CAPÍTULO 49

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Lorenzo

Após a conversa que tive com a Anna no banheiro, ela se deitou como eu pedi e fechou os olhos ignorando a minha totalmente a presença.

Minutos depois alguém bate na porta e após eu autorizar que entre, a tia dela entra no quarto. A Anna sorri para ela, o segundo sorriso que eu vi hoje.

Helena vai até ela e as duas se abraçam, e logo em seguida ela me cumprimenta. Aproveito que a ela está aqui com a minha bebê e saio para tomar um café, e também conferi e observar o perímetro.

Estamos em guerra com a máfia Americana, e seria fácil vence-lo se não tivéssemos um rato os ajudando a se esconder dentro do nosso país.

O Jhordy está nos infernizando desde a a morte do Jon e da Sofhy, vem acontecendo ataque em cima de ataque. Então decretamos toque de recolher para que nenhum inocente se machuque.

Uma coisa boa nisso tudo é que ele não tem o apoio do conselho da máfia Americana e dos aliados dele. Estão todos contra o Jhordy, pois entenderam que o Jon e a Sofhy procuraram por isso quando sequestraram e machucaram a minha esposa.

Ando pelos corredores do hospital e não percebo nenhuma movimentação estranha, chego na cantina, peço um café, tomo, pago a conta e saio.

Volto em direção ao quarto e vejo a Helena sair chorando, ela passa por mim e seguro seu braço.

― Você contou para a Anna que é tia dela? ― Lhe pergunto.

― Foi sem querer, eu não queria ter contado. ― Ela me responde.

― Merda Helena, já havíamos conversado sobre isso. Eu te falei para manter a porra da boca fechada ao menos até ela se recuperar. ― Lhe digo com muita raiva dela.

Entro correndo no quarto e encontro a minha menina sentada e encolhida na cama, chorando desconsolada.

Me aproximo dela e a abraço tentando consola-la, ela tenta se soltar de mim mas aumento o aperto.

Tento conversar com ela sobre nós, e tudo que aconteceu mas ela se irrita e não me escuta. Esta tão nervosa que seu corpo treme, ela chora tanto que está começando a ficar rouca.

Ela se solta de mim, e se levanta da cama, me olha e só vejo dor em sua fisionomia. Me aproximo dela e mais uma vez ela se afasta de mim e continua gritando e falando tudo que sente.

Paro de tentar fazer com que me escute e deixo que desabafe a dor e a mágoa que  está sentindo.  De repente o corpo dela oscila, ela se apoia na cama e logo em seguida começa a vomitar.

Preocupado com seu bem estar, me aproximo e pergunto o que ela tem e  onde que dói.  Mas ela não me responde apenas fecha os olhos e apaga em seguida, ainda bem que eu estava perto dela e consegui pega-la antes que caísse e se machucasse ainda mais.

A deito na cama e toco a campainha pedindo ajuda, minutos depois a Marta chega no quarto e começa a examina-la.

O quê que ela têm? ― Pergunto para a Marta.

― Foi apenas um desmaio, acredito que ela teve uma crise de ansiedade. A Anna está muito sensível emocionalmente com tudo que aconteceu. ― Ela me responde.

― Esse desmaio foi culpa minha, tentei conversar mas ela se exaltou muito. ― Lhe digo.

― O estresse da discussão de vocês fez a pressão arterial dela se elevar e o corpo agiu causando o desmaio para evitar um dano maior a saúde dela. Tente evitar esse tipo de situação, a Anna ainda está se recuperando e essas discussões não fazem bem a ela.  ― Ela me responde após acabar de examina-la.

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora