Bad feeling

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LOUIS PARTRIDGE
NEW YORK


Vinnie está pegando pesado. Não
que eu esperasse algo diferente,
mas fui pego de surpresa dessa
vez. Os capangas dele não tinham
coisas melhores pra fazer em um
sabado a noite ao invés de me
perseguirem?

E para finalizar a minha noite,
ainda ganhei um ferimento novo
graças à um filho da puta do
Harlem que já pode se considerar
um homem morto.

O pior no meio de tudo isso é
que essa noite eu descobri que
não estou sozinho em toda essa
merda, eu não tenho mais que
me preocupar só comigo mesmo.
S/n também está nessa. Detesto
admitir que fiquei preocupado
com aquela vadia e queria que ela
ficasse bem, eu nem mesmo liguei
pro tiro que quase levei e por ter
que andar pra caralho até achar
um telefone público porque meu
celular estava com ela. Isso foi o
que fez a minha mente, o que me
fez ver que namorar ela era o que
eu queria. Quero tê-la só pra mim e
não precisar mais esconder que até
eu tenho minhas fraquezas, mesmo
correndo vários riscos com essa
decisão.

Ainda tenho Vinnie para me
preocupar, ou eu deveria
charmá-lo de sogro? Que seja,
S/n nunca saberá sobre ele, de qualquer forma. Antes que essa verdade possa vir à tona eu irei
matar Vinnie, é a única certeza
que eu tenho.

Após um tempo em silêncio sinto
o peso no meu peito onde a
cabeça da S/n estava apoiada
sumir, me mantenho de olhos
fechados até ouvir o som da porta
se fechando e olho em minha volta
para ter a confirmação de que a
garota nāo se encontra mais aqui.
Talvez ela tenha pensado que eu
estivesse dormindo, o que não
acontece com frequência.

Decido me levantar também,
travando o maxilar ao sentir
o meu ferimento doer com os
movimentos. Caminho para fora
do quarto devagar, olhando para
os lados tentando encontrar a S/n.
Qual é, nāo posso deixar ela solta
na mesma casa onde  Finn e Chase estão.

Começo descendo a escada mas
paro no meio dos degraus ao ver a
cena rolando no meio da sala:
Chase beijando a S/n como se
fossem a porra de um casal.
Payton passa a mão no rosto
frustrado quando me vê ali por já saber o que vai acontecer e Finn permanece em silêncio. S/n olha na minha direção e parece em choque, logofazendo um sinal negativo com
a cabeça.

─ Que porra é essa? ─ Me
pronuncio, fechando minhas mãos
em punho.

─ O que foi isso aí, cara? ─ Chase
ignora minha fúria e tira os braços
que envolviam a minha garota
para gesticular para o curativo no
meu abdômen.

─ Não é da sua conta. ─ Rosno.

─ Louis, não vamos começar outra
luta de vocês dois. ─ Payton diz,
largando sua cerveja na mesa de
centro pra se posicionar caso tenha
que separar uma briga.

Você viu o que esse filho da puta
estava fazendo. ─ Aponto.

─ Louis ─ S/n murmura, me
olhando com olhos suplicantes.

─ Não adianta ficar com essa cara
de inocente. ─ A corto. ─ Dessa
vez você não pode colocar em mim
a culpa de isso ter dado errado.

─ O que deu errado? ─ Chase
questiona confuso.

─ Conta pra ele, S/n. Vai.

─ Não faça isso, não desse jeito. ─
Ela murmura.

─ O que está acontecendo aqui? ─
Chase tenta mais uma vez.

─ Qual é, galera. Vocês podem
resolver isso depois, não é? ─
se intromete. ─ Não precisa ser
dessa forma.

─ Cala a boca, Finn. ─ Termino de
descer os degraus restantes. ─ Eu
quero que ela resolva isso aqui e
agora.

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