O outro lado da história

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JUNGKOOK

Uma vez, eu havia dito a Jimin que me lembrava dele em meu passado e, bobo como era, Jimin brincou dizendo que talvez tivesse feito parte de minha história em outra vida ou outro universo.

Mas eu não estava brincando quando disse aquilo.

Eu estava no ensino médio quando o vi e, tinha cerca de dezesseis anos quando nos "encontramos" pela primeira vez — isso foi quase na mesma época que sofri o incidente com uma colega de escola.

Embora tenhamos estudado por algum tempo na mesma escola — quando eu fui transferido para terminar o primeiro ano do colegial —, nós nunca nos falamos. Não até a faculdade.

Pensei que nunca mais o veria de novo quando o terceiro ano letivo do Park acabou e eu deixei de vê-lo, mas por destino, lá estávamos nós, tempos depois, na mesma universidade também

Eu mal sabia quem era Park Jimin até ali, apenas sabia que um cara do terceiro ano tinha esse nome.

Antes que eu pudesse perceber, Park Jimin e Min Yoongi já dividiam de uma amizade inabalável. Estavam em seus 19 anos e eu ainda era jovem demais.

Taehyung era meu melhor amigo desde aquela época e isso nunca mudaria, mesmo depois de tudo, eu o considerava alguém importante.

Anos mais tarde, Jimin e eu estávamos na mesma faculdade, porém em cursos diferentes.

Eu ainda era só um calouro na primeira vez que o avistei ali dentro, então pelo tempo que passou, não o reconheci.

Ali, quando o encontrei, o vi apenas como um garoto desengonçado que estava fazendo arruaça em frente a sala do meu curso, enquanto brigava com um veterano.

Aparentemente, a namorada daquele cara gamou no Park e, bem, como sempre, os cornos preferem brigar com os "amantes" do que com suas próprias mulheres.

Os boatos na faculdade se espalhavam rapidamente e, em questão de segundos, já haviam milhares de pessoas em torno deles gritando cada vez mais alto para brigarem.

Park Jimin levou uns três socos, ambos terminaram feridos, mas seus ferimentos eram leves. Após dar uma surra bem dada no veterano que brigava consigo, todos se prontificaram a ajudar o homem, deixando ao garoto briguento com lábios cortados e nariz sangrando para trás.

"— Você está bem?"

Me lembro bem, isso foi o que perguntei a ele quando a multidão se dissipou. Não parecia haver ninguém que ele conhecia ali, já que estava em uma área diferente e para os calouros de direito. Por isso, me aproximei na intenção de servir-lhe como ajuda.

Laranja Fugaz 🍊🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora