Mantenha em segredo - Livro 15 (Série Família Cavallero) [Concluído]

07. Tem um boato correndo por aí

Para quem estava ansioso pela volta da Família Cavallero nós voltamos depois de quase cinco meses! Gente, não voltei antes porque nesse meio tempo a minha mãe morreu, então eu sofri demais e seria impossível escrever um livro feliz durante o período mais intenso do luto.

Teremos dois capítulos de segunda a sexta até eu concluir a escrita do livro, depois disso eu libero mais capítulos por dia útil.
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Depois de encontrar com a Júlia no bar eu não consegui mais parar de pensar nela com aquele decote imenso agindo como uma pessoa normal e não como a minha modelo.

Qualquer dia desses essa mulher vai me deixar virada, completamente, mas eu preciso lembrar que ela é minha contratada, então tentar alguma coisa fora da minha cabeça nesse momento seria uma burrice sem tamanho.

Falta um pouco mais de uma semana para o desfile e todos na empresa estão tensos, tanto eu, como as meninas e, principal, as modelos.

Estamos em um ensaio porque eu faço questão que tudo saia perfeito, então vamos fazer isso mais algumas vezes. Thalita olha para mim e para a Júlia e sussurra:

– Está correndo um boato por aí, que você só contratou a Júlia porque quer algo a mais com ela. Dizem que aquela mulher loira era sua ex.

Sim, aquela mulher loira é minha ex, a Eliza, mas ao invés de explicar isso para ela eu só finjo que não ouvi nada e começo a bater o pé no ritmo da batida eletrônica que vai compor a trilha sonora do desfile.

Eu sei que sou uma arregona por não contar a verdade para todo mundo, já faz tanto tempo que eu me aceitei que não faz nem sentido manter o segredo para mim, mas eu fico pensando na minha família perfeita digna de estrelar comercial de margarina.

Como eles reagirão quando eu me assumir? Será que eu vou decepcionar meus pais? E se meus tios começarem a rechaçar a minha parte da família por eu ser lésbica?

É uma grande merda ter que pensar em tudo isso, mas infelizmente assim é a sociedade. Um verdadeiro porre...

Nessa hora Júlia entra na passarela e eu perco o foco e sou retirada dos meu desvaneio rapidamente.

A mulher é incrível no que faz e com pouco consegue virar a minha cabeça de pernas para o ar, como é possível gostar tanto assim de uma pessoa que eu nem sei se é do vale?

Me sinto uma estúpida por isso, mas tenho que admitir que o meu racional foi massacrado pelo meu sentimental.

Quem me dera poder escolher de quem eu vou gostar, não estaria nessa enrascada toda!