Sentir raiva é normal

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TAG: #CerejinhaDoce

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JIMIN

Uma semana havia se passado desde o dia em que Jungkook e eu fomos ao shopping e desde que Yoongi-hyung e eu nos vimos pela última vez.

Eu não estava mais indo à faculdade, acredito que o desânimo caiu sobre mim ainda mais naqueles últimos dias, já que depois de tudo, engenharia civil não era a minha praia e eu estava com tanta raiva sobre tudo sem ao menos ter um motivo, que pensei que se aparecesse por lá nesse período, acabaria por machucar alguém sem necessidade exclusiva para isso.

Yoonnie, Jinnie e Hoseokie me ligaram durante esses dias, perguntaram o porquê de eu não estar mais indo. Afinal, eu sumi da vida deles do nada, nem sequer sai mais com os mesmos.

Expliquei que estava passando por uma fase de desânimo e que por isso não estava a fim de fazer muitas coisas além de rodar pela cidade com minha moto cara e ficar no meu quarto o dia todo ouvindo música.

Depois de muito tempo insistindo, eles finalmente conseguiram me convencer a sair. Era por isso que hoje, no grande dia, peguei minha moto e corri até a casa de um de nossos amigos que tínhamos na faculdade. Estava rolando uma festa ali, e como o bom amante disso que sou eu não poderia faltar.

Estava tão entediado, que tudo que fiz ao chegar lá foi me sentar ao lado dos garotos e bater um papo. Nem bebendo direito eu estava. Não sei a razão, mas a metade de mim queria logo encontrar a Jungkook. Talvez, implicar com ele me fizesse matar o tempo.

Disseram-me que ele viria, mas até então, eu ainda não o tinha visto. Não até agora.

Jungkook apareceu bem em minha frente, com os braços cruzados acima do peito, vestindo um suéter preto e de listras brancas por baixo de um macacão jeans azul. Nos pés, calçava um All Star vermelho.

Ele geralmente não se veste muito bem, mas naquele dia, nada de sua paleta de cores estava combinando.

Jeon estava com o cabelo metade azul e a outra metade rosa claro. Ele havia pintado de novo? Só podia estar de sacanagem com a minha cara!

— Jimin-hyung, você não pode sumir assim do nada. — ainda com os braços cruzados, ele colocou um bico fofo e ao mesmo tempo irritante em seus lábios. Segurou meus pulsos e abriu espaço para si mesmo para sentar ao meu lado — por onde você andou?

Acabo por revirar os olhos, mas não totalmente zangado, já que passei a prestar mais atenção nele e me virei para si, para que pudéssemos continuar a conversa.

— Por lugar nenhum. Eu só andei um pouco mais desanimado de tudo... isso não deveria ser novidade para você — suspirei, passando meus braços em torno do pescoço alheio do outro — e esse seu cabelo, huh? Não me diga que já pintou de novo, depois de todo aquele trabalho que eu tive para hidratar ele.

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