That's a goodbye

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03
LOUIS PARTRIDGE
NEW YORK

Depois de fumar um cigarro
para me acalmar eu volto para o
quarto. Fecho a porta atrás de mim
e vejo a minha cama intocada,
olho para a poltrona e ela está lá,
toda encolhida completamente
desconfortável naquele pouco
espaço, mas mesmo assim está
dormindo.

Sua respiração está calma e sua
pele arrepiada por causa do frio.
Respiro fundo e torço para não me
arrepender do que eu vou fazer
agora. Passo um dos meus braços
na dobra do joelho dela e o outro
em seu pescoço, puxo ela para cima
a pegando no colo e carrego ela
até a cama. Coloco s/n embaixo
das cobertas e ela murmura
coisas incoerentes sem sair do seu
sono pesado e se aconchega nos
cobertores.


Ouço o som da porta principal
ser fechada e algumas vozes são
ouvidas no andar de baixo, deixo
S/n dormindo no quarto e vou
para a sala onde encontro os caras
conversando entre risadas.

— Uma parte do problema foi resolvido. Ela não vai abrir a boca. —  Digo e me sento no sofá ao lado de Finn.

— Então o problema foi todo
resolvido porque não há mais
nenhum vestígio de Noah no
mundo. — Finn diz sorridente.

— Você tem certeza que ela não vai
falar nada? — Payton pergunta e
eu afirmo com a cabeça. — Assim
espero, a última coisa de que
precisamos é de você atrás das
grades.

— Ela é legal. — Finn diz, ganhando os nossos olhares. — O que foi? Ela não é ruim ou algum tipo de vadia chata. —  Ele dá de ombros e eu reviro os olhos.

— Quando você pretende deixar
ela ir embora? — Payton pergunta.

— Amanhã cedo ela vai estar bem
longe daqui. — Respondo.

—  Ótimo. — Ele diz se levantando
do sofá. — Dia longo, rapazes.
Amanhã cedo temos assuntos para
resolver. — Payton faz um toque de
mão com cada um de nós e sobe as
escadas, provavelmente indo para
o seu quarto.

Depois de conversas jogadas
fora, risadas e algumas garrafas
de cerveja com Finn eu subo
para o meu quarto. Tiro a minha
calça jeans e deixo ela jogada em
algum canto do meu quarto, logo
deixando minha camisa fazer
companhia a ela. S/n continua
dormindo tranquilamente e eu
me deito ao seu lado embaixo das
cobertas, fico deitado de barriga
para cima enquanto fito o teto
esperando o sono vir, mas tenho
certeza de que assim como todos os
outros dias ele não virá.

S/n se mexe na cama mais uma
vez e eu sinto um peso sobre o meu
peito. Desvio o meu olhar do teto
e olho para baixo, ela está deitada
em meu peito enquanto continua
em seu sono. Deixo um pequeno
riso sair dos meus lábios e tiro ela
de cima de mim, a empurrando
para o lado, ela resmunga alguma
coisa enquanto fica de costas para
mim.

S/N CLIFFORD
NEW YORK

Sinto alguém chacoalhar o meu corpo e resmungo ainda de olhos fechados virando para o lado contrário querendo apenas continuar com o meu sono.

— Porra Blake, acorda logo.
— Ouço uma voz masculina e
rapidamente abro os meus olhos,
me arrependendo assim que a
claridade me incomoda. Quando
eu abro os olhos, vendo o quarto
desconhecido e o assassino de pé
próximo a mim, eu noto que não
estava em um pesadelo.

— Que horas são? —  Pergunto
ainda um pouco sonolenta
enquanto coço os meus olhos.

— Cinco da manhã, também
conhecida como hora de acordar
pra dar um fora da minha casa. -
Fico sentada na cama e vejo Louis
de costas, procurando uma camisa
em seu armário.

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