six

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NARRADORA ON

S/n está no refeitório da escola, de frente para a moça que atende os pedidos.

— O que vai querer pra beber? - A moça pergunta de forma educada porém cansada.

— Tem suco de laranja? - O'connell indaga.

— Não meu bem, o último copo acabou de ser vendido.

— Pode ficar com o meu. - Finn estende o copo para S/n que o olha com uma cara séria, ela não está brava de forma alguma com ele, mas Finn certamente é a última pessoa do mundo que ela quer ver agora.

— Não precisa. - S/n diz com a voz baixa caminhando até sua mesa, deixando a bandeija em cima e quando Finn senta em frente a ela a mesma bufa revirando os olhos. — Olha, eu não quero parecer grossa mas dá pra me deixar sozinha? Acho que é perceptível que eu gosto de estar só.

— Eu irei deixar, assim que você olhar na minha cara e parar de me ignorar. Poxa S/n já tem uma semana desde a última vez que conversamos e você tem passado por cima da minha existência desde então. Eu não aguento mais correr atrás de você.

— Então não corra. - Ela olha nos olhos dele pela primeira vez em dias.

— Eu não queria que eles vissem você chorar, apenas não sabia que iriam pro estúdio naquele dia.

— Finn, apenas... Finja que eu não existo como todos fazem ok?

— Eu até poderia, acontece que eu não quero. Eu não sei se percebeu mas eu me importo com você S/n, mas enquanto você se fechar pra mim eu não vou conseguir me aproximar de você...

S/n abaixa a cabeça brincando com sua comida, calada.

— Por que logo você quer se aproximar de mim? - A voz da garota é baixa, porém firme.

— Porque você é talentosa, gosta das mesmas coisas que eu, é doce e é a única menina desse colégio que não se joga pra cima de mim. - Wolfhard diz e O'connell ri anasalado, Finn sorri ao ver que arrancou um risinho dela. — Eu sei que odiou ter chorado na minha frente S/a, mas eu não quero que se sinta pressionada em ser forte o tempo todo. Não comigo do lado.

Ela parece pensar sobre o que escutou mas olha para Finn com um olhar de que estava cedendo.

— Acho que agora entendo porque as garotas gostam tanto de você.

— Eu sou um príncipe né? Pode falar. - O cacheado se gaba e S/n revira os olhos.

— Passa pra cá. - Ela toma o suco de laranja dele, colocando o canudo na boca já com um semblante muito mais tranquilo e feliz.

S/n ainda está hesitante em se aproximar de Finn, afinal, ela não sabe interagir muito bem com as pessoas e tem medo de acabar "quebrando a cara" no futuro pois na concepção de O'connell, o ser humano é uma espécie que não se deve apostar muitas fichas. Em algum momento vai acabar se decepcionando, mas Finn é a única pessoa que ela sente que não passará por essa miserável desilusão.

O resto do intervalo foi baseado no barulho da mastigação dos dois e barulhos externos de outras pessoas, S/n não é muito de conversar e Finn está começando a entender e respeitar isso. Algumas pessoas que passavam olhavam, afinal, é o Finn Wolfhard conversando com a S/n. É estranho para todos, inclusive para os dois, mas os olhares não incomodam S/n. Ela consegue se sentir segura ao lado dele.

[...]

S/N POV

Estou saindo da escola. Hoje eu tive que ficar até mais tarde pois precisei ajudar o professor de química com o fichário dos alunos, então ao sair da escola tem poucas pessoas. O barulho irritante de conversas paralelas e gritos não me incomodam mais.

Estava andando e já estava a alguns quarteirões de casa, mas sinto a sensação de que estou sendo seguida, olho para trás com o cenho franzido mas não vejo ninguém.

Então balanço a cabeça ignorando mais uma de minhas paranóias e continuo andando normalmente, porém continuo sentindo essa sensação que não me assusta, mas me deixa curiosa. Então me viro de uma vez e não vejo ninguém, quando vou me virar para frente novamente dou um pulo ao ver a Daphne em minha frente.

— O que você quer? - Pergunto ignorando o fato de que ela conseguiu me assustar ao aparecer do nada em minha frente, no meio da rua.

— Conversar, podemos?

— Não. - Dou um passo para voltar a andar mas ela se põe em minha frente, me impedindo. Suspiro. — Certo, fale.

— Aqui não. - A garota ruiva vai me puxando pelo braço e me empurra contra a parede de um muro de um hotel antigo. — O que você tem com o Finn?

— Espera, como é? - Franzo o cenho com uma risada anasalada.

— Você escutou bem. Apenas diga.

— Me arrastou pra cá pra saber o que eu tenho com ele? Por Deus garota.

— Estão namorando? Ficando? São amigos?

— Nenhuma das alternativas. Além disso não é da sua conta.

— Me diga o que você fez! - Daphne grita. — Alguma coisa você deve ter feito pra ele estar tão obcecado por você, eu sou muito mais bonita, inteligente e interessante que você, já fiz de tudo mas ele não dá a mínima pra nada relacionado a mim!

— A diferença entre você e eu é exatamente essa, eu não preciso abrir as pernas pra despertar interesse em alguém.

— O que disse?? - A voz de Collins se alteia.

— O que escutou.

A respiração de Daphne se acelera e ela levanta a mão para acertar o meu rosto mas seguro o braço dela antes que ela o faça.

— Jura Daphne? Vai mesmo brigar com alguém por causa de homem?

— Por que você não morre como a vaca da sua mãe?! - Ela me empurra com força contra a parede fazendo com que eu bata a cabeça com força, arrancando um grunhido de dor da minha parte.

Olho para Daphne assustada com o que ela fez e sinto minha visão ficar turva, então levo minha mão para trás da minha cabeça, sentindo meus dedos molharem e quando olho para a minha mão estava com sangue.

Olho para Daphne mais uma vez mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, sou inundada por um vão preto.




























Continua...

n/a: algm dá um tiro na Daphne fazendo o favor e eu digo se esperava

𝘵𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦𝘥 𝘨𝘪𝘳𝘭 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora