After party

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Já era quase dia e caia uma chuva fina lá fora.

O som da festa estava bem mais baixo e provavelmente só restavam alguns bêbados jogados pelo sofá ou pelo tapete da sala.

Depois de fodermos de várias formas e várias vezes (sim, fodermos, porque o que fizemos está bem longe de "fazer amor") estávamos deitados, cansados e ainda sem roupas. Minha cabeça estava encostada no peito do Ravi e nossas pernas entrelaçadas. O som das nossas respirações era o único barulho do quarto.

- Amor... acho que precisamos conversar - falei quebrando o silêncio e olhando pra cima

Ravi mantinha seus olhos fechados mas passeava com seus dedos de leve nas minhas costas. Precisamente na minha tatuagem.

- Amor - falou em um sussurro ainda sem abrir os olhos - sei que precisamos conversar. Mas tudo que eu quero, agora, é aproveitar esse momento com você. Sem nos preocupar com o mundo lá fora... eu estava com saudades - roçou seu nariz na minha testa

- Tudo bem... eu também estava com muitas saudades - levei minha mão até sua nuca acariciando ali

- Você vai dormir aqui na Luna, né? - perguntou

- Sim... não ia dormir nesse quarto, ia dormir no dela. Mas se você for dormir aqui posso dormir nesse quarto com você!

- Sim... quero dormir com você, baby - falou mais lento que o normal e vi que ele estava adormecendo...

Fiquei alguns minutos olhando para seu rosto. Ele definitivamente é o garoto mais lindo que já conheci. E que sorte eu tenho por ele ser meu. Bom, eu acho que ele é meu. Não sei como vai ser a conversa que teremos. E confesso que estou com um pouco de medo.

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Acordamos com o sol já mais forte em nossos rostos. Já devia ser próximo do horário de almoço. Meu celular vibrou no chão, ao lado da cama. Era minha mãe.

- Quem é? - Ravi perguntou

- É minha mãe... ela quer saber se vou almoçar em casa...

- Eu pensei que talvez pudéssemos almoçar juntos... pra, você sabe, ter aquela conversa que precisamos ter - sorriu fraco

- Tudo bem. Vou avisar pra ela...

Antes que eu pudesse me levantar para me trocar Ravi me puxou pro seu colo. Fiquei com uma perna de cada lado do seu corpo. Ainda estávamos sem roupa.

- Assim não vamos sair pra almoçar - disse me movimentando em seu colo

- Safadaaa... eu só queria te dar um beijinho e você já vem assim se esfregando no meu pau?! - falou rindo enquanto beijava meu pescoço

- Fazer o que... - dei de ombros - eu não resisto - mordi o lábio de baixo

- Então talvez você possa sentar bem gostoso no meu pau - ele falou em um sussurro em meu ouvido

Não precisava de mais nada, estávamos totalmente excitados.

- Quero que me toque - pedi olhando em seus olhos

- Quer? Aonde você quer que eu te toque, amor? 

Peguei sua mão e levei até a minha boca. Chupei dois dedos e guiei até o local que eu necessitava ser tocada.

- Bem aqui...

- Porra, baby... você sempre tão molhada e quente...

Nesse momento os olhos do Ravi mudaram de cor. Eu adorava ver essa reação que tinha sobre ele. É como se ele fosse me devorar.

Ele continuo com seus movimentos precisos e eu me agarrei em seus ombros, arqueando um pouco as costas.

- Você assim, de olhos fechados e gemendo pra mim, é a coisa mais linda que meus olhos já viram - falou rouco

Seu pau já estava duro demais, e eu não aguentava mais nenhum segundo. Eu mesma posicionei em minha entrada e sentei. Quando senti seu membro todo dentro de mim, me preenchendo por completo, soltei um gemido alto.

Comecei movimentos mais rápidos e o Ravi gemia também. Seus olhos passeavam pelos meus peitos e iam até onde nossos corpos se fundiam, tornando um só.

- Você é gostosa demais... - falou levando sua boca até um dos meus mamilos, dando leves mordiscadas

- Ravi eu vou...

Antes mesmo de terminar a frase eu já estava gozando.

- Isso, baby... mela todo o meu pau...

As palavras obscenas só aumentavam meu orgasmo. Mas nada isso se compara ao momento que ele levou seu dedo ao meu clitóris dando uma leve pressionada.

- Porra, cacete - falei sem controlar meus gemidos...

- Isso é bom, não é? - sorriu vitorioso vendo que conseguiu prolongar meu orgasmo

Me senti fraca, mas Ravi começou a se movimentar e agora era ele que me guiava. Até que gozou em seguida.

Depois de tomarmos banho e nos trocar, eu me arrumava em frente ao espelho. Ravi me abraçou pela cintura, atrás de mim, depositando um beijo em meu pescoço.

- Agora sim, bom dia - riu nos encarando no espelho

- Vamos? To morrendo de fome - falei

- Vamos - sorriu sem mostrar os dentes

Pedimos nossa comida e enquanto esperávamos achei que seria o momento para a tal conversa.

- Então... não sei nem por onde começar - falei encarando minhas mãos sobre a mesa

- Posso começar então? - Ravi perguntou

- Claro...

Por essa eu não esperava. Era como se ele estivesse pensado em tudo antes de vir pra cá. Meu pressentimento não era bom.

Ravi suspirou profundamente. Droga.

- Bom... - disse trazendo suas mãos ao encontro das minhas em cima da mesa - primeiro eu quero dizer que tudo que digo pra você é verdade. Todos os meus sentimentos intensos. E por Deus, Lidia, nunca pensei que fosse capaz de amar alguém como eu te amo - minha mão acariciou a dele - mas estive refletindo durante esse tempo que estivemos afastados e - seu semblante mudou e ele não conseguia me encarar - acho que fomos rápidos demais.

Rápidos demais? O que ele queria dizer com isso? Franzi as sobrancelhas mas não disse nada, esperei ele continuar...

- Estamos no ensino médio, linda. Não podemos ter um relacionamento como de quem está prestes a se casar - suspirou novamente - só acho que... devemos ser mais leves...

- Defina "leves" - questionei

- Sem tantos choros, brigas, gritos, cobranças, e etc...

Senti um aperto no peito. A sensação era de que o nosso namoro estava chegando ao fim.

O garoto que me fez perder a linhaOnde histórias criam vida. Descubra agora