thirteen

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S/N POV

Estou finalmente saindo do hospital, não passei tanto tempo aqui mas já não aguento mais ficar nesse lugar frio com cheiro de morte. Eu fui muito bem tratada e tal, mas hospital não é o lugar preferido de muita gente, digo o mesmo sobre mim.

Eu não vou precisar tomar remédio nenhum, já não dói tanto os machucados, só estão começando a ficar roxos e realmente tá feio... Mas pelo menos estou viva, não sei se isso é exatamente bom considerando a vida que vou levar daqui pra frente, mas espero que não seja de todo mal.

Estou no carro do pai do Finn, junto ao Finn que me leva pra casa dele. O caminho é silencioso e é um silêncio desconfortável pra mim, Finn parecia bem mas ele sabe que eu não aprovo nem um pouco isso de eu ficar com ele por um tempo. Eu não preciso de caridade e embora eu esteja fodida, meu orgulho sempre é maior que a minha necessidade e a última coisa que eu queria precisar agora é do Finn e de seus pais.

Quanto ao meu pai... Ele não me procurou e nem me ligou, não teria nem como já que deixei meu celular em casa quando estava saindo. Eu não sei se ele tá preocupado, se tá puto comigo ou se simplismente não se importa com o que houve e está caindo de bêbado por aí.

Após algum tempo o carro para e só então saio dos meus devaneios quando a voz do cacheado soa ao meu lado.

— Chegamos.

Olho pelo vidro do carro e fito a casa, é uma casa bem grande, em tons de branco e tem um jardim muito lindo que é visível pelas grades que fazem o portão.

Finn abre a porta do carro pra mim e estende a mão pra me ajudar a levantar mas ignoro, me levantando sozinha. Ele pigarreia e abaixa a mão, indo até o banco de trás e pegando as poucas coisas minhas que tem com ele.

Andamos em silêncio, nenhum de nós dois ousamos abrir a boca pra falar qualquer coisa. Até entrarmos e darmos de cara com uma mulher de altura mediana, ela estava na sala como se já estivesse saindo.

— Oi mãe. – Finn a cumprimenta e a mulher sorri fraco, ela parecia apressada demais para cumprimentos. — Essa é a S/n... A menina de quem falei.

— Oh sim... – A mulher caminha em minha direção e segura minhas duas mãos. — Ouvi bastante sobre você. Finn te adora S/n, você é muito bem vinda aqui e pode ficar o tempo que precisar.

— Obrigada senhora... Mesmo.

— Ora não agradeça! E não precisa me chamar de senhora, meu nome é Mary.

— Mary. – Repito o nome e sorrio.

— Tenho que sair agora, tenho umas coisinhas pra resolver no trabalho, espero que não se importe. – Ela vira e leva o olhar pra Finn. — Finn, seu pai está no quarto, chame - o e traga - o pra ver sua amiga. Ele estava ansioso pra conhecê - la.

Finn assente e então Mary sai. Olho para o Finn e pigarreio, abraçando meus braços com as mãos.

— Não precisa vê - lo agora, sei o quão desconfortável isso é pra você. Se preferir podemos subir e eu te mostro o seu quarto. – Diz Wolfhard.

— Seria bom...

Algumas escadas acima chegamos ao quarto de hóspedes. É um quarto com cores neutras, não é a minha cara mas é bem maior que o meu e é bastante fresco. Bem mais do que eu esperava e do que eu mereço.

𝘵𝘳𝘰𝘶𝘣𝘭𝘦𝘥 𝘨𝘪𝘳𝘭 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶Onde histórias criam vida. Descubra agora