57. Cartas

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Dizem que o tempo cura todas as feridas

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Dizem que o tempo cura todas as feridas. Mas quanto maior é a perda, mais profundo é o corte. No entanto, as minhas preocupações neste exato momento tratava-se de um inimigo invisível, o próprio tempo. Como poderíamos lutar contra ele? Desta vez, ele estava mais forte, mais perigoso e, principalmente, mais letal.

"Acho que vou morrer amanhã..." A voz preocupada de Max ecoa em minha mente enquanto tento controlar todos os sentimentos que invadem-me. Uma coisa horrível é saber que vai morrer e chegar tão perto da morte que é capaz de ver as pessoas se despedindo de você. 

E nós estávamos bem na mira da morte. 

Os meus pensamentos são interrompidos quando escutamos o barulho de uma porta se abrindo no corredor do colégio. Nós nos entreolhamos e Steve respira fundo, aproximando-se para pegar a luminária em cima do armário. 

- Fiquem aqui. – Ele diz, sem sequer olhar-me e se retira da sala. 

Eu não o deixaria só, e ele sabia disto.

- Helena! – Ouço Dustin sussurrar o meu nome, mas o ignoro. 

Ao aproximar-me de Steve, vejo-o se assustar e lançar-me um olhar reprovador.

- Eu falei para você ficar lá! – Ele sussurra à mim.

- Eu falei para você ficar lá! – Ele sussurra à mim

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- Então que bom que você não manda em mim. – Eu o respondo enquanto arqueio a sobrancelha. Alertas, caminhamos lado à lado mais a frente para tentarmos ver o que havia passado pela porta. Seja lá o que for ou quem for, estava se aproximando. Em defesa, Steve inclinou a luminária em suas mãos pronto para acertar quem decidisse cruzar o nosso caminho, mas, para a nossa surpresa, fomos assustados com um grito.

- Sou eu! – Lucas diz, erguendo as mãos para se proteger.

- Lucas? – Franzo as minhas sobrancelhas.

- Sou eu! – O garoto repete, recuperando o ar em seus pulmões.

- Jesus! – Steve eleva o tom de sua voz – Qual é o seu problema? 

- Foi mal! 

- Eu poderia ter te quebrado inteiro! 

- Foi mal, gente. – Lucas diz ainda sem fôlego – Acabei de pedalar 13 quilômetros. Só um segundinho. – Ele respira fundo e então nos observa – Nós temos um código vermelho.

𝙷𝙰𝚆𝙺𝙸𝙽𝚂Onde histórias criam vida. Descubra agora