cabelo da melhor maneira que consegui, e ficou bom por incrível que pareça, limpei o canto dos olhos e Josh entregou minha espada.
Saímos apressados do quarto, no caminho cruzamos com duas mulheres que estavam indo limpar o mesmo e houve uma pequena confusão.
As criadas deram espaço para passarmos, mas Josh e eu tivemos a mesma ideia, ficamos parados por alguns instantes e quando decidimos ir elas fizeram o mesmo, então antes que isso se prolongasse mandei elas irem e rapidamente conseguimos chegar as escadas.
As portas principais estavam abertas, assim que passei por elas avistei o grande grupo de soldados alinhados esperando pelas ordens de seu comandante, o qual estava nesse momento conversando com Lian, que a propósito, já estava melhor depois de ficar sem mexer o pé por quase uma semana
- ... Entendo perfeitamente o que quer dizer - consegui escutar o final de uma frase de Lian assim que me aproximei.
Lian olhou para mim, o mau humor estava estampado em sua cara, imagino que também tenha sido acordado por causa disso. Ele usava roupas formais em tons verde escuro com uma rosa dourada bordada no peito, também levava uma capa de um verde tão escuro que quase parecia preta.
Sem nenhum cumprimento ou coisa do tipo ele se virou novamente para o homem com quem falava.
- Comandante Bartolomeu, esse é, como você já deve imaginar, meu... - houve uma rápida relutância em continuar - ...esposo, príncipe Amenom da casa Targaryen.
- É uma honra conhece-lo senhor - o homem se curvou formalmente - sou Bartolomeu da casa Florent, foi dada a mim a missão de liderar essa tropa para proteger o seu castelo, suas terras e, principalmente, o senhor seu esposo.
Lian deveria estar se sentindo uma donzela confinada em uma torre.
- O prazer é meu... - disse olhando a tropa e depois voltei a olhar para ele - peço perdão pela demora, isso nos pegou de surpresa.
- O que ? - perguntou surpreso - me disseram que tudo tinha sido explicado em um papel entregue no dia do seu casamento.
- Papel ? - perguntei tentando me lembrar.
Não demorou muito e escutei passos apressados atrás de mim, me virei e vi Lili andando até Lian e lhe entregando justamente um papel.
- Obrigado - disse Lian antes de desenrola-lo e dar uma lida rápida - aqui esta, " ...assim que regressarmos a Jardim de Cima uma tropa será separada e deve demorar por volta de seis dias para ficar pronta e chegar até o castelo."
Lian enrolou o papel e me encarou.
- Ah, era esse papel - me lembrei do presente que ganhei sob ameaça.
Lian respirou fundo e se virou para o capitão.
- Houve uma falta de atenção por nossa parte, peço desculpas por isso.
- Não há problema algum senhor - ele deu um pequeno sorriso.
- Muito bem - disse Lian logo em seguida - seus homens devem estar cansados da viagem, vamos arranjar um lugar para eles comerem e descansarem.
- Eu cuido disso - disse Josh se aproximando de Bartolomeu... sim, esse é o nome dele. - ainda não fomos apresentados, sou Josh da casa Baratheon, eu... bem... eu sou...
- Castelão - disse rapidamente para ajuda-lo
Josh nunca teve uma função bem definida, desde que foi levado para a fortaleza ele sempre treinou junto comigo, mas também sempre "trabalhou" para mim, como uma espécie de escudeiro, mas ele nunca foi nada disso, sempre o considerei um amigo.
- O prazer é meu - falou o capitão estendendo a mão para Josh, o qual a apertou - ficaria muito grato se ajudasse meus homens.
Eles eram bem parecidos quando estão perto, com diferença que Bartolomeu é menor que Josh, da minha altura eu diria, e sua barba é bem feita e curta. Ele aparentava ser musculoso tal qual meu amigo.
- Por que não toma café conosco - o convidei - assim podemos conversar mais.
- Agradeço o convite senhor, mas sempre como junto da minha tropa.
- Ora, vamos, será só hoje - sorri para encoraja-lo.
Ele relutou um pouco, mas no fim aceitou.
- Tudo bem, vou abrir uma exceção.
- Você também vem Josh ? - me virei para ele
- Hoje acho que vou comer com eles - apontou para os cavaleiros.
- Tudo bem - me virei para Lian - vamos ?
Ele concordou com a cabeça e foi na frente seguido de Lili.
Ele parecia não estar querendo conversar muito, abrindo um exceção para a ruiva, com quem trocava algumas palavras em um tom baixo, nem parecia a mesma pessoa com quem eu havia conversado essa ultima semana, não falávamos muito mas ele parecia muito mais atencioso do que ele é.
chegamos ao salão de jantar, houve uma breve discussão entre Lian e Lili, onde ela disse algo e ele protestou, mas logo revirou os olhos e pareceu ceder, ele ficou parado em frente uma cadeira e Lili passou perto de mim, ficou na pontas dos pés e cochichou rapidamente:
- Puxe a cadeira para Lian se sentar.
E saiu para a cozinha.
Bartolomeu não notou nada, estava olhando em volta, admirando o novo local de trabalho.
- Sente-se - falei para ele apontando um lugar na mesa, então fui até Lian e puxei a cadeira.
Depois que ele já estava acomodado fui até a outra ponta da mesa e me sentei.
Ficamos em silêncio esperando o café ser trazido, o momento chegava quase a ser um pouco constrangedor.
- É comandante a quanto tempo ? - perguntou Lian.
- Dois anos, se não me falha a memória. - disse com uma grande carga de orgulho em sua voz
- Sei - Lian colocou os cotovelos na mesa e juntou as mãos - imaginei mesmo que você não tivesse tanto tempo de profissão, me parece tão novo.
- Tenho vinte anos.
Lian ergueu uma sobrancelha o analisando.
- E você sempre morou em Jardim de Cima ? - dessa vez eu perguntei
- Não, eu nasci lá, mas depois minha família se mudou para uma vila por causa de uma parente que estava doente ou algo do tipo, e coincidentemente era essa a vila.
- Nossa, que ironia - comentei, e até Lian pareceu se interessar pela história.
- Sim, depois, a uns três anos mais ou menos, voltei para Jardim de Cima.
- Engraçado, não me lembro de você - comentou Lian
- Acho que porque eu sou um pouco mais reservado que os outros comandantes - olhou para ele - mas eu me lembro do senhor, saindo as vezes com um livro na mão indo na direção do pomar... Na verdade... Acho que eram as unicas vezes que te via.
- Eu não tenho paciência para festas e outros encontros do tipo - respondeu enquanto brincava com os dedos.
- Entendo.
- E por que voltou ? - perguntou Lian olhando para ele novamente- recebeu alguma proposta ?
- Sim, mas também teve alguns... - relutou - problemas pessoais, o que acabou incentivando toda a coisa.
- O que era ? Sua parente morreu ? - perguntei
- AMENOM ! - Lian falou olhando bruscamente para mim - que tipo de pergunta é essa ?
Ele não me deu tempo de responder, logo se virou para Bartolomeu.
- peço mil perdões pela indiscrição dele, você não precisa responder.
- Esta tudo bem - ele riu - mas eu realmente prefiro não falar sobre isso.
Ficamos em silêncio, percebi que minha pergunta realmente foi um pouco indiscreta, mas como ele não parece envergonhado acho que está tudo bem.
- Ei, Bartolomeu. - ele olhou para mim - se importa se eu te chamar só de Bart ? É que assim não fica tudo tão burocrático.
- Fique a vontade - sorriu - esse já é meu apelido mesmo.
O café chegou e continuamos conversando sobre diversos assuntos, principalmente sobre o novo morador do castelo.
terminando de comer, ele pediu licença dizendo que iria ver como sua tropa estava e agradeceu pela comida e a gentileza, não respondi pois minha boca estava cheia, mas Lian o fez por mim.
- Eu achei ele uma pessoa muito agradável - disse limpando as migalhas da boca - e você ?
Lian me encarou por uns instantes, sério, então disse.
- Da próxima vez que você receber algum papel, trate de lê-lo no mesmo momento ou pelo menos entrega-lo para mim, entendeu ? - ele estava com alguma espécie de raiava contida controlada que chegava até a ser intimidadora.
- Tudo bem... - respondi o encarando.
- E pense no que vai falar para os outros para não me fazer passar outra vergonha dessa.
- Esta bem, vou tomar cuidado. - preferi só concordar sem questionar nem nada, ele já parecia irritado demais
Lian esfregou os olhos e se levantou.
- Aonde você vai ? - arrisquei perguntar.
- Dormir um pouco e pensar em um jeito de alojar tantas pessoas em um castelo que nem pátio de treino tem.
Ele tinha razão, precisávamos arranjar um lugar para todos aqueles homens dormirem e guardarem suas coisas.
- Eu te ajudo com isso - disse me levantando.
- Quer ajudar - concordei - então de um jeito de arrumar um abrigo temporário para eles.
Começou a ir na direção da escada, eu o segui e Lili, que ainda não tinha notado que estava no salão também.
- Lili, não quero ninguém me importunando até eu sair daquele quarto - disse enquanto subia os degraus - se qualquer um cogitar fazer isso, sinta-se na obrigação de espanta-lo e na liberdade de mata-lo.
- Sim senhor - ela respondeu normalmente.
Não sei o que acho mais estranho, o excesso de irritação de Lian ou a normalidade com que Lili aceita isso.
- Ei, Lian - o chamei subindo alguns degraus para vê-lo.
- O que ? - disse sem se virar indo em direção a porta.
- Nada de mais, só queria saber onde está aquele Lian desses últimos dias - me atrevi a falar.
- Caiu numa vala - respondeu secamente enquanto entrava no seu quarto e fechava a porta.
Dei uma leve risada.
Me virei e Lili me encarava.
- O que foi ? - perguntei
- Só acho engraçado como o senhor brinca com uma pessoa completamente brava. - respondeu sem mudar a expressão seria
- Não parece - comentei e ela deu de ombros.
ficamos quietos por alguns instantes, então resolvi puxar algum assunto.
- Ele esta irritado porque foi acordado cedo ?
- Sim - ela respondeu - mas ele também esta incomodado com tantas pessoas.
- Mas ele nem vai precisar falar com eles.
- Acho que ele se sente muito confinado e frágil com tanta proteção - desviou rapidamente o olhar para o quarto de Lian e depois olhou para mim.
- Deve ser, acho que também ficaria assim se tivesse mais de 50 soldados para me proteger.
- Então o senhor não acha que isso se estenda a você ?
- Não - disse convicto - não preciso de proteção.
- O senhor se lembra que é um príncipe não é ?
- Sim, mas sei me defender muito bem, diria que até sou melhor que meus irmãos - disse orgulhoso - essa belezinha aqui vira a mais perigosa das armas na minha mão
Bati a mão na espada.
- Sei... - disse ela com indiferença - então está dizendo que Lian não sabe se defender ?
- Eu não diria isso, ele é muito perigoso com o arco, mas você sabe como é.
- Receio que não senhor - Lili soltou as mãos que estavam na frente do corpo e as juntou novamente atrás dele.
- Arqueiros são bons de longe, mas de perto só servem para apanhar - olhei para trás - e não digo isso por causa de Lian, essa é a verdade, assim que nos aproximamos eles correm. - olhei para trás mais uma vez -e no caso dele é mais acentuado, porque acho que você notou que força não é o forte dele.
- Você parece ter bastante experiência - comentou
- Não tive nenhuma batalha verdadeira ainda, mas já tivemos muitos treinos de campo.
- interessante - disse mas, como sempre, não parecia verdade.
- Lili, posso te fazer uma pergunta ? - ela confirmou com a cabeça - todos no norte são sérios assim como você ?
Ela suspirou
- Se algum dia for para lá, vera que esse comportamento frio e mais comum do que parece.
- Entendi.
Ia falar algo, mas um barulho veio da sala comum, ambos olhamos para lá surpresos, logo em seguida apareceu o Meistre com um corvo grasnando em uma mão e uma carta na outra.
- Carta para o senhor Lian - a entregou para Lili.
- Da irmã dele ? - ela perguntou observando a carta, aproveitei para olha-la também, estava selada com uma rosa em cera roxa.
- Sim, acabou de chegar - o corvo tentou bicar a barba dele, mas o Meistre desviou.
aquela devia ser a resposta a uma carta que Lian enviou a alguns dias, contando como estavam as coisas.
- Obrigada Lanom - disse Lili subindo as escadas.
- Você vai levar isso para o Lian Mesmo ele dizendo que não queria ser incomodado ? - perguntei.
- Sim - respondeu sem se virar - mas vou apenas passar a carta por baixo da porta, se ele ainda estiver acordado vai ver.
Lili fez o que disse e desceu as escadas novamente, ficamos ali conversando um pouco... Bom, na verdade eu estava falando, Lili escutava e Lanom tentava controlar o corvo.
Um barulho veio do andar de cima, Lian saiu do quarto descalço e com a carta aberta em mãos.
- Bom dia Lanom - disse se aproximando - pode me mostrar onde tem tinta e cera ?
- Claro, na minha torre tem de sobra.
- Ótimo - Lian foi na frente, Lanom nos olhou e depois saiu atrás dele.
- Vamos atrás ? - perguntei para Lili
- O senhor não tinha que ir improvisar algo para os soldados ?
- Ora Lili, vai ser rápido - comecei a andar e ela me seguiu.
Chegando na sala do Meistre, vi Lian sentado em uma mesa respondendo a carta de Amélia enquanto Lanom dava de comer aos corvos.
Cheguei perto de Lian para ver melhor.
- Nossa, sua letra é tão bonita - sorri - fico até triste pela minha.
- Se treinasse a caligrafia ela seria melhor. - respondeu sem tirar os olhos do papel.
- Não tenho paciência para isso - respondi olhando em volta e depois de volta para a carta. - Diga a Amélia que eu mandei lembranças.
Lian não respondeu, continuou escrevendo, mas pude ver que escreveu meu nome ali.
- Agora a cera - disse assim que dobrou a carta - Lili, já que esta aqui, pode selar a carta para mim ?
Ela concordou com a cabeça.
- Amenom, preciso falar com você - ele se levantou e foi até uma janela.
- Certo... - o segui já pensando o que teria feito dessa vez.
- Não é nada demais - apontou para fora, da torre dava para ver o pátio inteiro, e todos os soldados que nele estavam - você não estranhou tantos cavaleiros para um lugar tão pequeno ?
- Eu também achei um pouco demais... mas o que tem isso ?
- Amélia disse na carta que meu pai ia mandar menos, mas parece que ele está desconfiado sobre os Greyjoy, que eles estão com uma movimentação estranha, por isso aumentou o numero de homens.
- Mas é algo sério ?
- Acho que não, mas você sabe que eles não tem o melhor dos históricos - ficou quieto enquanto olhava para fora - Enfim, só pensei que seria melhor te avisar.
- Entendi, obrigado pela confiança - eu acho, pelo menos.
Lian me olhou por alguns instantes, mas se virou ouvindo o barulho da carimbada que Lili acabará de dar.
- Pronto - disse estendendo a carta para Lian
Ele a analisou e cerrou o cenho.
- Um dragão em cera preta ? - perguntou.
- É a única que temos - ela respondeu - e o carimbo também é o único
- Então temos que encomendar alguma outra cor, essa é muito feia. - foi até Lanom e deu a carta para ele.
- Também vai querer outro carimbo ? - ela perguntou.
- Não, o carimbo não faz muita diferença - se virou para Lanom novamente - Obrigado pela ajuda - depois para mim - e você trate de ir logo ajudar os soldados
Se despediu e saiu, Lili foi logo atrás dizendo que iria arranjar as novas ceras e Lanom disse que iria enviar a carta.
Sem mais desculpas para enrolar, sai da torre e fui até o pátio
Os soldados andavam apressados, tirando a bagagem das carroças, alimentando os animais, arrumando os equipamentos, enfim, um monte de coisas.
Seria difícil encontrar Josh no meio daquela multidão, e mais ainda encontrar Bart, mas felizmente os dois estavam juntos discutindo sobre alguma coisa.
- Como estão as coisas ? - perguntei assim que consegui me aproximar.
- Esta indo bem senhor, apesar da falta de espaço. - respondeu
- Vamos ter que dar um jeito de arrumar um lugar fixo para eles dormirem e guardarem seus pertences. - falou Josh
- E um campo de treinamento também, se não for pedir demais - completou Bart.
- Acho que um castelo de veraneio não foi a melhor opção - falei encostando na parede - mas fazer o que, Lian queria esse lugar.
- É sempre assim, mesmo mais fortes sempre acabamos obedecendo - disse o comandante rindo.
troquei um olhar com Josh e depois olhamos para ele.
- Você parece saber bem sobre o assunto - comentei - por acaso é casado ?
- Não senhor.
- Então esta apaixonado - disse Josh o cutucando com o cotovelo.
- Também não.
- Então como fala com tanta convicção ?
- Eu tenho irmãs mais novas - disse simplesmente.
- Mas acho que não é igual - falei - ou é ?
- Acredite - falou Josh suspirando - é sim.
- Mas você não tem irmãos mais novos - falei estranhando.
- Você é a criança que tenho que aturar, quando põe algo na cabeça é tão teimoso que chega até a ser pior que uma.
Bart soltou uma risada mas rapidamente se conteve voltando a ficar sério.
- engraçadão - dei um empurrão em Josh, mas depois sorri, até porque tinha uma ponta de verdade o que ele disse.
- Agora, voltando ao assunto, temos que terminar de montar as barracas antes de anoitecer. - falou Bart
- Barracas ?- perguntei e ele apontou para fora, onde eles estavam sendo montadas. - Ah! Que bom que vocês já acharam um meio provisório, me poupou trabalho.
- Sim, trouxemos elas caso houvesse algum problema... - ele se curvou - Se o senhor me der licença, eu vou ajudar meus homens agora.
- Claro, mas espere até Josh e eu tirarmos as armaduras, pois também vamos ajudar. - Josh concordou.
- Não precisam se incomodar, nós damos conta disso.
- Deixe disso Bart - ele ia falar algo, mas fui mais rápido- vem Josh, vamos nos trocar.
E assim fizemos, vestimos outras roupas e fomos ajudar.Ficamos um bom tempo até terminarmos tudo, o sol esteve quente a manha toda, por isso estávamos morrendo de calor quando tudo terminou, Josh até estava um pouco vermelho, mas graças a minha linhagem abençoada, não tinha nem uma marca sequer.
Bart disse que estávamos livres já que tudo tinha sido feito.
Voltei para o castelo e fui direto pro meu quarto, onde tirei a parte de cima da minha roupa, estava todo suado, o que não é de se estranhar já que mesmo imune ao calor, ainda consigo senti-lo.
Me deitei na cama, que estava gelada, para me refrescar, relaxei assim que senti minhas costas esfriarem.
Não muito depois, alguém bateu na porta e eu fui atender. Lian olhou para mim e ergueu uma sobrancelha.
- parece que você fez um bocado de esforço - comentou.
- É que eu estava ajudando Bart e os soldados dele a montarem o acampamento.
- Ah ! Então você arranjou uma solução.
- Na verdade eles já tinham ela - falei coçando a nuca.
- Entendo - fez uma pausa - bom, vim te avisar que estou saindo para resolver a questão do pomar.
- mas já ? - perguntei
- Quanto mais cedo plantarmos mais cedo colhemos.
- entendi, e como vai ser ? - me escorei na porta.
- Vou testar a terra daqui, ver que lugar e melhor para cada fruta, onde plantar cada uma, essas coisas - respondeu simplesmente.
- E você vai sozinho ? Se quiser posso ir junto - ofereci.
- Obrigado mas prefiro ir sozinho, assim consigo me concentrar melhor.
- Tudo bem então.
- eu já vou indo, aproveite seu descanso enquanto isso.
- pode deixar.
ele fez um sinal de despedida com a mão e se foi.
Bocejei depois que ele saiu, acho que um cochilo cairia muito bem agora, fechei a porta, me deitei e dormi.
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O Dragão e a Rosa
FanfictionNesse Spin-off baseado no universo de Game Of Thrones, Lian Tyrell e Amenom Targaryen são obrigados a se casar para evitar uma possivel futura guerra entre suas casas e, consequentemente, entre todos os sete reinos de Westeros. Entre todas confusões...