Your worst nightmare

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01
S/N CLIFFORD
NEW YORK

— Querida, eu tenho que ir logo
antes que eles se percam naquele
escritório sem mim. Eu não sei que
horas vou chegar mas acho que
você já vai estar dormindo. Leve o
seu irmão para a casa da sua avó
e durma la apenas se quiser, eu
prefiro que durma. - Minha mãe
diz enquanto anda de um lado
para o outro colocando coisas de
trabalho em sua pasta preta.

— Tudo bem, mãe. - Digo e ela
deposita um beijo na minha testa,
saindo de casa logo em seguida.

— Está tarde, ou a gente vai agora
ou as ruas vão ficar perigosas. -
Meu irmão mais novo, Anthony, diz
enquanto desce as escadas com a
sua mochila nas costas.

— Tem certeza que não esqueceu
nada? - Pergunto a ele já me
dirigindo para a porta principal.

— Acho que não esqueci nada.-
Ele diz ajeitando a mochila em seus
ombros e eu me dirijo para fora de
casa, sendo seguida por ele, indo
para a rua pouco movimentada.

O caminho até a casa da minha avó
foi feito com Anthony me contando
como foi o seu dia na escola e me
fazendo rir com algumas coisas
que ele falava, ele tem dez anos e
ainda acha que o mundo é perfeito.
Assim que chegamos na casa da
minha avó, Anthony corre para a
cozinha quando recebe a notícia
de que a minha ela fez biscoitos.
Eu me sento no sofá com a minha
avó, que me conta como é bom
chegar na idade dela saudável ao
mesmo tempo em que me dá uma
bronca por causa dos meus hábitos
alimentares e começa um outro
assunto sobre como está feliz pelo
meu tio ter voltado a morar com
ela já que ele se divorciou.

— Pode deixar, vó, eu sei me cuidar
bem. - Me despeço dela com
um abraço. - Daqui até a minha
casa nem é tão longe assim, não
vai dar tempo de nada acontecer
comigo. - Ela demora um pouco
mas assente, deixando um último
beijo na minha testa antes de eu
começar a fazer o meu caminho de
volta para a minha casa.

As ruas estão muito pouco
movimentadas, sou a única
andando sozinha a essa hora.
O bairro é um dos mais calmos
da cidade, os moradores daqui
costumam dormir cedo e isso
explica o motivo de as ruas
estarem praticamente desertas,
passando carro apenas uma vez
ou outra. O fato de que a rua
está bem iluminada ajuda a tudo
isso não parecer uma cena de
filme de terror, não posso deixar
de dar uma risada baixa com
meus pensamentos e agradeço
mentalmente por não ter ninguém
na rua me vendo dar uma de louca.

Assim que chego perto da esquina
da minha casa eu posso ver
dois garotos brigando. Os dois
estão jogados na calçada, o que
está embaixo já não reage mais
e o que está em cima dá socos
sem dó. Paro de andar, ficando
consideravelmente longe dos dois,
abraçando meus braços para me
proteger do frio enquanto observo
aquela cena deplorável.
O garoto que estava em cima agora
fica de pé observando o garoto
inconsciente jogado no chão,
meus olhos se arregalam ao ver
ele retirando uma arma de sua
cintura e apontando para o garoto
inconsciente. Antes que eu possa
pensar muito um tiro é disparado,
o som alto da bala sendo disparada
ecoa pela rua e se mistura com o
som do meu grito, assim que eu
noto que gritei eu tapo a minha
boca com as minhas mãos mas
noto que já é tarde demais quando
o assassino olha na minha direção.

Eu não penso muito antes de
começar a correr na direção
contrária dele enquanto grito
por socorro, na esperança de que
alguém ouça e me ajude. Nunca
corri assim, nem mesmo na
Educação Física do colégio, a qual
eu raramente faço por motivos
de preguiça. Grito o mais alto que
consigo, fazendo minha garganta
arder, mas parece que a vizinhança
não liga muito ou estão em um
sono muito pesado, olho para trás
para ver se ele está atrás de mim
e tenho a certeza de que está,
em uma questão de segundos eu
tropeço no meu próprio pé e caio
com força no chão, um gemido de
dor escapa dos meus lábios quando
eu sinto o meu corpo dolorido por
causa do impacto.

Alguém segura o meu braço
me levantando do chão de uma
maneira nada delicada me fazendo
resmungar. O assassino me joga
em cima do seu ombro e começa a
andar comigo em passos rápidos,
eu começo a gritar me debatendo
enquanto bato em suas costas com
a mão fechada mas nada parece
incomodá-lo, nem incomodar as
pessoas da vizinhança. Ele me joga no banco de passageiro do carro e fecha a porta, tento abrir a mesma para
sair correndo mais uma vez mas
está travada. Céus! Ele ocupa o
lugar do motorista e logo começa
a dirigir pelas ruas de Nova York,
o desespero me domina e eu sinto
minha respiração ficar pesada,
olho para o lado e vejo ele com o
maxilar travado enquanto dirige
em alta velocidade.

— Se quiser me matar, me mate
logo. Sem suspense. — Digo com
a voz falhada, posso sentir meus
olhos marejados mas chorar não
vai me tirar dessa situação.

—Cala a boca. — Ele diz ríspido
sem tirar seus olhos da estrada.

– Me deixe sair desse carro. Eu
juro que não conto nada do que
eu vi para ninguém e você pode
continuar com essa coisa de
matar pessoas, não é da minha
conta. — Digo e vejo ele respirar
fundo, posso apostar que ele está
contando até dez mentalmente
para não atirar de uma vez no
meio da minha testa.

—Não vou pensar duas vezes antes
de explodir os seus miolos se você
não calar a porra da boca. — Ele
diz baixo e ameaçadoramente, me
fazendo engolir em seco.

— Quem é você? — Oh, claro
S/N. Muito inteligente da sua
parte querer saber quem vai ser o
seu assassino. Meu subconsciente
me zoa. Eu deveria ter escutado a
minha mãe e dormido na casa da
minha avó, acordar com o corpo
dolorido por ter sido chutada por
Anthony durante toda a noite ainda
é melhor do que isso. Ele dá uma
risada leve com a minha pergunta,
uma risada sem humor e com
sarcasmo.

—Seu pior pesadelo.



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A tendência é só piorar fml🤝🏻


Louis vai ser um puta de um babaca nessa fic fml, se preparem.

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