Capítulo Vinte e Três: Dominância

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Já vou agradecendo pelos 11K. Dormi, acordei e já estávamos em 11???????? Obrigada gente, de verdade, eu me sinto feliz demais! Capítulo fresquinho pra vocês! Boa leitura meus amores, até mais.

Preparem as calc.... Fui!

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O respeito não era apenas por si naquele momento. De certa forma, existia uma pequena coisa que impedia tudo de andar perfeitamente, e isso se chamava: medo. Miranda estava com medo. Talvez por um momento as coisas tivessem desandado demais, seu prazer a entorpecendo, mas ela decidiu que não dava. Não poderia continuar daquela maneira. Estava com medo de algum tipo de rejeição, não queria que fosse assim com tanta pressa. Na verdade, havia esperado muito tempo, mas se Andrea não quisesse o mesmo? O pensamento de que talvez estivesse a assustado, invadido seu espaço pessoal com tanta pressa a fez se afastar.

Andrea estava vermelha, sufocada e excitada o suficiente para que a sensação de afastamento a fizesse choramingar dolorosamente. O medo da rejeição era clara ao ver a mulher se afastar e se pôr de pé em frente à cama, enquanto tentava alinhar os fios platinados. Andrea sentiu um bolo se formar em sua garganta, Miranda não a queria?

- O que... O que houve, Miranda?

Sua voz era absurdamente rouca ao tentar falar com a mulher. O medo, o choro preso mesmo que tentasse não demonstrar. Estava doendo, era assustadora a sensação de algo quebrar dentro de si. Andrea sentou na cama, tentando de alguma forma adquirir forças em suas pernas fracas. Miranda não se encontrava diferente, poderia sentir o formigamento em ambos os membros.

Miranda a olhou, ainda repreendida pelos seus medos e inseguranças. Maldita cegueira presente em ambos os corações! Miranda não sabia como responder, sua boca estava seca e ela precisava de alguma forma falar. Andrea estava surpresa e preocupada. Afinal, Miranda nunca se mostrava tão desesperada e assustada em toda a sua vida.

Mas aquilo não era muito, elas estavam prestes a se entregar uma para a outra. Infelizmente as dores eram cruas demais. A confusão de não saber bem como controlar e fazer funcionar piorava tudo. Ambas se sentiam como adolescentes apaixonadas e assustadas. Era boa a sensação de borboletas, do pertencer, mas doía muito quando a mente nos fazia crer que não era recíproco. Miranda acreditava: Andrea era muito nova e com certeza não iria querer nada com ela em pouco tempo. Tinha uma vida longa pela frente e, não demoraria muito para que sua menopausa atacasse de vez. Se tornaria uma velha carrancuda, talvez não muito atraente. Andrea poderia cansar e procurar algo melhor.

Mas Andrea jamais mudaria de opinião. Miranda foi, era e sempre seria a sua mulher. A sua pessoa. Nova, velha, plastificada, amaria Miranda da mesma forma.

- Miranda, por favor... - Andrea havia esperado muito tempo uma resposta, mas Miranda continuava em uma luta interna sobre expôr mais de si e seu coração, ou manter silêncio - O que você tem? Está pálida.

Andrea se levantou e tentou contato, mas Miranda se afastou como se sua mão pegasse fogo. Algo quebrou dentro de seu peito, de modo que seu corpo quase curvou.

- Por que está me rejeitando dessa forma?

Não era uma pergunta relacionada à sexo, a desejo ou qualquer coisa parecida. Mas sim à questões do coração. Por que Miranda não queria mostrar afeto e correspondê-la? O que Andrea tinha de pouco que não era o suficiente? Por que a sensação de algo partindo como um grande bloco de gelo em pleno calor, era capaz de ser tão doloroso ao ponto de lhes tirar o mísero de ar? Por que amar Miranda era capaz de doer tanto?

- Você não me quer?

Andrea estava desesperada. O silêncio de Miranda era ensurdecedor e matador. Ela estava em frente a grande porta, que lhes separava da realidade dolorosa, do mundo cruel que era capaz de acabar com aquilo tudo. Tudo o que ainda estava no processo de começar. Andrea tentou se aproximar, Miranda tomando mais um passo para trás.

Provocação e Desejo  • MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora