Jace Hart
-Jace eu não acredito que você não foi pra aula! - disse minha avó com as mãos na enorme cintura.
-Foi mal vó o despertador...
-Jace um negro sem estudo...
-Vira marginal, eu sei, eu sei vó.
-Não parece que sabe disso, sua mãe estaria...
-Mas ela não está. - Falei de cara pegando meu skate pra sair dar uma banda.
-Jace não vai comer...
-Não vó.
Estava indo pra pista e na esquina me dou de cara com a gang do bairro.
-E aí bastardo, onde anda aquele seu irmão idiota? - ele pegou-me pela gola da camiseta.
-Ele tá na faculdade.
-Fala pra aquele idiota que não esquecemos o que ele fez e o que me deve. - disse me empurrando e tirando meu skate da mão.
Droga lá se vai mais um skate graças ao meu irmão.
-Bastardo! - cuspiu outro.
Aguentei no osso do peito e fui pra quadra de basquete. Somos chamados de bastardos porque meu pai era branco e o pai de Nathan era mais branquelo ainda. Meu irmão tem 22 anos e está fazendo advocacia. Sabe. Acho que minha mãe tinha uma tara por caras brancos. Aí já viu né somos a "escória" os garotos do bairro nos chamavam de sujos, mestiços, bastardos, todos os nomes que possa imaginar. Nael teve um pouco mais de sorte com o pai dele, que banca os estudos dele e tals, o meu? Nunca nem vi. Passei a manhã jogando basquete com uns coroas que tavam de boas ali. A tarde passei por meu "Amigo" Por que as aspas? Porque ele é meu crush.
-Aí Jace! - disse Paul socando minha mão em cumprimento.
-Como foi a aula?
-Muito boa. E você se deu bem meu amigo, pegou uma gatinha rica de parceira no experimento social da escola.
-É o quê? - saltei e ele me explicou sobre o que se tratava. Mas que merda isso.
Droga, voltei pra casa e tomei um banho, arrumei meu quarto e comuniquei a vovó que teríamos visita pelo visto pelo ano todo.
♥️ ♥️ ♥️ ♥️ ♥️ ♥️
Nathanael Grigory
-Senhor Grigory li sua dissertação durante as férias e o senhor se saiu muito bem, creio que se formará com mérito. - Disse-me o dr. Marcell Harper.
-Obrigado senhor, isso significa muito para mim! - falei com o peito inflado de orgulho de mim mesmo.
-Seu pai ficará orgulhoso!
-Espero que sim.-sorri forçado. - Bom tenho que ir, não posso me atrasar.
-Claro, até mais, mande lembranças a seu pai.
-Mandarei.
-Ah, tenho um convite a lhe fazer daqui uns meses farei um coquetel em minha casa para os amigos e irão pessoas importantes da sociedade, gostaria muito de apresentar você a eles.
-Uau... É... É uma honra senhor.
-Que bom, vou lhe enviar um convite.
Fui pra minha aula, estou no último ano de advocacia e me formarei com as melhores notas. Estudo a uma hora da casa da minha vó, onde faço questão de morar, meu pai me ofereceu pagar por um apartamento aqui perto, mas é injusto com meu irmão. Então eu acordo no meio da madrugada para chegar na hora certa na universidade.
-Olá Nael... - ronronou Clary, passando o dedo por meu peito.
-Oi Senhorita James. - falei passando por ela e indo conseguir uma das melhores classes que dava para ver e ouvir melhor o professor, este ano tenho que dedicar cada minuto do meu tempo pra isso aqui.
-Ae Nael a Clary tá afim de você! - disse Flyn sentando ao meu lado.
-É, parece que sim, mas tenho que me manter focado cara, não tenho tempo pra bancar o bonequinho sexual de uma garota mimada.
-Eu queria ser o boneco sexual dela.
-Então vá em frente, se joga porque eu quero mais do que tudo o meu diploma.
-Tá esquecendo de viver meu amigo.
-Será?
-Qual é, suas notas estão sempre perfeitas, não vai cair só por se divertir um pouco, a vida é curta Nael.
-É, ela é sim, por isso tenho que me dedicar a isso aqui pra que a vida do meu irmão não seja curta...
Como a da minha mãe foi. Quero tirá-los daquele lugar, quero dar uma vida boa a minha vó e irmão.
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Me Olhe. Me Toque. Me Ame Pra Sempre.
RomanceFlorence Francis é aquela menina rica que todos a julgam como miada, mas a verdade é que seu namorado vale mais para sua mãe do que ela, com a vida sempre conduzida como uma marionete por sua mãe, Flor não pode fazer, falar ou ler o que quer, toda m...