Territory

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06
SN CLIFFORD
NEW YORK

Pego o meu passe para o banheiro com o professor antes de deixar a sala. Não é como se eu realmente precisasse ir ao banheiro mas se eu continuar na sala ouvindo o professor falando vou acabar dormindo e ganhando detenção. Os corredores estão vazios, estão todos nas aulas agora com exceção dos sortudos que estão tendo aula vaga, mas normalmente eles ficam no pátio.

Quando eu vou virar o corredor o
meu corpo colide contra alguém e
eu me seguro na pessoa para não
ir de encontro ao chão, olho para
cima e vejo Louis me olhando com
um sorriso divertido brincando
em seus lábios. Firmo o meu pé
no chão e afasto rapidamente o
meu corpo do dele, quando eu faço
a menção de voltar a andar ele
segura em meu braço me fazendo
parar no mesmo lugar. Olho para
ele e em seguida para a sua mão,
indicando que quero que ele me
largue mas ele simplesmente ignora.

─ Você é, sem dúvidas, a pessoa mais desastrada que eu já conheci.─ Reviro Os meus olhos puxando o meu braço de sua mão o fazendo soltá-lo.

─ Sim, já ouvi isso de muitas pessoas. ─ Tento me afastar novamente mas ele segura meu braço mais uma vez, me fazendo voltar para o mesmo lugar de antes e eu bufo impaciente.

─ O que você quer de mim?

─ Fique quieta.─ Ele murmura e me puxa para me esconder atrás de uma parede junto com ele, eu não entendo o motivo de tudo isso até que eu escuto algumas vozes ecoando pelo corredor e Louis parece atento nelas.

─ Vinnie não vai descansar até
que a gente ache quem ele está procurando.─ Uma voz masculina diz.

─ Mas não tem ninguém aqui, nós
estamos perdendo o nosso tempo.─ Uma outra voz masculina diz em um tom nervoso.

─ Tem várias outras escolas em Nova York, nós não a achamos aqui então vamos procurar em outra ao invés de
perdermos tempo batendo na mesma tecla.─ As vozes vão ficando distantes até que fiquem inaudíveis.

─ Por favor, me diga que ao ouvir
isso eu não estou automaticamente
metida em mais problemas. ─ Resmungo assim que ele sai de trás da parede encarando o corredor agora vazio.

─ Na verdade não. Isso não foi
tão revelador.─ Ele diz sem olhar
para mim.─ Não para você que não sabe nada sobre isso.

─ Otimo. ─ Suspiro. ─ Eu vou voltar para a aula antes que eu escute demais e me afunde mais ainda nessa confusão.

─ S/n.─ Ele me chama assim
que eu viro de costas pronta para
começar a andar para longe. Olho
para trás e agora ele me encara,
arqueio uma sobrancelha para que
ele diga logo o que quer.

─Você esqueceu isso no meu quarto.─Louis retira do bolso da sua calça jeans a minha pulseira favorita, olho parao meu pulso e é quando eu noto que estou sem ela. Essa pulseira é a única lembrança que eu tenho do meu pai. Segundo a minha mae, ele me deu ela assim que eu nasci. Eu não tenho nenhuma lembrança dele, ele morreu três dias depois do meu nascimento e essa pulseira é a unica coisa que, de certa forma, me liga a ele. Minha mãe não tem fotografias do meu pai então eu fico apenas com a minha imaginação baseadas nas histórias que minha māe me conta.

─ Obrigada.─ Pego a pulseira de
sua mão e eu me arrepio quando
minha pele quente encosta em sua
pele gelada.

Ele dá as costas para mim e começa
a andar para longe, sem olhar para
trás nem uma vez. Suspiro antes de voltar a fazer o meu caminho para a minha sala de aula, me preparando psicologicamente durante o caminho para ouvir o professor falar mais sobre a história americana.

LOUIS PARTRIDGE
NEW YORK

─ Pegou a grana? -- Finn pergunta
quando eu me aproximo dele,
que está encostado no carro, e eu
mostro para ele o saco de papel
na minha mão que está cheio de
dinheiro.

-- Ótimo, vamos dar o fora daqui. Odeio essa parte da cidade.

Depois de sair do colégio eu
vim até aqui com Finn resolver
algumas coisas relacionadas aos
nossos negócios, apenas cobrar
o que nos pertence. Estamos na
parte mais perigosa da cidade,
principalmente para quem faz
parte de alguma gangue porque se
você entrar em um beco errado,
que seja território de outra gangue,
você morre antes que possa piscar
duas vezes.

-- Aquela não é a S/n? -- Finn
diz se desencostando do carro,
olho na mesma direção que ele e
vejo a garota de cabelos s/c andando pelas ruas olhando ao seu redor com se estivesse perdida.

-- O que ela faz aqui? Ela mora bem longe daqui. -- Alguns caras que provavelmente pertencem a alguma gangue da região já estão encarando ela. -- Vamos embora logo, tenho coisas mais importantes pra fazer.

-- Não podemos deixar ela aqui, cara. -- Reviro os olhos quando Finn começa a caminhar na direção da garota e eu vou atrás. -- S/n. -- Ela olha na nossa direção, meio assustada no início mas não nos impede de nos aproximarmos.

-- Você sabe que estava quase
sendo morta aqui, não é? - Ela abraça os seus próprios braços, provavelmente por causa do frio, e
olha ao seu redor.

-- Sim, eu notei. -- Sn volta a olhar para nós dois. -- Eu tive que pegar um ônibus para voltar pra casa e acabei dormindo, o ponto final do ônibus era aqui então aqui estou eu.

-- Você precisa ter mais cuidado, linda. -- Finn diz colocando o braço em volta do ombro de S/n, a puxando para mais perto dele. -- Nós vamos te dar uma carona.

-- Não, nós não vamos. -- Digo rapidamente.

-- Sim, nós vamos. -- Finn sorri
e começa a guiá-la para o carro estacionado.

Respiro fundo para não dar um
soco na cara de Finn e retiro do
bolso da minha calça um maço de
cigarros e um isqueiro. Coloco um
cigarro entre os lábios e o acendo,
sentindo meus músculos relaxarem
quando dou a primeira tragada.
Acho que vou precisar de todo o
maço se eu quiser ficar dentro de
um carro com Finn dando em cima
da S/n e ela sendo extremamente
irritante sem usar a minha arma.

Sento no banco de motorista
depois de ter uma pequena
discussão com Finn sobre quem
iria dirigir o carro, que eu ganhei
como sempre. S/n entra no banco
de trás e, por mais surreal que isso
seja, ela permanece quieta. Eu não
conheço muito bem esse lado da
cidade mas acho que consigo me
virar bem para achar o caminho de
casa sem entrar em território rival.

Finn conversa com S/n o tempo
todo, a forma como ela ri de toda
merda que ele fala e parece estar
flertando com ele também me
irrita. Eu estou dirigindo em alta
velocidade agora, um Bugatti
não foi feito para andar devagar.
Finn parece distraído olhando
para fora da janela agora, ele e
S/n finalmente cansaram de me
irritar com a conversa deles. O
som de vidro se quebrando e um
grito feminino, provavelmente de
S/n, ecoa pelo carro e eu tento
não perder a direção por causa
do susto. Merda! Eu entrei em território rival.

──────⊱◈◈◈⊰──────

NOTAS

Eita atrás de eita

┅Ent o pessoal do vinnie
ta procurando uma garota
hmm, vcs tem alguma teoria
sobre?

Último cap de hj fml
amanhã eu posto mais.

Cap não revisado!

Votem prfr

✿*:・゚Até o próximo cap゚・:*✿

DARKSIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora