This can't be true

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16
S/N CLIFFORD
NEW YORK


— Louis, isso não pode ser
verdade. — Balanço a minha
cabeça negativamente ainda
surpresa com a revelação.

O Kio que eu conheci nunca
machucaria alguém, não
fisicamente. Ele esfaqueando Louis
não entra na minha mente. Mas
pensando melhor, eu vi o jeito
que ele encarou Louis no pátio da
escola; ele o encarou de uma forma
estranha, quase com ódio. Mas por
que ele faria isso?

— Por que ele faria isso? Não faz
sentido. — Eu insisto.

— Ele está entrando no mundo do
crime, infelizmente ele escolheu
o lado errado e decidiu formar
aliança com Vinnie. O plano dele
não era me matar, tenho certeza
que ele é mais como um capanga
e só pode me matar com ordens
do seu chefe mas Vinnie nunca iria
permitir que ele me matasse, ele
mesmo quer fazer isso com suas
próprias mãos. — Louis diz.

— Então ele é um criminoso agora?
Pergunto mesmo já sabendo a
resposta.

— Sim, S/n.

Meu ex-namorado agora está no
mundo do crime. Eu não posso
acreditar que Kio agora está
metido em toda essa sujeira. Ele é
tão diferente dos criminosos como
Louis e Payton, ele é bem calmo
e amigável. Mas essa pode ser a
explicação para todo o dinheiro
que ele tem agora, ultimamente ele
se exibe com carros luxuosos no
colégio e eu sempre me questionei
como ele tinha conseguido
dinheiro para todo aquele luxo.
Acho que eu já tenho a minha
resposta.

— Vamos matá-lo? — Finn
pergunta.

— É claro que vamos matá-lo, o
filho da puta enfiou um canivete na
minha barriga.

— Não. — Eu digo incrédula. —
Vocês não podem matar o Kio.

— Você não decide isso, não tem
nem mesmo direito de opinar aqui.
— Louis diz ríspido.

Eu caminho até a sua cama e sento
ao seu lado, sustentando nossos
olhares.

— Louis, por favor.

— Eu disse não. Eu faço o que
eu quiser e você não tem nada a
ver com essa história, entendeu?
— Ele faz questão de falar tudo
pausadamente.

— Eu vou ligar para o Payton e
dizer que sabemos sobre um capanga de Vinnie. — Finn diz como se estivesse desconfortável com a nossa pequena discussão antes de sair do quarto, me deixando sozinha com Louis.

— Como você está se sentindo? —
Eu pergunto para ele após alguns
minutos, quebrando o silêncio
existente entre nós.

—Não foi nada demais. —
Ele revira os olhos.


Eu desisto de falar qualquer coisa
com ele, tudo o que sai de sua boca
são palavras estúpidas que me
deixam com vontade de enforcá-lo.
Não sei porque me importei com
ele e o ajudei, Louis não merece
meu esforço. Louis segura o meu
braço e eu olho novamente para
ele, ele faz um sinal para eu sentar
em seu colo mas eu nego com a
cabeça.

— S/n. — Ele resmunga.

— Tudo o que eu fiz até agora foi
ajudar você e me preocupar mas
você só sabe ser um idiota e me
deixar com vontade de chorar.
— Cruzo os meus braços quando
ele tenta segurar a minha mão e
posso ver um sorriso crescendo em
seu rosto. Por que diabos ele está
sorrindo agora?

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