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S/N CLIFFORD
NEW YORK— Nós temos uma aposta. — Ele diz
sério dessa vez, sem sair de cima de
mim.— Sim, a aposta foi eu passar a
noite com você. — Louis agora
parece mais confuso do que antes.
— Passar a noite não quer dizer
necessariamente sexo. Eu estou
passando um tempo com você e
está de noite, estou cumprindo a
aposta.Eu não posso negar que estava
gostando dos beijos mas eu não
posso perder a minha virgindade
com alguém que pelo menos até
há algumas horas atrás eu odiava.
Louis sai de cima de mim, se
levantando da cama, e eu fico
sentada assistindo ele andar de
um lado para o outro puxando os
cabelos em frustração.— Você é a porra de uma vadia.
— Ele esbraveja quando para de
andar de um lado para o outro
fazendo minha boca se abrir em
choque.— Você que é a porra de um
babaca. — Voltamos à estaca zero.— Você estava agindo como uma
vadia e agora me diz que não vai
transar comigo. — Ele volta a gritar
comigo e eu me levanto da cama
indo em sua direção fazendo a
minha melhor cara de brava.— Eu não estava agindo como uma
vadia. — Digo com raiva.— Ah, não? — Ele dá uma risada
sarcástica. — Então por que você
estava gemendo sem eu fazer
grandes esforços e correspondeu
tudo com uma cara de vadia
oferecida? — Assim que ele
termina de falar a palma da minha
mão colide contra a sua bochecha,
causando um estalo e fazendo o seu
rosto virar para o lado por causa
do impacto.— Nunca me chame de vadia. —
Raiva pinga de cada palavra que
sai da minha boca, ele acaricia a
sua bochecha ainda incrédulo com
o que eu acabei de fazer.Louis vira o seu rosto novamente
para me olhar, com sua
bochecha vermelha e seus olhos
escurecendo, me fazendo engolir
em seco. Eu não me arrependo de
ter dado um tapa em seu rosto mas
agora lembranças de ele matando
alguém na minha frente passam na
minha mente como um filme, me
assustando. Ele dá passos lentos
na minha direção e eu recuo até
minhas costas baterem na parede
me fazendo ficar encurralada.Eu não sei o que sentir olhando
para os seus olhos escuros agora, é
como se o seu lado escuro estivesse
vindo à tona. Louis respira fundo
tentando recuperar a sua sanidade
e no ato mais surpreendente
da noite ele me beija. Eu não
consigo corresponder o beijo
imediatamente devido a surpresa
e então ele segura a minha nuca
e pressiona mais os nossos lábios
antes de começarmos a mexer
os nossos lábios juntos em uma
perfeita sincronia.É como se ele precisasse disso
agora, ele me beija com desespero
e eu apenas o correspondo. Passo
os meus braços em volta do seu
pescoço puxando o seu corpo para
mais perto do meu, se é que isso
é possível. Louis me puxa para
cima sem parar de me beijar por
um segundo sequer e eu enrolo
as minhas pernas em sua cintura
sendo ainda mais pressionada
contra a parede.Afasto os nossos lábios quando os
meus pulmões imploram por ar,
Louis arrasta os seus lábios pela
minha pele até chegar em meu
pescoço, ele crava os seus dentes
no local e eu afundo meus dedos
em seus cabelos inclinando a
minha cabeça para o lado para lhe
dar mais acesso ao meu pescoço,
sinto o seu sorriso contra a minha
pele por causa do meu ato e ele
deposita um beijo no mesmo local
que ele mordeu.O som de objetos se quebrando do
lado de fora do quarto faz Louis
afastar o rosto do meu pescoço, o
barulho continua então Louis me
devolve para o chão e eu cambaleio
um pouco quando o corpo dele,
que estava me pressionando contra
a parede, se afasta indo em direção
a porta.
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DARKSIDE
FanfictionQuando se testemunha um crime, em uma rua tão escura quanto a mente do assassino, você vê sua vida passar diante dos seus olhos. Você pode correr o mais rápido que pode mas o perigo vai te perseguir e virar sua vida de cabeça para baixo. Mas a única...