Jim Hopper vivia com a sua família, Diane, Sara e Helena em Nova York, até que o destino lhes bateu em sua porta, fazendo com que as coisas começassem a desandar. Sara, a filha mais nova, foi diagnosticada com câncer, e infelizmente, acabou falecend...
A ansiedade rondando cada centímetro de meu corpo era evidente e o meu coração transbordava o sentimento de felicidade. Sara e eu adorávamos quando o papai e a mamãe tiravam folga do trabalho para passarem o tempo conosco, pois passávamos o dia nos divertindo.
- Oba! Agora temos uma cabana em nosso quarto, Sara. – Digo alegremente à minha irmã mais nova enquanto papai termina de ajustar os últimos detalhes.
- Pronto meninas! – Papai diz enquanto levanta-se e sorri em nossa direção – A melhor cabana de lençóis que Nova Iorque já viu!
Minha irmã e eu nos entreolhamos e rapidamente nos direcionamos ao interior da cabana. Havia alguns brinquedos ali colocados por papai e não hesitamos em iniciar as nossas brincadeiras. Vez ou outra discutíamos por querermos o mesmo brinquedo ou não concordarmos em alguma coisa, mas no final sempre nos entendíamos.
- Jim? – Reconhecemos a voz de mamãe e permanecemos em silêncio, na tentativa de nos escondermos dela – Onde estão as garotas?
- Não faço ideia, querida... – Ele a responde – Sabe como elas são. Se escondem incrivelmente bem!
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- Mas preparei esse lanche delicioso com tanto carinho para elas... – Mamãe responde tristemente enquanto Sara e eu nos entreolhamos e sorrimos. Estávamos famintas, mas não queríamos dar o braço a torcer, afinal, estávamos nos escondendo.
- Hum... que cheiro bom! Já que não sabemos onde estão, teremos que comer tudo.
Sara estava pronta para resmungar, mas consegui levar minha mão tampando a sua boca que foi mordida pela mesma em seguida.
- Aí! Sua chata! – Esbravejo enquanto observo a marca da mordida em minha mão.
- Você ouviu isso? – Mamãe pergunta à papai.
- Shhh! Fica quieta. – Eu sussurro à Sara.
De repente, somos surpreendidas ao ver mamãe entrar por um lado e papai entrar pelo outro.
- Ahá! Achamos vocês! – Papai diz alegremente enquanto aproxima-se, envolvendo-nos em um abraço.
- Essa cabana ficou perfeita! – Mamãe diz orgulhosamente.
- Foi o papai quem fez. – Sara a responde – O papai é o melhor construtor de cabanas que existe!
Estávamos nos divertindo enquanto conversávamos alegremente e no momento em que nos levantamos para nos deliciarmos com os lanches feitos por mamãe, senti-me travada. Mamãe, papai e Sara pareciam não perceber a minha presença e aquilo deixava-me desesperada.
- Mamãe? – A chamei na tentativa de que pudesse ouvir-me – Sara?
Nem mesmo a minha própria irmã parecia notar a minha presença. Nem mesmo a falta dela.
- Papai? – Sinto os meus olhos começarem a arderem, dando o sinal de que as lágrimas estavam próximas – Papai, me ajuda!
Fecho os meus olhos fortemente e pouco à pouco a conversa entre mamãe, papai e minha irmã tornam-se cada vez mais distantes, até que então, não ouço nada e no momento em que decido abrir os meus olhos, não vejo nada.
