No vestiário

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Hoje era início das aulas de natação. Eu fazia parte da equipe e precisava melhorar muito meu desempenho pra poder participar do campeonato.

Estava pegando minhas coisas no armário quando o Otávio chegou de surpresa.

- Li... primeiramente me desculpa. Por tudo. Fui um babaca. Sei que você deve estar me odiando mas será que podemos combinar de ir na lanchonete pra conversar?

- Conversar o que, Otávio? Não temos mais nada pra conversar...

- Por favor... deixa eu me explicar. Só uma conversa na lanchonete...

- Ta. Me espera lá depois do meu treino - falei dando de ombros

Não quero e não vou voltar com ele. Mas não faz mal ouvir o que ele tem a dizer. Eu estaria com fome também, então aproveitaria pra almoçar...

Cheguei no treino e quando olhei pra piscina, avistei o Ravi. Que merda, ele faz parte da equipe.

Suspirei e terminei de me preparar. O professor passou algumas orientações e fizemos o treino. Vez ou outra eu olhava em sua direção e ele desviava o olhar, ou vice e versa.

Depois de treinarmos muito eu fui pro vestiário tomar banho. Eu como sempre era a última a sair. Quando abri a porta dei de cara com o Ravi encostado no batente da porta de braços cruzados. Ele estava de cabelos molhados, tinha um cheiro muito bom de sabonete e estava com uma mochila nas costas. Incrivelmente sexy, claro.

- Meu Deus, garoto, que susto - falei colocando a mão no coração

- Desculpa, gata... não era minha intenção - ele riu sarcástico - ja tava ficando preocupado, todo mundo saiu menos você - disse olhando pra dentro do banheiro pra conferir se não tinha ninguém mesmo

- Sim, sempre sou a ultima - falo pedindo passagem, mas ele não se move

Ele vem em minha direção me empurrando pra dentro do banheiro. E eu já estava com palpitações.

- Pensei que talvez pudéssemos continuar aquilo do acampamento... - falou colocando a mochila em cima do banco e trancando a porta

- Aquilo o que? - fingi não estar ficando extremamente excitada

- O beijo... aquilo que eu ia fazer quando sua prima chegou... - disse vindo em minha direção.

Encostei minhas costas na parede gelada e novamente fiquei sem reação. Na verdade, depois do que aconteceu no acampamento, tudo que eu queria era sentir o toque dele novamente. Perdi as contas de quantos sonhos tive com ele desde então.

Os olhos dele estavam escuros, cheios de desejo. A barba por fazer deixava ele terrivelmente gostoso.

Ele se aproximou e mordeu os lábios. Eu queria ter forças pra parar antes de começar, mas meu corpo não obedecia meu cérebro.

Ele pegou minhas mãos e segurou juntas, acima da minha cabeça... veio até o meu pescoço e roçou sua barba...

- Cheirosa... - sussurrou

Eu arrepiei... queria que ele me beijasse...

Ele encarou meus lábios como se esperasse que eu pedisse... mas eu não o fiz. Fiquei encarando ele de volta...

- Você tem pensado nos nossos beijos, Lídia? Tem pensado em o que minhas mãos e minha língua podem fazer com você? - ele perguntou baixinho e com a voz rouca

Eu já estava com a calcinha molhada e sentindo o bendito formigamento.

- Não... na verdade eu mal penso em você - falei sorrindo irônica

- Mentira, Lídia... - disse brincando com seus dedos próximos a entrada do meu shorts - eu posso apostar que você está molhadinha agora. Louca pra que eu coloque minha língua quente dentro de você

Foi o suficiente pra eu arquear as costas e agarra-lo.

Iniciamos um beijo cheio de desejo, como se fossemos nos devorar.

Senti seu pau ficando duro... instintivamente levei minha mão em cima do seu short. Ele riu malicioso entre o beijo...

- Pode tocar... pode fazer o que quiser com ele...

Já estávamos totalmente excitados, nada mais importava. Alguém podia chegar, mas eu não ligava.

De repente ele parou o beijo e olhou nos meus olhos...

- Quero sentir seu gosto... - e abaixou com os olhos fixos nos meus. Puxou meu short me deixando só de calcinha.

Brincou com seus dedos em cima da minha calcinha.

- Eu disse que você estava molhadinha pra mim - disse puxando minha calcinha pra baixo - abra as pernas, Lídia. Coloque uma perna em cima do meu ombro...

Eu obedeci...

Ele foi passando a língua pelo lado interno da minha coxa e eu implorava por mais.

De repente senti sua língua no meu clitóris. Comecei a gemer seu nome...

- Geme pra mim, gostosa - falou me chupando ainda mais - desde aquele dia eu só penso em poder foder com essa sua bucetinha

Eu gozei. Acho que foi a primeira vez que gozei na vida, porque nunca senti nada parecido.

Ele continuou me chupando e me limpando com a língua. Subiu de novo e me encarou.

- O que você acha de agora eu te comer de quatro, bem ali? - disse apontando para um banco largo ao nosso lado...

Foi aí que eu lembrei que sou virgem. E embora eu queira muito ele dentro de mim, não é assim que minha primeira vez deve ser, em um vestiário da escola.

- Eu, é... - gaguejei

- O que?

Abaixei a cabeça. Eu teria que contar.

- Eu sou virgem!

- O que? - ele me olhou incrédulo

- Nunca transei com ninguém...

- Meu Deus, garota. Você não tinha um namorado?

- Sim, mas nunca consegui transar com ele

- Puta que pariu - ele falou passando as mãos pelos cabelos - desculpa, mas não vou foder com uma virgem -  disse pegando sua mochila

- Ah sim, claro... como se eu tivesse implorando pra transar com você. Foi você que veio atrás de mim garoto - eu disse já alterada vestindo minha roupa

- Eu vim aqui pra me divertir com você. Não pra tirar sua virgindade e depois você ficar apaixonada atrás de mim

- Oi? Você está se ouvindo? Você não se toca? Eu não quero que tire minha virgindade. Fique longe de mim! - falei passando por ele e indo embora

Quem esse garoto pensa que é?

Fui pra casa bufando de ódio. Até esqueci que iria me encontrar com o Otávio na lanchonete...

O garoto que me fez perder a linhaOnde histórias criam vida. Descubra agora