A minha intuição dizia o tempo todo que algo não sairia conforme o que havíamos planejado. E se eu tivesse dado a atenção necessária para os sentimentos de alertas que percorriam o meu corpo, talvez Max estivesse bem agora. Embora os médicos ainda não tenham confirmado, o seu pré diagnóstico é morte cerebral e em termos clínicos, a garota só está viva por causa dos aparelhos.
- O quadro dela é irreversível? — Questiono o médico enquanto aproximo-me da maca onde Max está desacordada.
Ele respira fundo.
- Honestamente, é praticamente impossível. A morte encefálica são baseadas nos seguintes princípios: reconhecimento de uma causa conhecida e irreversível para o coma, demonstração de um coma em que o indivíduo não tenha mais nenhuma consciência de si e do meio externo e ausência de reflexos do tronco encefálico, evidência de falência do centro respiratório pelo teste da apneia e a confirmação da ausência da perfusão sanguínea, de atividade elétrica ou metabólica encefálica por meio de exames complementares.
Meus amigos e eu nos entreolhamos rapidamente e então retorno meus olhares ao médico.
- Agora em nossa língua, por favor.
- As circunstâncias da morte cerebral de Maxine é de alguma forma diferente do que a medicina pode explicar... — O médico faz uma breve pausa — Principalmente levando em consideração o fato de que o coração dela parou por mais de um minuto.
- E agora? — Lucas desespera-se — O que vamos fazer?
- Não há o que ser feito à não ser monitorá-la.
Fecho os meus olhos tentando segurar as lágrimas e então direciono meus olhares à Max. Gentilmente, seguro uma de suas mãos sentindo o seu toque gelado. Vê-la desta maneira, tão fraca e frágil fazem um sentimento horrível nascer dentro de mim. O desespero, a ansiedade, a negação e a raiva por alguém de luz passar por tantas coisas ruins. Max Mayfield não merecia nada disto.
"Eu te amo Helena..." Recordo-me das palavras de Max. "E sei que você tentou. Está ouvindo? Eu sei."
É então que as lágrimas caem. Eu não tive chance de correspondê-la.
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𝙷𝙰𝚆𝙺𝙸𝙽𝚂
FanfictionJim Hopper vivia com a sua família, Diane, Sara e Helena em Nova York, até que o destino lhes bateu em sua porta, fazendo com que as coisas começassem a desandar. Sara, a filha mais nova, foi diagnosticada com câncer, e infelizmente, acabou falecend...