60. Tic-Tac

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Eu sorria

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Eu sorria. Afinal, como poderia não sorrir depois da declaração espontânea de Steve, pegando-me completamente de surpresa? Era possível sentir o meu rosto ficar quente, primeiro pelo desejo, depois com a agonizante impossibilidade de livrar o meu destino das mãos de Vecna. Neste instante, senti como se a nossa história estivesse por um fio de ser totalmente destruída. 

Embora fosse difícil, tentei não demonstrar nada à ele. Tentei simplesmente segurar a expressão triste em meu rosto de como se eu estivesse perdendo algo precioso.

Porque em breve eu perderia.

Somos pegos de surpresa quando sentimos outro tremor invadir o Mundo Invertido. 

- Jesus! — Steve cerra o maxilar enquanto aproxima-se ainda mais para segurar-me e nos apoiar contra uma árvore.

- E lá vamos nós de novo! — Ouço Eddie balbuciar enquanto faz o mesmo.

- Tá, a segunda coisa que eu mais odeio são terremotos... — Robin diz — Sério, já sou desequilibrada naturalmente.

Observamos algo chamar a atenção de Nancy e seguindo a direção de seus olhos notamos que finalmente havíamos chego próximo à sua suposta residência. Ignorando os tremores, começamos a caminhar em sua direção. É incrível e ao mesmo tempo assustador estar em outra realidade, onde, aparentemente, tudo era similar à nossa cidade, exceto é claro, pelo céu avermelhado e azulado, e também as milhares de videiras que tomavam conta do chão, paredes e todo o resto.

- Deveria contratar uma faxineira, Wheeler. — Robin diz ao adentrarmos à casa.

- Vamos... — Nancy ignora o comentário — Quero sair daqui o mais rápido possível.

Nós a seguimos até encontrarmos o seu quarto e sem hesitar a garota dirige-se ao seu guarda-roupas, onde retira uma pequena caixa branca. No entanto, franzimos as sobrancelhas quando ela a abre.

- Isso não são armas. — Eddie comenta, demonstrando certa confusão em sua voz.

- Os saltos são pontudos, mas eu esperava algo tipo projéteis mortais. — Desta vez a voz pertence à Robin.

- Não entendo... — Nancy diz frustrada. 

- Deve estar em outro lugar. — Eddie supõe. 

- Tem crianças em casa, eu sei onde guardo minhas armas. E, outra coisa, joguei este sapato fora há anos!

Respiro fundo enquanto levo uma das mãos em minhas têmporas. As dores de cabeça haviam retornado.

- Se Diane não devolveu as armas de papai para a delegacia, talvez possamos encontrar algo em casa. — Eu sugiro, tentando concentrar-me. 

 

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