06. A balada ficou interessante

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Eu nunca me assumi publicamente e nem para a minha família, os únicos que sabem com certeza são o Sam, o namorido dele, o Jonas, minha melhor amiga Raquel, minha prima Lia e minhas ex namoradas.

Bom, a minha irmã também me flagrou no ano passado com a minha ex na cama, mas ela estava tão bêbada que nem se lembra de nada.

Eu e o Sam os conhecemos no primeiro ano da faculdade, eu estagiei em uma agência de modelos e ele era um dos modelos, nos demos bem de cara.

Depois de um tempo ele juntou coragem e me contou que era gay e eu apreciei tanto o ato de coragem dele que também me assumi lésbica.

Diferente de mim ele teve culhão pra se assumir e sair do armário, todo mundo na indústria da moda sabe disso e a família dele também.

Só as pessoas públicas não sabem porque ele diz que tudo que as pessoas precisam saber é que ele é um modelo competente.

Já eu fui uma arregona, levei ele de acompanhante no casamento da prima Giovanna e fiz o mesmo com as festas de família que vieram depois, então, por causa disso todo mundo acha que ele é meu namorado.

Eu nunca desmenti isso e ele sabe dessa impressão que a minha família tem, mas topa me ajudar só porque somos amigos.

Encaro a Raquel e a peguete dela, a Camila parece ser uma boa pessoa, também é DJ, então os horários batem com os da minha amiga e as duas estão apaixonadas.

A paixão é tanta que, na primeira oportunidade, eu dou uma afastada. Ando até o bar e peço uma bebida, amanhã outras duas modelos vão fazer prova de roupa e vai ser entediante.

Hoje eu só estava animada porque a Júlia estava lá, não consigo me esquecer da hora que ela me pediu ajuda no provador, por mais que eu esteja implorando para a minha mente deixar isso pra lá.

Como se fosse uma piada mal feita do destino, bem na hora que estou tentando afastar esses pensamentos a própria Júlia Christensen senta do meu lado no bar e, agora, ela está usando um decote gigantesco.

Assim que me nota bebendo uma dose de tequila ela fala:

– Oi Meg, tudo bem?
– Oi Júlia, tudo e você?

Eu ia perguntar se ela não estava cansada, mas daí lembrei que ela tem 21 anos e nessa idade a gente ainda aguenta trabalhar de dia e curtir a noite.

– Vim desestressar depois do trabalho hoje.

Pelo jeito despreocupado dela de falar as coisas dá para perceber que ela já bebeu alguma coisa, como diria Giulia Be, a menina está solta.

– E eu que tenho que trabalhar amanhã...

Eu que não sou boba nem nada vou aproveitar a oportunidade para me aproximar dela.

– Mas a sua coleção está incrível, no final vai compensar.

Puxa saquismo ou ela realmente acha isso?

– Eu espero que você esteja certa, de verdade.
– Qualquer um que veja a coleção completa vai falar a mesma coisa que eu.

Virei o resto da dose de uma vez só, então a Júlia falou:

– Acho que eu vou voltar para a pista.
– Boa dança pra você.
– Obrigada – ela gritou pegando o celular de cima do balcão do bar.

– Obrigada – ela gritou pegando o celular de cima do balcão do bar

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Mantenha em segredo - Livro 15 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora