capítulo O3

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Narrado por, ______ Clark.

Sábado, O6 de Fevereiro.
[O1:34 p.m] — biblioteca local.

— Quantos livros sobre bebês. — comentou a bibliotecária vendo todos os livros que havia pego. — São para você? — assenti levemente com um sorriso fraco nos lábios. — Parabéns querida! Aposto que o pai ficou bem feliz com a notícia.

— Na verdade, ele ainda não sabe. — digo em um tom baixo, suspirando em seguida.

— Aposto que ficará feliz. — deu o último carimbo e me entregou o livro. — Mas sabe, livros não são uma experiência de verdade.

— Sei que não são, mas... Estou contando com isso. Obrigada. – peguei o livro que faltava e saí do lugar caminhando até meu carro que estava parado bem à frente do prédio.

Por sorte a biblioteca da cidade fica aberta até às três horas da tarde aos sábados. Coloquei os livros ao meu lado no banco do carona e liguei o motor do carro, ajustei o GPS para que me levasse pelo caminho mais rápido até o hospital universitário.

Não demorou muito até que eu estivesse no lugar, peguei apenas minha bolsa e adentrei, confirmei na recepção minha consulta e me sentei para aguardar.

Felizmente, não era a única mulher grávida naquele lugar, bom é de se esperar isso de um hospital, havia pacientes das mais diversas áreas. Mais a minha frente havia um — aparentemente — casal, a garota tinha uma barriga consideravelmente grande, deve estar no terceiro trimestre, o sorriso em seu rosto era invejável e o homem ao seu lado sorria mais largamente ainda, e isso me deixou com um pouco de ciúmes, afinal eles parecem bem felizes enquanto eu só estou confusa com a minha situação atual.

Tenho medo de como Levi vai reagir a isso, estamos separados e ele com certeza vai achar que estou contando história da carochinha, me sinto perdida e tudo o que eu quero agora é o colo da minha mãe... Droga a minha mãe! Ainda não contei para os meus pais, e se eles não me apoiarem?!

— ______ Clark? — uma mulher loira me chamou, apenas levantei a mão e caminhei até ela. — O doutor Bertholdt vai te atender agora. Por aqui. — assenti e a segui pelo corredor até entrar em uma sala, onde um homem de cabelos morenos já aguardava, ele sorriu gentil e dispensou a moça.

— É um prazer, me chamo Bertholdt Hoover, mas pode me chamar só pelo primeiro nome. — sorriu apertando minha mão. — Primeira vez aqui?

— Sim, muito prazer, me chamo ______ Clark.

— Belo nome, é diferente. — ele sorrir de forma gentil. — Venha, vamos começar. — ele me guiou até a maca de exames e me ajudou a ficar o mais confortável possível. — Alguém veio com você?

— Não, vim sozinha hoje. — estranhamente minha voz parecia triste.

— Tudo bem, você deve vir todos os meses a partir de agora e se sentir qualquer coisa fora do comum não tenha medo de ligar para pedir informações ou vir aqui se julgar necessário. Ah... Antes que eu me esqueça o gel é um pouco gelado, pode causar arrepios, mas logo passa. — ele explica tudo de forma simples enquanto arruma o aparelho. — Pode levantar um pouco a sua blusa? Só o suficiente para expor o abdômen. — concordei levantando um pouco minha blusa, ele passou o gel de coloração azul e céus! Estava muito gelado. Usando o transdutor ele passou sobre o líquido gelatinoso e uma imagem não muito clara para mim se ascendeu no monitor. — Ótimo, bom está tudo bem com seu bebê. É esse pontinho aqui. Uma boa comparação é com uma semente de romã. — apontou e eu sentir meu peito disparar, parece um sonho, estou mesmo gerando uma vida. — Quer ouvir o coração?

— Já dá para ouvir? — minha surpresa era nítida, acho que na minha mente demorava um pouco mais.

— Claro. — ele mexeu no equipamento e eu sentir todo o meu corpo se arrepiar, o coração do bebê batia forte e aparenta ser bem saudável, mordi o lábio tentando conter o choro. — É um bebê saudável. — ele se afastou e pegou um lenço para mim, entregando-o em seguida. — Em relação a outras pacientes, você está relativamente atrasada. Então terá que fazer muitos exames indispensáveis a partir de hoje. Venha, vou lhe explicar um pouco melhor. — disse, me ajudando a sentar e depois descer da maca de exames indo até a mesa dele, onde apontou para que eu me sentasse em uma das cadeiras livres.

S.O.S Levi vai ser pai!Onde histórias criam vida. Descubra agora