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Florence Francis

Fechei a porta me encostando nela e respirando fundo com Nael ainda perto de mim.

-Por que me empurrou pra cá?

-Eu não queria que Jace soubesse que ouvi.

-E ele também não o que os torna dois mentirosos. - sussurrou ele.

-Não, isso nos torna bons amigos que não queremos magoar um ao outro. - falei tocando seu peitoral durinho que estava a centímetros de mim.

-Ah é, pois pra mim isso parece enganação. - disse ele sorrindo e chegando mais perto de mim, Nael colocou o braço do meu lado na porta. Levantei a cabeça querendo que ele me tocasse. Ele sussurrou. - Então... Terminou seu noivado?

-Com direito a jogar o anel e tudo. - falei o fazendo rir. Senti seu hálito de tuttyfruity e fechei os olhos respirando fundo aquele cheiro.

-Sabe que... Se sua mãe nos pegasse assim isso resultaria em um processo enorme contra mim.

-Por quê? - sussurrei.

-Você é menor de idade e eu já tenh...

-E se ela não souber de nada?!

-O que você quer de mim Florence? - ele sussurrou meu nome lentamente.

Minhas mãos espalmaram em seu peito, eu não conseguia respirar direito, quero que me toque. Como posso dizer isso, aproximei mais meu rosto do dele. E quase gozei só por ter deslizando minha mão para a pele de seu pescoço exposto, minha calcinha estava encharcada. Nael respirava pesadamente, mas ele não dava o passo final.

-Você não me quer? - murmurei corando de vergonha.

-Quero mais do que tudo no mundo.

-Então porque não me toca?

-Queria sua permissão. - sua mão foi pra minha cintura e me puxou pra si.

-Tem toda!-murmurei.

Os lábios carnudos e quentes e úmidos dele me agraciaram. Agarrei-o do pescoço e ele me levantou no colo me prensando contra a porta. A língua dele invadiu minha boca.

"Vamos almoçar?" - gritou a vovó lá de baixo.

Paramos o beijo, mas eu não conseguia o soltar. Nael passou o nariz no meu pescoço o cheirando.

-Você tem cheiro de chiclete de fruta. - sussurrou.-E é tão... Convidativa.

"Nael, Flor vamos almoçar?! - chamou Jace do outro lado da porta.

-Já estamos indo! - falei e Nael me soltou.

Antes de sair ainda dei um selinho nele e sorrindo com as pernas bambas fui até o banheiro lavar as mãos, lavei o rosto e me olhei no espelho, sorri feito uma boba pra mim mesma, ainda não creio que nos beijamos e a mão dele em minha coxa me segurando contra a porta, senhor eu preciso desse homem na minha vida.

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Nathanael Grigory

Deus ela é perfeita, e eu um louco por quer tanto sentir seu gosto. Eu já estava me controlando pra não ficar de pau duro quando Jace bateu a porta. Confesso que não esperava aquele selinho antes dela sair do quarto, graças a Deus ela não olhou para baixo. Preciso parar de pensar nela se não isso aqui vai ser muito constrangedor. Quando passou pela minha porta ela avisou.

-Estou descendo.

-Já vou!

Corri no banheiro lavei meu rosto e molhei meu pescoço, me olhei no espelho e sorri sozinho para aquela insanidade que eu acabei de fazer. Desci as escadas e já estavam se servindo.

-Desculpa irmão, mas você demorou.

-Tudo bem. - Falei pegando meu prato e servindo, sentei de frente pra Flor e ela corou quando a olhei.

-Está sem seu anel! - comentou Jace.

Florence abriu um largo sorriso pra ele.

-Não deu tempo de te contar, mas eu terminei meu namoro.

- Noivado né?!

-Isso, terminei e ainda joguei o anel nele. - disse ela rindo e me espiando rapidamente por aqueles cílios lindos.

-E como ele reagiu?

-Ah, chorou pra minha mãe, acredita que ele teve a cara de pau de mentir na minha frente, ele fez minha mãe acreditar que você fez minha cabeça contra ele.

-Ah, entendi.

-O quê?

-Nada não, mas era de se esperar né.

-Eu falei várias fezes que você não teve culpa de nada, e o pior é que ele dormiu lá em casa e participou do café da manhã, não entendo porque meu pai não faz nada.

-As vezes os homens também baixam a cabeça e ficam submissos as esposas. - disse vovó.

-Todos deveriam ter igualdade não é mesmo? - perguntou ela me olhando.

-Concordo, acho que tem que haver cumplicidade e parceria.

-Meu pai morre de medo da minha mãe. - comentou Mary. - É até engraçado de ver.

-Seu pai é um amor Mary, tadinho eu quase o insultei no táxi.

-Garota Florence parecia outra pessoa, até eu fiquei com medo dela. - riu Jace.

-Não seja bobo Jace, não pense que me esqueci do que aconteceu, eu vou usar as redes sociais para queimar a loja.

-Garota você quase incendiou o segurança com o olhar.

-Aquela asquerosa daquela mulher ainda vai se ferrar comigo.

-Florence...

-Não tem desculpa Jace.

-Podem me contar o que ouve direito?

-Jace e eu fomos a uma loja de maquiagem pra despistar meu ex.

-Eu fingi ser gay pro cara não pegar no pé dela.

-Bom aí estávamos brincando e Jace me fez cócegas enquanto eu o estapeava, tudo na brincadeira e o segurança nos abordou pergunto pra mim se eu estava com algum problema, confesso que não entendi de início, mas Jace me fez entender e eu queria arrancar os olhos daqueles dois... Desculpe vovó, mas é verdade.

-Te entendo filha. - disse a vovó. - Mas não pode sair agredindo as pessoas por causa disso.

-Eu a reboquei para fora da loja.

-Não deveria, mesmo a senhora sendo contra a violência vó, Jace não merecia ser tratado como um marginal, eles podiam ter nos chamado atenção igualmente, tipo, olha vocês dois estão bagunçando na loja, mas escolheram as palavras erradas e a pessoa errada pra mexer.

-E aí xingou meu pai no táxi achando que ele estava perguntando o mesmo?! - sorriu Mary.

-Ah, eu já tava tão... Com... Agrh...

-Com raiva.

-É... Me senti mal quando ele nos contou o que ouve e... Quando vi sua foto eu e Jace tivemos certeza que precisávamos de você como amiga.

-Papai achava que eu precisava de amigos e confesso que praticamente me obrigou a aceitar seu convite.

-Se arrependeu? - perguntou Florence ficando triste.

-Teria me odiado caso eu não tivesse vindo. - disse Mary e Florence sorriu.

Me Olhe. Me Toque. Me Ame Pra Sempre.Onde histórias criam vida. Descubra agora