Capítulo 33 - A história de Will e Bart

38 7 0
                                    


Bartolomeu da casa florent acabara de chegar a pequena vila onde uma tia morava. Apesar do nome nobre, ele não fazia parte da linhagem principal da família, era filho do segundo irmão do atual Lord Florent e ainda por cima, era a cria mais nova, tinha um irmão e uma irmã mais velhos.

Nunca foram muito ricos, tinham vida tranquila, mas ainda assim nada que valesse o reconhecimento.

- Marta, não imagina como estamos cansados - dizia sua mãe para a tia - viajar de carroça é horrível.

- Imagino que seja - abraçou-a - e as crianças, onde estão.

- ARTHUR, AURÉLIA E BARTOLOMEU, VENHAM AQUI - gritou.

- Não precisa gritar, mãe, estamos bem aqui - falou Arthur.

- Olha a falta de respeito, moleque - virou-se para a cunhada - aqui estão.

- Ah, mas estão muito crescidos - se aproximou para vê-los - com quantos anos estão ?

- Arthur está com 14, Aurélia 13 e Bart com 10.

- Já ??? Parece que faz tão pouco tempo desde a ultima visita.

- Pois é...

- Venham guardar suas coisas aqui dentro - as duas entraram na frente - por que meu irmão não veio dessa vez ?

- Disse que tinha muito o que resolver e... - a vozes sumiram gradativamente.

Os irmãos se entre olharam.

- O que querem fazer ? - perguntou Aurélia - acho que vou ficar por aqui

- Eu estou com sono, vou subir e tirar um cochilo - respondeu o mais velho.

- Serio que vão ficar ? Por que não damos uma olhada na cidade ?

- Bart, já vimos essa vila varias vezes - disse a garota - mas se quiser, pode ir, eu aviso a mãe pra você.

- Vão te pegar e jogar dentro de um saco - falou Arthur.

O caçula mostrou a língua.

- Ninguém consegue me pegar - estufou o peito.

- Então vai, senhor explorador, desbrave a enorme Vila das Ninfeias.

- Vou mesmo - e saiu correndo para o outro lado da rua.

O pequeno Bart andou pela cidade que já conhecia, passando pelo centro, pela beira do rio, pela estrada, enfim, andou muito até que se entediou.

O garoto brincava de jogar pedras sentado em um banco até que algo chamou sua atenção, uma carroça cheia de produtos e tapeçarias peculiares, ele logo notou que era um comerciante de Essos.

Quis se aproximar para ver o que ele levava, mas se conteve percebendo que a dona da taberna do outro lado da rua saiu a seu encontro.

Eles trocaram algumas palavras e então um menino pulou da carroça, ele era ruivo, pequeno e magro, devia ter quase a mesma idade que Bart. A mulher olhou para os lados para conferir se não havia ninguém, entregou um saco com dinheiro para ele e o comerciante foi embora.

A taberneira de pele morena agachou, conversou com o garoto de maneira gentil e depois entrou com ele.

Bart estava surpreso, a escravidão em Westeros tinha sido extinta a muito tempo, precisava averiguar aquilo.

Foi sorrateiramente até a janela da taberna e, com cuidado, olhou para dentro.

O garoto estava sozinho sentado em um dos bancos do balcão, coagido e um pouco assustado.

O Dragão e a RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora