Prólogo

118 17 46
                                    


Os doces cabelos negros da menina pareciam secos, mesmo dentro da água. É um efeito engraçado, que sempre interessou este autor, desde criança.

Seus dedos passeavam pela água, serenos, formando pequenas linhas que rapidamente se desmanchavam. Então, sentiu uma pequena pressão em seu ombro, e viu uma pequena borboleta feita do líquido pousada ali. Logo mais borboletas saíram da superfície, circulando a criança. Gargalhava com sua doce risada, até que notou seu pai lhe encarando, de longe, com um sorriso no rosto.

O homem sempre deu tudo de si para que a menina estivesse sempre segura e contente, satisfeita com a própria vida. Naquele dia, ao anoitecer, iria contar à menina uma história; soltar algo que estava preso em seu peito desde que adotou-a. Uma história de guerra, superação, poder e aceitação. Uma história, acima de tudo, de amor.

Do Seu Sol, Para a Minha LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora