He doesn't deserve you

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21
S/N CLIFFORD
NEW YORK

Caminho pelo extenso corredor
da mansão de Louis a procura da
porta que seria o seu escritório,
onde ele está. Uma empregada
gentil foi até o meu quarto me
entregar a pílula, ela ficou até ter
certeza que eu tomaria a pílula por
ordens de Louis e eu aproveitei
para perguntar onde ele estava
já que ele não estava na cama
quando eu acordei. A mulher me
aconselhou a não ir até o escritório
pois ele poderia ficar bravo, eu
ignorei seu conselho e agora estou
aqui girando a maçaneta da porta.

Louis só nota a minha presença
quando ouve o barulho da porta se
fechando, ele se apressa em jogar
Os papéis que estava olhando na
gaveta. Eu caminho até ele com seu
olhar frio me seguindo, sento em
seu colo e ele se encosta mais na
cadeira suspirando.

─ Por que não bateu na porra da
porta? ─ ele murmura, não tão
bravo quanto eu achei que ficaria.

─ Não quis. ─ Dou de ombros.

Coloco o meu cabelo que está
molhado por causa do banho
atrás dos meus ombros. ─ Eu estou
vestindo apenas urm casaco de
moletom que eu achei em seu
closet e uma de suas cuecas boxer.

─ Não é porque nós estamos
transando casualmente que você
tem esse direito. ─ Reviro os olhos.

─ Eu preciso de uma carona.

─ E o que eu tenho a ver com
isso? ─ Louis não tem nenhuma
expressão, ele nem presta muita
atenção no que eu digo e suas
respostas parecem automáticas.

─ Tem alguma coisa incomodando
você? Algo está errado? ─
Pergunto meio receosa com sua
reação.


Louis apenas suspira e se ajeita na
cadeira, consequentemente eu me
ajeito em seu colo. Ele continua
sem olhar para mim e começa a
brincar com a manga do moletom
que está em meu corpo, que é
quase o dobro do meu tamanho.
Ele parece perdido em seus
pensamentos.

─ Só estou tentando juntar
algumas peças de um
quebra-cabeça. ─ Me inclino
para beijar os seus lábios, Louis
dá uma risada nasalada antes de
finalmente olhar pra mim.

─ Não fale algo estúpido que vai
me deixar brava. ─ Digo quando
ele abre a boca para dizer alguma
coisa.

─ Eu só ia falar sobre a sua carona.
─ Ele ri. ─ Tem algum perigo se eu
pedir Finn pra te levar pra casa?
Porque você sabe, eu mataria os
dois se alguma coisa acontecesse
entre vocês.

─Ciúmes, Partridge?- Sorrio com a
hipótese.

─ Eu já fodi com voce. Fui o
primeiro e o único até agora que
já esteve dentro de você e eu não
quero que isso mude. ─ Ele diz.
─ Vou acabar com você se você
resolver dar pra outro.

Observo o seu rosto para
encontrar algum sinal de que ele
está apenas brincando, mas ele
permanece sério. Eu me remexo
desconfortável em seu colo quando
a cena dele matando uma pessoa se
repete em minha mente, mas dessa
vez eu me imagino no lugar do cara
que ele matou.

─ Nós não temos nada, você
mesmo faz questão de me lembrar
isso sempre. ─ Louis continua me
encarando sério. ─ Se você pode
transar com qualquer pessoa que
você quiser, eu também posso!
Você não manda em mim.

─ Se você der pra outro eu acabo
com você. Mas se você gostar
de desafiar o perigo, sinta-se a
vontade.

Antes que eu possa respondê-lo
alguém entra no escritório, olho
por cima do ombro vendo Payton
se sentando em uma cadeira do outro lado da mesa com uma expressão preocupada. Fico sentada de lado no colo de Louis para ter  uma visão melhor do rapaz de cabelos castanho claro, e também para não ter que encarar Louis nos olhos.

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