Ciumes de Carolina - Spin-Off de "Conflitos De Carolina" [Concluída]

Capítulo 24: Carolina Souza

Kreuzeis: Credo! Cruzes!; Expressão que indica aversão, susto, medo, repulsa, desaprovação ou espanto.

Zonvunga: Zona, bagunça, desordem, confusão.

Caxiunya: Bebida alcoólica destilada feita de xinyun (espécie de planta); De cor transparente; Muito forte, com 38% a 62% de teor alcoólico; Geralmente consumida com gelo.

Farry: Wesmegs que se parecem com seres humanos, mas de beleza rara, que se dividem em três tipos (farry-gensan, farry-sbendre e farry-sbendre Natal).

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CAROLINA SOUZA

19 de janeiro de 2019, sábado

Só uma chance. Era o que a voz de George ecoava em minha cabeça quando dei uma oportunidade para uma nova amizade.

Aos poucos, fui me enturmando com Rayssa. E, ver o sorriso de George percebendo que estava cumprindo minha promessa a ele me deixava mais feliz. Sabia que ele sempre cumpriria a dele. Estaríamos sempre juntos.

Depois de um clima meio tenso que ficou a mesa depois que Felipe foi embora, Rayssa chamou a gente para tirarmos fotos na área externa da festa. No início, não estava muito animada, mas confesso que foi bem divertido.

Após alguns minutos, retornamos para a área interna. Regina estava no palco, com o buque em mãos, chamando todas para irem até lá. Estava voltando à mesa, mas Rayssa pegou meu braço.

— Vamos lá! — ela chamou, empolgada.

— Não acredito que você esteja desesperada para casar. — brinquei.

— Kreuzeis! Eu não. Mas, vai ser divertido ficar no meio de toda aquela zonvunga.

Melissa foi outra que resistiu bastante, mas não o suficiente para que Rayssa deixasse ela ir. E, por fim, foram nós seis no meio daquela confusão de mulheres, bêbados e garotos querendo fazer graça.

— Um… — Regina começou a contagem, de costas para a multidão.

— Animem, garotas! — Rayssa pediu, levantando os braços e gritando como uma doida.

Eu não sabia dizer se aquela era a animação normal de Rayssa ou se era efeito da caxiunya. Talvez, um pouco dos dois. Mas, confesso que era contagiante. Por isso, levantei os braços e comecei a pular, gritando como a cunhada de Ícaro. As outras meninas fizeram o mesmo. Até Melissa, que estava desanimada.

Ao dizer três, Regina lançou o buque para trás. Ele deu algumas cambalhotas até cair nas mãos da garota ao meu lado. Todos ao redor (com exceção dos bêbados) pararam para olhar quem era a sortuda que ficou com as flores. Melissa observou o buque, em choque. E, como se estivesse pegando fogo, jogou de volta para o meio da multidão, caindo nas mãos de uma garota que foi madrinha do lado de Regina. Ela comemorou como se tivesse ganhado na loteria.

De cima do palco, ao lado da esposa, que felicitava a amiga, Ícaro olhava para nós, balançando a cabeça, em uma expressão bem séria. Mas, em seus olhos, conseguia enxergar o divertimento que ele estava sentindo.

— Nunca mais faço isso. — Melissa resmungou.

Voltamos à mesa onde estávamos sentadas momentos antes. Dessa vez, além de George, Ezequiel e Enzo também estavam André e Andersen. Os garotos tinham juntado a nossa mesa a outra, a fim de que todos nós pudéssemos sentar juntos.

— E ai? Quem pegou o buque? — Ezequiel perguntou. Todas nós apontamos para Melissa.

— Agora, André, você deve pedir ela em casamento. — Andersen provocou o irmão.