31. 𝙿𝚎𝚚𝚞𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚌𝚘𝚜𝚊𝚜

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CAPÍTULO 31

(Oi nenês, tudo bem? Espero que sim. Estamos quase chegando na final 🥺 Leia o capítulo ouvindo a música e deem replay quando a mesma acabar.)

.Mew

A sensação que eu tenho sentido nesses últimos dias, é como se parte da minha memória fosse completamente apagada por uma borracha ruim, daquelas que nunca apaga tudo completamente e sempre deixa uma marca incômoda no papel. Às vezes ela até mancha tudo.

E é assim que está minha cabeça.
Tudo borrado.
Manchado.

Há coisas que eu lembro, pouquíssimas para ser honesto. E outras que não.

Lembro-me do meu nome, da minha mãe, dos meus amigos. Dois em específico. Manaw e Thanayut. E de alguns poucos momentos de quando eu era criança. O resto, literalmente todo resto, é como se nunca tivesse existido.

Devo dizer que a sensação não é boa.
Nada boa.

Há um vazio.

Tem um certo alguém que eu gostaria de lembrar, mas não importa o que eu faça, ou o quanto eu me esforce. Eu não consigo. O máximo que vêm a minha memória são coisas mínimas, como no dia em que lembrei-me que gosto de girassóis. Também recordei-me do brilho das estrelas e de um gato que, honestamente, não me remete a nada de importante. Inclusive, é o gato do meu suposto amigo o qual eu também não me recordo.

Ao menos eu acho que não me recordo.

Em uma mínima parte da minha consciência, sempre que olho para aqueles olhos, sinto um estranho formigamento dentro de mim. No entanto, a sensação dura segundos e logo um muro é erguido em uma determinada área do meu cérebro, impedindo que minhas lembranças voltem.

Durante o tempo em que estou em sua casa, posso dizer que ele têm se tornado de fato um grande amigo, o que significa que realmente éramos muito próximos antes de toda essa merda acontecer comigo.

Sou grato por ele ser sempre tão prestativo, mas confesso que acho estranho o modo como ele me olha e como cuida de mim.

Já cheguei a reagir de modo rude com relação a isso, mas não me orgulho. Não depois de...

Há 3 dias atrás, o peguei chorando em silêncio no seu quarto.

O questionei para saber o que estava acontecendo, entretanto, não obtive uma resposta. Me senti mal porque eu queria ajudá-lo, porém não podia força-lo a nada.

Essa não foi a única vez em que o vi nessas condições durante esses últimos dias.

Talvez a culpa fosse minha.

Faz dias que estou em sua casa, devo dizer que me sinto bem melhor, mas não o suficiente para ter minha autonomia. E como teria? Eu não lembro de praticamente nada!Infelizmente, eu ainda preciso da ajuda do Gulf para fazer muita coisa, e honestamente eu odeio ter que depender dele.

Chegamos do hospital pouco mais das dezesseis e meia.

O tratamento de suporte para "ajudar" a recuperar minha memória era feito diariamente. Todavia, eu acho uma completa perda de tempo. É como se não adiantasse de nada.

Quem Se Apaixona Primeiro?Onde histórias criam vida. Descubra agora