CAPÍTULO 50

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Lorenzo

Passo horas observando a minha menina dormindo, mas mesmo durante o sono a sua fisionomia é de dor.

Alguém bate na porta e após eu autorizar a entrada o Marco entra no quarto junto com a Maria, eu havia lhe pedido que a trouxesse pois a Anna gosta muito dela.

A Maria será uma boa companhia para minha bebê, ela está frágil e se sentindo sozinha nesse momento, todos que ela tanto amava a traíram. E a amizade e carinho da nossa governanta irá aliviar um pouco a tristeza dela, é o que eu espero.

― Boa noite Maria, que bom que você veio, a Anna fica muito feliz em te ver. ― Lhe digo.

― Boa noite senhor Vittilo, também estou feliz por ver a minha menina. ― Ela me responde formalmente mais uma vez.

― Eu vou sair para resolver alguns problemas, mas ficarão seis soldados na porta para proteger vocês. A Helisa e meu pai estão proibidos de entrar aqui, e qualquer coisa que precisar pode pedir aos soldados ou me ligue. ― Lhe digo e saio do quarto.

Passo no quarto dos meus filhos e fico alguns minutinhos com eles, depois saio sendo seguido pelo Marco.

Vou até o consultório do Carlos, bato na porta e após ele me autorizar eu entro, vou até ele e me sento em uma poltrona em frente a sua mesa.

― Boa noite Lorenzo, em que poso ajuda-lo? ― Ele me pergunta.

― Boa noite Carlos, eu vim aqui pedir que você organize tudo para que a Anna fique no mesmo quarto que nossos filhos, assim será mais fácil para manter a segurança deles. ― Lhe respondo.

― Irei organizar a transferência de quarto agora mesmo. ― Ele diz.

― Obrigado Carlos, eu estou de saída e provavelmente só voltarei amanhã, mas me ligue caso for necessário. ― Lhe respondo e saio de seu consultório.

Vou com o Marco até o elevador que nos leva diretamente para a garagem, ao sair entramos em meu carro e saímos indo em direção a Cede da Famiglia.

O percurso foi rápido, chegamos em menos de quarenta minutos. O Marco estaciona o carro, saímos e vamos até o porão onde a Mary e o cúmplice dela estão.

Me aproximo dela que dorme, seu rosto está todo inchado, ela tem cortes profundos pelos braços e pernas mas nada disso chega me comove. Ela merece isso tudo e muito mais por tudo que fez a minha bebê passar por anos.

― Acorde ela. ― Digo para o Maique, um dos meus soldados e irmão caçula do Marco.

Ele joga água gelada nela, que acorda gritando e chorando, ao perceber a nossa presença ela se senta e se arrasta pelo chão tentando manter uma distância de nós.

― Mary eu sei que você está sofrendo e muito, meu homens fizeram um estrago e tanto. Você pode acabar com eu sofrimento, é só me contar onde seu querido marido está. ― Lhe digo e ela me olha com ódio.

― Jamais direi nada você seu maldito. ― Ela me responde e cospe no chão perto dos meus pés.

― Não tem problema Mary eu sou muito paciente e tenho todo o tempo do mundo. ― Lhe digo e me afasto.

Vou até a mesa de bebidas que fica aqui no porão, sirvo uma dose de whisky para mim e meus dois soldados de confiança, nos sentamos e começamos a beber.

― Marco cuide das feridas dela, não queremos que ela morra de infecção ou hemorragia. Que espécie de gênero eu seria se deixasse a digníssima vadia do meu sogro morrer em condições tão precárias. ― Falo alto o suficiente para que ela escute.

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora