Capítulo 59 - A velha na floresta

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Bem, depois de dois dias de descanso, o casal tratou de saber o que haveria de ser feito com Ellarion.

Um falcão tinha sido enviado junto da chegada de Lian, alertando os Martell e a coroa sobre o ocorrido. Resumindo-se as respostas, ficou decidido que não haveria julgamento, mas que se Ellarion voltasse a pisar na Campina, os Tyrell teriam o direito de fazer o que bem entendessem com ele.

Lorde Martell reagiu com surpresa diante de tal notícia, mas era óbvio que ele tinha noção das ações do filho. Ele não gostou muito da decisão tomada pelo rei, mas dado a repercussão que isso poderia ter nos sete reinos, preferiu não questionar, traindo o lema de sua própria casa.

Quanto ao sequestrador, nada se ouviu falar dele depois daquilo, é dito que ele retornou a Lançassolar para ficar sob a vigilância da família, porém estava claro que Ellarion daria um jeito de escapar deles e ter sua vida solitária de volta.

Lian temia sua volta, mas Amenom insistia em tranquiliza-lo, dizendo que aumentaria a segurança do castelo e o lembrando da existência de Malvin

A lula tinha sido um acontecimento muito engraçado e inesperado na vida de nossa rosa. Ao ser questionado sobre o porque de ter resolvido ir para lá, não respondeu. Porém, quando Lian perguntou, enquanto a sós, ele revelou.

- Depois que voltamos as ilhas de ferro, meu pai me recepcionou, mas... Não foi nada caloroso, na verdade ele me deu uma bela pancada na cabeça com o cabo do gancho, depois gritou comigo, dizendo como fui ridículo e inútil na invasão, me culpou por todas as perdas e... bem... me desertou em seguida.

- Pelos sete... - comentou Lian.

- Pois é, foi bem como você disse...

- Eu sinto muito...

- Não tem que sentir, eu detestava aquele lugar fedorento e mofado! Além do mais, minha família nunca ligou para mim de verdade, afinal, com três filhos brilhantes na frente, pra que se preocupar com o caçula sem nenhum talento ?

Ele fez uma pausa.

- Mas aqui... aqui eu me senti... bem - encarou a rosa - nunca ninguém se preocupou em tratar minhas feridas como você, ainda mais indo diariamente a minha cela me ver... E também, vocês todos foram bondosos com meus homens e amigos... nunca ninguém tinha me dedicado tanto tempo!

Lian não sabia o que falar, então malvin continuou.

- Por isso voltei para cá... nem que fosse como empregado, só de estar aqui, eu já me sentiria bem.

Depois de muito pensar, Lian apenas conseguiu dizer.

- Que bom que você está aqui conosco, Malvin.

Depois dessa conversa, ficou decidido em definitivo que a lula faria a segurança pessoal da rosa. O que ele fez questão de reforçar, dizendo que não teria compromisso com ninguém além de Lian.

No começo, Amenom estranhou, mas vendo que o rapaz seguia Lian como uma criança que segue um adulto, ele começou a ligar menos para a presença dele, tentando até puxar assunto as vezes, porém Malvin era muito direto e não falava muito com ninguém, exceto com Lian.

Além disso, nada de muito especial aconteceu.

Após algumas semanas de descanso, o casal planejou sair para caminhar pelos campos que rodeiam a vila e o castelo, levando Lili, Sig, Malvin, Josh e sua esposa.

Eles andaram em momentos em grupo, em momentos em casais. Nessas horas a lula reduzia o passo para cuidar da retaguarda de seu grupo, evitando atrapalha-los e a interação social.

O Dragão e a RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora