capítulo 16

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Sábado, 27 de Junho

[O9:52 a.m] — residência de ______ Clark.

A partida de vocês do litoral ocorreu bem cedo por volta das seis da manhã do sábado, como não havia muito fluxo de carro acabou que sua chegada em casa foi um tanto quanto antecipada, como seu pai teria que cumprir um plantão ainda hoje e sua mãe também iria trabalhar,não restam muitas alternativas.

Assim que entrou em casa após se despedir dos mais velhos foi diretamente à suíte onde tomou um banho e depois de se trocar se deitou tentando dormir um pouco, mas embora tivesse deitado de várias formas confortáveis e diferentes simplesmente não conseguiu. Frustrada das falhas tentativas, resolveu que tentaria arrumar algo novo para fazer dentro de casa, se levantou da cama preguiçosa e seguiu corredor a fora do quarto até que estivesse no andar debaixo, onde entrou na sala e olhou o ambiente antes de se sentar no sofá e ligar a TV, deixando seu corpo relaxado da maneira mais "desleixada" possível — e não há quem possa lhe julgar por isso, afinal está em casa.

Trajava uma cropped de manga curta e com estampa da NASA e uma calça pantalona. Hoje quando acordou sentiu que o seu corpo parecia um pouco mais sensível do que o normal, principalmente a região dos seios, por isso optou por usar roupas de tecido leves e que não esquentam tanto.

Durante todo o período da gestação até aqui estava sentindo essas sensibilidades em determinadas regiões, por isso o fato de hoje está tudo um pouco mais aflorado não lhe incomodava e nem mesmo assustada. Enquanto divagava em seus próprios pensamentos, resolveu que não iria para a yôga. E como paga por aula que frequenta não iria interferir em absolutamente nada.

O plano principal era ficar de boas o dia todo do jeito que estava, mas a campainha tocando lhe fez respirar bem fundo algumas vezes pensando seriamente se deveria ir até lá, mas decidiu que não. Ninguém sabe que está em casa, o carro está guardado dentro da garagem e a televisão não está alta o suficiente para que possam ouvir do outro lado do madeiro, era um plano perfeito para despistar qualquer visita indesejada no momento.

Mas, aparentemente, o destino não tem jogado muito ao seu favor, não bastando ter alguém tocando a campainha seu telefone começou a tocar, por sorte estava perto o suficiente para atender a ligação antes que fizesse barulho, e só depois de ter aceito a chamada viu o apelido carinhoso que deu a Levi no ecrã.

— O que você quer? — questiona em tom baixo. — Agora não posso falar, acho que tem um agiota na porta da minha casa e estou fingindo que não estou, liga mais tarde.

Bom dia, eu vou bem, e você? — foi inevitável não fazer um barulho de desgosto quando ele usou a mesma carta que você tem usado há semanas. — E esse agiota sou eu. Abre a porta.

— Não estou em casa, acabei de dizer, não ouviu? — reforçou, mudando o rumo do assunto

Tsc, você é insuportável.

— Obrigada por lembrar. Agora, tchau.

Anda, abre, eu trouxe algumas coisas.

— Mas eu não pedi nada. — protesta, arrumando a postura no estofado para se levantar. — O que você trouxe? Dependendo do que for eu abro.

Hã... Dois quebra cabeças, palitinhos de queijo, doces—

— Tudo bem, me ganhou nos palitinhos de queijo.

Encerrou a chamada e jogou o celular pelo estofado se levantando e caminhando até a porta um pouco mais animada do que quando chegou, não diria isso a ele, mas a visita de Levi veio a calhar nesse momento de tédio. Passou a chave pelo trinco e abriu o madeiro em seguida, dando de cara com o Ackerman que lhe xingava baixo, mas parou ao vê-la.

S.O.S Levi vai ser pai!Onde histórias criam vida. Descubra agora