Love is her weakness

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S/N CLIFFORD
NEW YORK

— Está aqui para ouvir
agradecimentos? — Decido
quebrar o silêncio quando
nossa troca de olhares se torna
desconfortável pra mim.

Louis parece um pouco perdido,
ele não me encara nos olhos. É
como se ele estivesse perdido nos
seus pensamentos. Ele balança a
cabeça, se aproximando da minha
cama para se sentar.

— Como você está?

— Desde quando você se importa?

— Eu só quero saber, nunca disse
que me importava. — Reviro os
olhos.

— Estou bem. — Dou de ombros. —
Obrigada por ter me ajudado.

Ele não fala mais nada, apenas
volta com seus pensamentos
distantes. Queria poder saber sobre
o que ele está pensando, o que está
o incomodando tanto porque até
agora ele não foi completamente
grosso ou safado. Uma coisa
é certa, eu nunca conseguirei
desvendar o que se passa em sua
mente.

Louis apoia seus cotovelos em
seus joelhos, escondendo seu rosto
em suas mãos ao bufar frustrado.
Me arrasto na cama para ficar
sentada perto dele, mantendo a
minha perna engessada esticada.
Coloco minha mão em seu ombro
mas ele não se move. Não entendo
o porquê de ele estar dessa forma,
talvez seja por causa dos seus
"negócios".

Por que ele viria até aqui? Louis
não pronuncia nem uma palavra
sequer e parece perturbado com
alguma coisa, tenho certeza de
que eu sou a última pessoa que ele
procuraria para falar sobre seus
problemas ou para pedir ajuda
para achar uma solução para eles.

— O que aconteceu? O que está
incomodando você? — Pergunto
meio receosa, eu sei o quão grosso
ele pode ser quando quer.

— Eu não posso fazer isso com
você. — Louis fala baixo, como se
tivesse pensado alto.

— O que você não pode fazer
comigo? — Ele levanta o seu rosto
para me encarar, percebendo que
tinha dito em voz alta.

— Preciso ir. — Seguro em seu
braço quando ele faz menção de se
levantar da cama.


— Será que você pode explicar o
que está havendo? Você aparece
no meu quarto no meio da noite e
age de um modo estranho, eu estou
sem entender o motivo de você
estar dessa forma.

— Eu não preciso me explicar para
você. — Dá uma risada debochada.

— Não sei se você notou mas você
está na minha casa, no meu quarto.
Se você não tem nada para me
explicar, saia daqui porque eu
não sou obrigada a aguentar essa
sua mudança de humor e suas
grosserias. — Minha raiva cresce
ainda mais quando Louis ri. Isso
mesmo, ele ri como se não levasse
a sério o que eu disse.

Ele olha para o outro lado do
quarto mantendo seu sorriso
cínico em seus lábios parecendo
pensativo novamente enquanto
passa a mão pela sua mandíbula.
Louis olha para mim novamente
após alguns segundos de completo
silêncio, os seus olhos agora
contém frieza, diferente de alguns
minutos atrás quando os mesmos
denunciavam o seu conflito
interno.

— Quer saber de uma coisa? —
Noto que não foi exatamente uma
pergunta quando ele pressiona
seus lábios nos meus antes de
receber qualquer resposta da
minha parte.

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