Maybe

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S/N CLIFFORD
NEW YORK

— Como assim você não quer?
— Louis pergunta um pouco
incrédulo.

— Quais são as possibilidades de
isso dar certo? — Suspiro. — Não
seria perda de tempo tentarmos
uma coisa que nós dois sabemos
que não vai dar certo?

Ele abre a boca para me responder
mas volta a fechá-la, travando o
maxilar.

— Entra no carro.

— O dia de hoje rendeu, eu vou pra
casa.

— Não, você vai comigo pra
mansão e nós vamos conversar
sobre essa merda quando eu der
um jeito nisso. — Ele gesticula para
o seu ferimento.

Assinto com a cabeça por me
lembrar que é inútil tentar discutir
com ele e entro no carro antes dele.

O caminho até a mansão foi feito
com os caras conversando com
Louis sobre o que aconteceu, ele
não parecia tão preocupado com o
ferimento em sua barriga. Quando
chegamos, Millie se apressa em
ajudar Louis com seu machucado.
Pelo que eu consegui entender,
ela é formada em enfermagem ou
alguma coisa desse tipo.

Estamos todos no quarto de Louis
agora, Millie já está cobrindo
o ferimento com um curativo
enquanto ouvimos a conversa.

— Vou atrás de quem atirou em
você. — Finn diz, rodando a chave
do carro em seu dedo.

— Pra que perder tempo com esses
pivetes do Harlem? — Millie revira
os olhos.

— Foda-se se vamos perder tempo,
ninguém atira em mim e sai
ileso. — Louis rosna, tendo o seu
abdômen enfaixado.

— Então, eu já posso ir? — Finn se
mostra animado, com um sorriso
divertido nos lábios.

— Sim, mas não faça muita sujeira
no galpão. — Finn assente para
as palavras de Louis, saindo do
quarto logo em seguida.

— Millie — Payton pigarreia
quando a garota termina de fazer
o curativo — Vamos dar o fora?

— Por quê? — Ela se fez de
desentendida.

— Anda logo. — Payton revira os
olhos e caminha em direção a
porta. Ele está estranho desde que
achamos Louis e os dois trocaram
algumas palavras a sós, é como
se ele estivesse incomodado com
alguma coisa.

Millie me lança um olhar
fulminante antes de seguir Payton
para fora do quarto, fechando a
porta. Me mantenho encostada
na parede de braços cruzados
e mantendo uma distância
considerável de Louis, que está
sentado na cama.

— Não temos mais nada para
conversar, não acha? — Murmuro.

— Como não? Porra, eu te pedi em
namoro e você me negou. Qual é
a porra do problema que temos
aqui? Não era o que você queria?

— Talvez seja o que eu queira mas
não sei se vale a pena. — Digo. —
Você já me destruiu várias vezes,
por que eu namoraria você? Sem
contar que as chances de isso dar
certo são mínimas.

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