two

5.9K 459 806
                                    

NARRADORA ON

Após voltar a escola S/n correu para arrumar a casa, ela limpou, arrumou os móveis e deu um jeito na cozinha, os pratos continuavam sujos e ela estava dando um jeito nisso.

Ela escuta passos preguiçosos chegando até a cozinha e só pelo andar já sabia que era seu pai.

— O que tem pra comer? – Ele pergunta com sua voz rude de sempre.

— Não sei, eu ainda não preparei nada...

— Como não? Você sabe que horas são S/n? – O mais velho cruza os braços a olhando nos olhos e S/n desliga a torneira apoiando as mãos na pia.

— Eu sei que tá tarde mas eu saí cedo pra ir a escola e a casa estava uma zona, eu precisava arrumar isso antes de cozinhar e...

— Você não presta pra nada! – O homem esbraveja fazendo S/n dar um pulo. — Você sabe que teria aula cedo, poderia muito bem ter feito algo na noite anterior, agora eu tenho que ir trabalhar sem comer nada!

— Eu também ainda não comi nada! Você sabe que eu estaria ocupada hoje, já que é assim, poderia ter acordado mais cedo e feito algo, mas não, espera que eu faça tudo por você! – A garota solta e o semblante de seu pai muda completamente.

— Quer dizer que eu trabalho das 14:00 até a madrugada pra trazer sustento pra essa casa, e você não pode fazer o mínimo que é cuidar dela? – Ele levanta uma das sobrancelhas se aproximando mais da filha.

— Não foi isso o que eu quis dizer eu só...

— Eu entendi muito bem o que você quis dizer S/n, já vejo que a história vai se repetir, vai depender a vida toda de um homem e no fim vai acabar como a sua mãe, morta por aí como a vagabunda que ela é. – Ele diz e S/n aperta forte as unhas contra suas mãos, causando uma dor que a impede de desabar, mas seus olhos se enchem de lágrimas de forma involuntária. — Agora larga esses pratos e trate de me trazer algo pra comer, antes que eu me estresse e te concerte com uma boa surra. – O pai dela diz, saindo da cozinhando, deixando S/n sozinha.

Ela fecha os olhos com força deixando que duas lágrimas escorram pelo seu rosto, seu pai sempre diz que a mãe dela morreu, ou que foi uma vagabunda, que a abandonou porque não gostava dela ou porque S/n não foi suficiente para segurar a mãe. E isso sempre mexia com ela, a deixando completamente destruída.

O'connell seca as mãos com um pano de prato e seca as lágrimas se apressando em fazer o que lhe foi mandado.

Após isso ela sobe para o quarto e se senta na cama, abrindo a mochila para pegar seu celular e acaba se deparando com o cartão da festa de Daphne. A garota toma o cartão em suas mãos e se lembra de Finn.

Ela definitivamente não iria a aquela festa, mas depois da breve conversa com o garoto a mesma começou a repensar sobre isso. S/n odiaria ter que ir numa das festas da Daphne, no entanto, ela nunca foi em uma festa assim antes e mesma que escondido, a curiosidade está acessa em seu interior. Tecnicamente ela passaria despercebido por todos já que é invisível na escola, certo? Então o que ela tem a perder?

S/n afasta esse pensamentos de sua mente e tira seus materiais da mochila, ela passaria o resto da tarde fazendo atividades e escutando música.


𝘵𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦𝘥 𝘨𝘪𝘳𝘭 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora