Bring her back

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LOUIS PARTRIDGE
NEW YORK

Corro de volta para dentro e
puxo a mochila em cima da
mesa, enchendo-a com os papéis
importantes que estavam ali.
Coloco a mochila em minhas
costas e me apresso em dar o fora
dali, agradecendo mentalmente
por ter uma saída de emergência.
Felizmente Millie pensou nisso
quando equipou esse lugar.

Antes que eu chegue até a porta
da saída tiros começam a ser
disparados contra o galpão, eu
me apresso em tombar a grande
mesa que fica no centro do galpão
e me agachar atrás dela para me
proteger. Sinto uma ardência
no braço esquerdo e olho para o
mesmo, vendo o ferimento exposto
ali; um tiro de raspão.

Os tiros não parecem cessar e
parecem sair de várias armas. O
barulho é insuportável. Eu preciso
dar um jeito de sair daqui ou eu
vou me dar muito mal. Eu sei como
essas coisas funcionam, os tiros são
só o começo, eles com certeza tem
mais coisas planejadas.

Olho para a saída de emergência,
calculando mentalmente se
eu conseguiria correr até lá e
continuar vivo. Os tiros deixam o
lugar cada vez mais bagunçado.
Após um minuto inteiro de tiros, o
lugar fica silencioso novamente. Eu
não perco tempo em me levantar e
correr para a saida de emergencia,
posso parecer um covarde agora
mas essa alternativa é melhor do
que ficar e ser morto.

Passo pela porta e volto a fechá-la,
dando de cara com as escadas que
levam à um túnel no subsolo e a
má iluminação. Desço os degraus
correndo, caindo exatamente no
esgoto que corta aquele lado da
cidade. Tateio os bolsos da minha
calça a procura do meu celular
para ligar a lanterna mas praguejo
mentalmente ao notar que eu tinha
esquecido ele em cima da mesa lá
em cima.

Me concentro no caminho,
seguindo o fluxo do túnel,
checando de vez em quando se
eu estava realmente sozinho ali
ou se alguém tinha me seguido.
Olho para o meu braço, vendo o
ferimento que tinha ali, essa porra
está ardendo pra caralho.

Eu não sei para onde é suposto
eu ir, não sei se eu deveria ir até
a mansão para cuidar do meu
ferimento, me limpar e entrar em
contato com a equipe para contar o
que aconteceu ou ir atrás da S/n
para garantir que ela esteja bem.
E como o babacão que eu sou,
escolho a segunda opção.

S/N CLIFFORD
NEW YORK

Observo a cidade através da janela
do carro de Josh, ele se ofereceu
para me levar de volta para a
mansão e eu aceitei já que Louis
provavelmente estaria ocupado
demais para me buscar como ele
disse que faria.

Meu celular vibra com a
notificação de uma nova
mensagem de Louis e eu a leio
com atenção.

É o Mr Babaca? ─ Josh
questiona, se referindo ao Louis.

─ Sim. ─ Respondo ao terminar de
ler a mensagem. ─ Ele disse para
eu o encontrar na avenida que dá
acesso ao galpão. Você pode me
deixar lá?

─ Claro, S/n. ─ Ele muda sua rota
quando eu digo onde é.

Já estava anoitecendo, esse lado
da cidade era afastado do tumulto,
nem parecia Nova York. Josh para
o carro quando chegamos no lugar
marcado e eu já posso ver a Ferrari
de Louis parada no acostamento.

─ Esse filho da puta não merece os
carros que tem. ─ Josh admira o
carro luxuoso e eu dou risada.

─ Te vejo em breve. ─ Me inclino
para beijar seu rosto, antes que
eu saia do carro Josh segura em
meu pulso e me encara com olhos
preocupados.

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