Bless Wang Harper
Ódio queimava em meu peito, puro ódio e eu o mataria com minhas próprias mãos se não fosse pelo senhor Francis.
-Foi tão fácil enganar você Harper kkkkkk
-Cala a boca seu merda.-gritou Florence segurando me firme pela mão e braço, senhor Francis me empurrava para fora.
-Quer morrer garoto!-disse meu pai.
-Vocês dois caíram como um patinho...
-Para querido!-disse a mãe de Florence.
-Não, ele tem que saber como foi delicioso tirar a virgindade de sua como é mesmo que a chamava? Ah, ''amor''
Eu queria mais do que nunca mata-lo.
-Me deixe mata-lo!-pedi olhando para Florence.
-Não ouve isso!-disse ela segurando meu rosto.-Não quero que ouça mais nenhuma palavra desse ...
-Ela gritou meu nome ...
-Tire-o daqui Florence!-disse o senhor Francis. -E você cala a boca.
-Por favor Bless... vamos sair daqui.
Comecei a chorar de raiva. Florence limpou minhas lágrimas enquanto aquele merda ao fundo contava como tinha sido a primeira vez que deveria ter sido comigo, Florence pertencia a mim assim como eu ainda pertenço a ela. Eu negava com a cabeça todas aquelas enxurradas de imagens que ele me lançava. Eu não conseguia me mexer mais. Eu... os lábios de Florence encontraram os meus e eu enchi o pulmão de ar e relaxei sob as mãos de Florence que cobriram meus ouvidos.
-Vadia!-gritou Kevin.
-Saiam daqui agora Bless!-disse o senho Francis. -Leve Florence com você pra sua casa, eu vou busca-la mais tarde.
Fui sendo empurrado por Florence até a porta. Ainda ouvindo o pai de Florence bater boca com os dois. Florence colocou o capacete em mim.
-Consegue dirigir de volta?
-Hurumm!
Subi na moto tentando me acalmar. Florence passou a mão por minha barriga e com a outra mão deu um leve puxãozinho em meu piercing que me fez sorrir. Dirigi devagar com medo de nos acidentar. Chegamos em casa e meu pai estava de pijama listado e com uma xícara de chá na mão quando entrei.
-Filho voc... ah, me desculpa ... Deuses o que ouve com você?
-Senhor Harper eu... posso...
-O que ouve?
-O senhor Francis pediu que a trouxesse, ele separou da esposa e daqui a pouco mais vai passar aqui para buscá-la.
-Uau... hãmm... ok. Tem toalha no quarto de hospedes e...
-Ela vai ficar no meu quarto por enquanto eu preciso... -me interrompi antes de explicar que eu precisava dela pra não dar meia volta e matar aquele bosta.
-Conversar!-completou Florence.-Precisamos ... conversar.
-Seu rosto...-papai iniciou espalmando a mão pra ela e vi o rosto vermelho e inchado.
Eu não tinha percebido que ela tinha se urinado, o tapa foi forte mesmo, corri na cozinha pegando uma bolsa de gel que eu mantinha no congelador pra quando eu estivesse dolorido demais da academia.
-Aqui!-falei colocando no rosto dela.-Eu posso te emprestar uma roupa, vem comigo?
Ela deu um pequeno sorriso. Aquele fogo horrendo se apagou naquele momento que eu percebi o quanto ela precisava de mim. Muito mais do que eu precisava dela. Em meu quarto fui pegar uma camiseta e uma calça moletom. Bati na porta do banheiro e entrei, Florence estava no chão do box, abraçando os joelhos e com a cabeça debaixo d'água. Tirei minha roupa e entrei, peguei meu shampoo, creme e um pente. Sentei atrás dela contra a parede gelada. A puxei um pouco para trás. Passei shampoo e massageei seu cabelo. Depois coloquei meu creme e a penteei lentamente.
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Florence Francis
Bless era um fofo. Eu estava me sentindo despedaçada até aquele momento em que ele sentou atrás de mim e sem nenhuma palavra começou a lavar meu cabelo, penteou com carinho enquanto eu me sentia um lixo humilhada pela própria mãe. O que eu fiz pra ela me tratar daquele jeito. Por que ela ficou do lado do Kevin em vez do meu. O cara me bateu e ela em vez de me defender... E lá estava eu aos prantos de novo. Bless me puxou pro meio de suas pernas e me abraçou. Ele não merecia ter ouvido aquelas coisas. Passei as mãos por seus braços e por fim me levantei e peguei suas mãos. Terminamos de tomar banho e fomos pro quarto dele. Coloquei apenas a camiseta dele e Bless uma boxer branca. Colocou meu telefone pra carregar. Deitou e estendeu os braços. Deitei nos braços dele e chorei.
-Eu não posso ser... Quebrada de novo... Não posso deixar. - murmurei.
-Você não é nada daquilo que eles falaram.
-Talvez eu seja mesmo uma vadia.
-Não diga isso, não é verdade.
-Eu... A gente acabou de fazer... Tudo aquilo e foi tão intenso e... Isso tudo eu tendo um rolo com outra pessoa cujo eu já estava planejando um futuro e agora eu não sei mais... Não sei mais quem eu sou... Não sei mais o que fazer...
-Calma meu amor...
-Você foi o único que me chamou assim sabia?
-Porque eu te amo pra sempre Florence.
-Não me ame Bless... Eu não mereço você.
-Você não pode pensar assim, eu deixei você pra trás sem lutar, eu fui embora sem... Lutar por você. - Bless começou a chorar abraçado me, a boca em me ombro.
-Não valho tanto a pena quanto você pesa Bless. - E não valia mesmo, eu tinha laçado o coração de dois homens e não sabia o que fazer com eles.
-Vale... Você vale cada gota de sangue derramado por seu amor, você vale cada minuto e segundo do tempo, eu trocaria e daria tudo que tenho e o que sou pra tê-la de volta porque você vale tudo.
-Deus... Estou tão... Perdida e confusa.
-Você tem tempo, eu tenho tempo, nós dois temos isso pra nos acertarmos, e se você não me escolher estarei de pé a sua porta quando se cansar dele, porque eu fui o seu primeiro beijo e quero ser o último também. Iremos bem velhinhos para um asilo e talvez nem a morte nos separe.
Ele me fez sorrir.
-Esperaria mesmo?
Bles começou a acariciar meu cabelo.
-Quando me deu isso aqui Florence. - disse ele tirando o cordão com o pingente que lhe dei em uma pulseira. - Você me disse "Meu Bless, isso aqui é um pedido e um lembrete, você não precisa me responder agora, mas é tudo o que desejo de você" aí você me deu a caixinha e saiu correndo.
-Eu lembro, fiquei tão vermelha quando você entrou na sala e me deu um beijinho em frente a todos os nossos colegas.
-E o que eu te disse?
-Você... Disse "não precisava pedir o que já está em meu coração pra sempre"
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Me Olhe. Me Toque. Me Ame Pra Sempre.
RomanceFlorence Francis é aquela menina rica que todos a julgam como miada, mas a verdade é que seu namorado vale mais para sua mãe do que ela, com a vida sempre conduzida como uma marionete por sua mãe, Flor não pode fazer, falar ou ler o que quer, toda m...