47. No ápice.

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Sexta-feira. A semana terminou incrivelmente rápido e amanhã a minha pequena irmã estaria deixando-me para iniciar a sua vida em outra cidade. Há dias que a vontade de parar o tempo e esquecer de tudo é extremamente grande... Reescrever uma nova história e tentar as coisas de outra maneira. Tudo isso deixa-me sufocada e angustiada. Tem dias que tudo é mais intenso que os outros dias. Um dia a gente sorri, no outro a gente chora e em alguns a gente não sente nada, apenas um grande vazio.

A sorte não estava à meu favor e isto era evidente. Enquanto preocupava-me em manter as aparências sobre estar radiante com a decisão da partida de Eleven, ainda precisava-me preparar psicologicamente e emocionalmente para isto e também tentar resolver as coisas com Steve, pois após o nosso desentendimento sobre a minha ida ao hospital e encontro com Victor Creel, o rapaz mal fala comigo. 

"Será que a minha preocupação pode piorar?" Penso enquanto termino de colocar roupas de ginástica e um tênis confortável. Em seguida, dirijo-me ao corredor, descendo as escadas e caminho em direção à porta. Aparentemente, a casa estava vazia. No momento em que abro a porta, assusto-me ao ver Steve.

- Oi. – Digo à ele e sabendo que seria inútil insistir em qualquer assunto, tento seguir caminho, no entanto, ele chama-me a atenção.

- Aonde você vai? – Ele questiona-me. 

- Correr

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- Correr. – É então que ao tentar ultrapassá-lo, sinto o meu braço esquerdo ser agarrado – Qual o seu problema?

Antes de responder-me, ele puxa-me gentilmente para si e a forma como mantém os seus olhares fixos em mim, desarma-me por completo. 

- Helena, eu não aguento mais isso... – Ele diz e dou de ombros como se não entendesse o que está querendo dizer – Essa distância entre nós. 

- Você quem resolveu afastar-se, Steve. 

Ele desvia os seus olhares para o chão e então retornam à mim.

- Entenda uma coisa, Helena... – Ele faz uma breve pausa – Se afastar de você é algo totalmente fora de cogitação. No entanto, fui colocado em uma posição bastante delicada. Toda vez você se coloca em perigo, como acha que fico? – Estava prestes a respondê-lo, mas ele não permite – Viver com o medo constante de voltar para casa e não vê-la ou de receber uma notícia ruim. Ainda me lembro perfeitamente da sensação de quase perdê-la naquele acidente. 

- Steve... – Mais uma vez, sou interrompida. 

- Eu não posso e não quero viver sem você. – Steve diz, deslizando suas mãos até o meu rosto e o segurando gentilmente – Eu te amo, Helena.

A forma como Steve encarava-me foi o suficiente para fazer com que todas as horríveis sensações se desaparecessem de maneira instantânea, dando lugar a uma incrível e deliciosa adrenalina que percorria cada canto de meu corpo. O momento tornou-se ainda mais intenso ao deslizar suas mãos por minhas costas, depositando-as em minha cintura e me puxando para mais perto. Os nossos corpos estavam colados e a nossa respiração tornou-se ofegante. 

𝙷𝙰𝚆𝙺𝙸𝙽𝚂Onde histórias criam vida. Descubra agora