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Florence Francis

Papai me buscou na escola e me levou a um estacionamento pra me ensinar a dirigir.

-Sua mãe me ligou furiosa.

-Ah é?

-Parece que os pais do Kevin foram buscar ele lá em casa e ameaçaram chamar a polícia caso ele não fosse junto com eles.

-Humm...

-Tem alguma coisa a ver com isso?

-O fato de eu ter ligado pra mãe dele contando que ele ameaçou se matar caso eu não voltasse pra ele, não significa que eu tenha algo a ver com isso.

Papai riu.

-Você é demais... Aperta bem a embreagem e vai soltando devagar. Isso... - Não consegui parar de pensar na nossa conversa de hoje cedo. Cuidado! - deixei o carro morrer. - Vai, tenta de novo.

-Vai se separar?

-Acho que vou... Isso bem devagar. Ae... Mas antes vou procurar uma casa pra gente morar que não seja tão grande.

-Vai me levar com você? - perguntei sorrindo.

-Se você quiser já tem direito de decidir perante o juiz.

-Óbvio que vou com você, não pensaria duas vezes.

-Ótimo assim você me ajuda a achar uma casa legal pra gente.

-Tem um bairro ótimo que eu conheci uma amiga, posso ver se tem alguma casa por perto.

-Está bem, dobra pra lá.

...

Passamos o início da tarde naquele lugar e depois papai teve que voltar pra empresa. No caminho ele me deixou na casa da Mary e já conheceu o bairro.

-Acho que vamos virar vizinhas! - comentei.

-Como assim?

-Papai vai se separar e eu vou ficar com ele.

-Que show, eu conheço umas casas que estão a venda no bairro.

-Legal, agora vá se vestir pra gente ir pro muay thai.

-Eu não posso ficar olhando?

-Não...

-Cheguei! - gritou uma mulher, me virei e a reconheci da foto era a mãe de Mary. - Oi?

-Oi sou Florence, amiga de Mary! - falei estendendo a mão. Ela aceitou o aperto.

-É um prazer conhecer você Florence.

-O prazer é meu. - Falei sorrindo.

-Vem vou te apresentar meu quarto.

Mary pegou minha mão e me arrastou pro terceiro andar, o quarto dela era lindo.

-Uau, digno de uma princesa. - falei.

-Sim, faz horas que eu quero mudar a decoração, mas eu tava sem animo nenhum, vem cá, que roupa coloco? - perguntou ela abrindo a porta do armário dela.

Nossa tinha muita roupa.

-Uau, seu pai consegue comprar todas essas roupas como taxista?

-Não, minha mãe consegue. - sorriu Mary. - Ela é juíza.

-Jura? Daqueles de tribunal que bate o martelo?

Mary riu.

-Isso mesmo.

-Uau que admirável.

-É... Eu me orgulho dela, do meu pai também.

. . .

Me Olhe. Me Toque. Me Ame Pra Sempre.Onde histórias criam vida. Descubra agora