eleven

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FINN POV

Estava na mesa jantando com meus pais e meu irmão, a comida estava boa e a conversa também, rimos das piadas idiotas de meu irmão Nick praticamente o jantar todo.

Nick é meu irmão mais velho, tem 23 anos e mora em Boston com a noiva dele. Sempre que ele pode ele vem em casa pra passar um tempo com a gente, sua mulher também mas não foi o caso de hoje.

Enquanto todos conversam juntos meu celular toca e vejo um número desconhecido na notificação, então peço licença me retirando da mesa e vou para um lugar mais calmo onde não ouçam.

Assim que atendo, me assusto, é S/n. Ela pedia ajuda, sua voz está fraca e baixa, além de assustada.

Chamada de voz On

Me: S/n... O que houve?

S/n: Eu não posso explicar, apenas porfavor venha aqui.

Me: Você tá em casa?? Tá sozinha? O que está havendo?

S/n: Se você não vier agora talvez seja a última vez que ouça a minha voz. Estou em casa, esteja aqui o mais rápido que der.

Chamada de voz Off

Ela desliga o celular então de forma imediata roubo a chave do carro do meu irmão, que estava no quarto dele. Bati meu carro e ele só sai do concerto na quarta feira da próxima semana, por isso não peguei o meu.

Saio de casa pelas portas do fundo sem me importar que sintam minha falta e entro no carro, dirigindo o mais rápido que posso pra casa dela.

S/n estava claramente desesperada, sua voz falhada e consegui escutar seu choro baixo pelo telefone, o que me deixou ainda mais agoniado. Eu não sei o que houve, mas ela está em perigo e eu preciso parar isso.

Assim que paro em frente a casa dela, mando mensagem pro seu celular sem retorno algum. Eu poderia ligar para o número que ela me ligou mas eu não sei se seria seguro... Então tenho a idéia mais imbecil do mundo mas na hora do desespero foi o que me venho em mente.

Com certa dificuldade pulo o muro, indo até a porta da frente onde tem uma parte de vidro que dá pra ver a sala. Meus olhos batem de cara nela, que está sentada no sofá com os pés batendo no chão de forma frenética. Faço um sinal com a mão chamando sua atenção, ela levanta rapidamente e abre a porta com dificuldade para andar. E só então que eu noto todo o sangue.

Quando S/n abre a porta eu a veja coberta de sangue, seus lábios sangram, seu rosto tem alguns machucados e ela anda a ponto de cair.

— Finn... – Ela chora e cai em meus braços, minha expressão ainda é surpresa e estou completamente petrificado.

— S/n... Princesa o que fizeram com você? – Minha voz é baixa o suficiente pra que somente ela ouça, a menina se solta do abraço e abre a boca para falar mas então suas pernas falham e antes que ela caia no chão a pego em meus braços.

Consigo abrir o portão do lado de dentro e abro a porta do carro, a colocando deitada no banco do fundo. Ela tosse muito assim que deita e sua tosse é misturada com sangue.

— Você precisa de um hospital, agora mesmo. – Pulo para o banco da frente.

Não tenho resposta alguma vinda de sua parte então suponho que esteja desacordada, eu tentei a manter acordada o caminho inteiro até o hospital mas parecia ser mais forte que ela. Tudo o que S/n não poderia fazer numa situação assim é dormir, pois sei que ela pode não acordar mais e só de pensar nisso meu coração aperta.

𝘵𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦𝘥 𝘨𝘪𝘳𝘭 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora