The city is dangerous

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S/N CLIFFORD
NEW YORK

O sinal do colégio ecoa por todas as
partes e eu me apresso em chegar
até o meu armário, eu tive que
deixar Anthony no colégio porque
minha mãe teve uma emergência
no trabalho e eu acabei chegando
um pouco atrasada. Pego os livros
que eu vou precisar e logo volto
a fechar colocando o cadeado,
quando eu me viro para começar
a caminhar para a sala de aula
sou surpreendida por alguém me pressionando contra os armários
e colocando a mão na minha boca
para que eu não grite. O corredor
está praticamente deserto pois
todos já estão em suas salas e as
poucas pessoas que se encontram
ali não se importam o bastante
com a cena.

- Sentiu minha falta, gata? -
Louis está parado em minha frente com um sorriso sacana brincando em seus lábios, ele retira sua mão da minha boca quando tem certeza de que eu não vou gritar e afasta consideravelmente o seu corpo do meu.

— O que diabos você está fazendo
aqui? Quase me matou de susto. — Resmungo ainda sentindo o
meu coração disparado, os livros
que antes eu segurava agora se
encontram jogados no chão.

— O que eu estou fazendo aqui? Eu
estou vigiando você. — Ele coloca
suas mãos nos bolsos de sua calça
jeans e eu luto contra a vontade de
revirar os olhos.

— Sério? — Cruzo os meus braços
na frente do meu peito.

— Lógico que não, meu mundo não
gira em torno de você. — Ele dá
uma gargalhada sem humor e eu
sinto vontade de chutar suas partes
íntimas por causa da sua expressão
debochada. — Eu estou de olho em
um aluno daqui. Mantenho meus
inimigos perto. — Ele completa
enquanto eu recolho meus livros
do chão.

— Bom trabalho para você então,
o colégio é grande então se a gente
tiver sorte não vamos nos esbarrar
mais. — Faço menção em fazer
meu caminho para a sala de aula
mas sou impedida quando ele
segura o meu braço e me puxa para
meu lugar anterior, entre ele e os
armários.

— Você sabia que eu fiz um amigo
de dez anos hoje, S/n?

— E daí? — Reviro os olhos
impaciente, nunca quis tanto ir
para a aula quanto agora.

— Ele é bem legal, mas a irmã
dele sabe demais. —Olho para Louis imediatamente, erguendo uma sobrancelha. —Anthony estava sozinho na entrada do colégio. — Ele pressiona os lábios em uma linha fina.

Por que diabos ele está cercando o meu irmão? Foi isso que Finn quis dizer com "seu psicológico irá te matar sem que eles precisem fazer esforço"? O plano dele é me ameaçar usando as pessoas que eu amo? Meus pensamentos parecem dar um nó e eu demoro um pouco para lhe responder.

—Por que você estava perto do
meu irmão? — Minha voz contém
raiva, é tudo o que eu estou sentindo agora. E um pouco de medo também.

— Você vai ficar de boca calada
sobre o que você viu porque agora eu sei quem são as pessoas importantes para você. — Ele deixa a frase no ar e sai andando pelo corredor, me deixando sozinha e confusa.

[•••]

— O que está acontecendo com
você hoje, S/a? — Josh diz estalando os dedos na frente do meu rosto na tentativa de me tirar de meus pensamentos.

— Não me chame por esse apelido
idiota. — Resmungo pegando a
maçã da bandeja e dando uma
mordida. O refeitório, como todos
os outros dias, está barulhento.

— Acho que alguém está de mau
humor. — Ele cantarola pegando
o pudim da minha bandeja para
comê-lo, não é como se o pudim do
colégio fosse o melhor do mundo
mas Josh faz parecer que seja.

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