós transamos. Nós realmente transamos.

Ainda o observo enquanto dorme pesadamente, suas mãos firmes estão agarradas em minha cintura, como se ele estivesse com medo de que eu simplesmente fugisse de seus braços. Seu cheiro inebriante me instiga a me aproximar mais. Uma pequena mecha do seu cabelo cai suavemente em sua testa e isso o deixa ainda mais bonito aos meus olhos.

Tento me desvencilhar gentilmente de seus braços, mas ele me aperta mais contra seu corpo e libera um gemido grave de insatisfação

— Você está mesmo aqui? — Ele murmura baixinho ainda com seus olhos fechados

— Abra o olhos e veja por si só — Sussurro em seu ouvido

O silêncio recai e pouco a pouco o vejo abrir seus olhos com dificuldades, fazendo um biquinho de manha, como se o simples ato de abrir os olhos lhe incomodasse de alguma forma.

— Você é lindo. — Ele sussurra com seu olhar agora fixo ao meu, um olhar que parece ler minha alma.— Você é realmente lindo.

— Suppasit, eu literalmente acabei de acordar, meu cabelo está péssimo, minha cara está péssima e você diz que eu sou lindo? — Senti minhas bochechas corar levemente.

— Huumm— Ele murmura — É exatamente esses detalhes que deixa você ainda mais bonito. — Sua voz sai firme e claramente mais animada.

— Sei, sei. Precisamos levantar, MewMew. — Duplico seu nome de forma involuntária e ele planta um sorriso bobo no rosto.

— Repete

— Suppasit... Eu preciso ir, não avisei a Grace que dormiria aqui, ela deve estar preocupada.

— Kana... O que nós somos agora? — Ele sussurra baixinho e eu sinto um leve formigamento no estômago com a pergunta repentina.

— Eu... Bom, honestamente? Não faço ideia, mas eu com certeza não transo com meus amigos. — Deixo escapar um riso fraco

— Não quero que isso que nós temos seja apenas... Isso.— Ele murmura

— Interessante, e o que nós temos? — Indaguei

— Não sei, Gulf. Mas não é como se fôssemos apenas um caso de uma noite. Eu quero você mais vezes, te ver mais vezes, e então, poder te conhecer o suficiente para quem sabe evoluirmos para algo mais. — Seu tom de voz soou baixo e hesitante e ele escondeu seu rosto na curva do meu pescoço, plantando um selinho estalado ali.

— Você acha que eu penso diferente disso? — Solto um suspiro pesado — Você ainda é investigado pela Interpol e pela polícia de Bangkok. Tem ideia da proporção disso? Eu sou um dos principais detetives neste caso, se descobrem sobre nós, corro o risco de ser retirado do caso e mais, o fato de eu ter certeza da sua inocência seria completamente invalidado, já que vão alegar que estou colocando o sentimento que tenho por você acima das investigações.

Quem Se Apaixona Primeiro?Onde histórias criam vida. Descubra agora