CAPÍTULO 37

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Anna Klara

Acordo assustada após ter outro pesadelo, rapidamente me levanto e vou ao banheiro,  meu estômago se revira e vômito. Meus enjôos parecem ter piorado nos últimos dias, meus bebês rejeitam tudo que como. 

Me levanto do chão, dou a descarga, escovo meus dentes e volto para o meu novo quarto. Ele fica no térreo e nos fundos da casa, a Maria me trouxe para cá no dia que assinei o divórcio a três semanas  atrás.

Ordens do Lorenzo é claro, ele me odeia tanto que não suporta me ver. Continua acreditando que sou uma traidora, e para mim tanto faz, eu estou cansada de lutar.

Eu já desisti de conseguir fugir desse lugar, a porta e as janelas do quarto ficam trancadas e não posso sair nem para fazer as minhas refeições.

Esta chegando o dia dos meus bebês nascerem, estou muito perto do oitavo mês de gestação e meu maior medo é não conseguir conhecê-los. 

Depois deles nascerem serei mandado para Los Angeles, devolvida para o Jhordy. Com certeza ele me mandara para uma das suas boates para ser uma prostituta, não irei suportar passar por mais essa dor.

— Anna eu trouxe seu café da manhã. — A Maria fala se aproximando de mim e me assusto pois estava tão distraída que não percebi a sua presença.

— Obrigado Maria, pode deixar aí depois eu como. — Lhe respondo.

— Pelo visto acordou enjoada mais uma vez, você está tão pálida menina. — Ela diz e toca meu rosto de forma carinhosa.

— Maria posso te pedir um favor? — Lhe pergunto.

— Claro filha. — Ela me responde.

— Tira uma foto minha grávida e depois a leve para imprimir e emoldurar. — Lhe digo.

— Eu não tenho câmera menina. — Ela me responde.

— Pode ser com a do seu celular. — Lhe respondo e ela acena em concordância.

Me sento em uma poltrona que tem no quarto e fica de frente para uma janela, levanto a minha blusa expondo meu ventre, coloco as minhas mãos sobre ele e tento dar o meu melhor sorriso.

— Ficou linda filha, eu fiz mais do que uma foto. — Ela diz após tirar a foto.

— Obrigado Maria. — Lhe respondo.

— Para que você quer essas fotos filha? — Ela me pergunta.

— É para meus bebês, um dia eles irão saber de tudo e se quiserem poderão me conhecer pela foto. — Lhe respondo.

— A minha menina, como eu queria poder te tirar daqui e levar para um lugar bem longe. Mas eu não posso, o Lorenzo colocou um dos soldados dele na minha cola o tempo todo. — Ela diz e me abraça.

— Eu sei Maria, não se preocupe com isso. Já sou grata só por ter seu apóio e carinho. — Lhe respondo.

— Vou voltar para a cozinha filha, se não daqui a pouco o brutamontes vem até aqui me tirar do quarto. — Ela diz e me abraça mais uma vez.

Após ela sair eu tento comer um pouco do meu café da manhã mas não desce, só de olhar para a comida meu estômago se revira.

Volto para a cama e me deito e fecho meus olhos tentando não pensar em nada que me faça sofrer. Imagino meus bebês, como eles serão  e isso me traz um pouco de paz.

Horas mais tarde a Maria trás outra bandeja dessa vez com meu almoço, mas outra vez não consigo comer por causa do enjôo.

A tarde chegou e dessa vez quem entra no quarto é a enfermeira Vanessa, ela me olha estranho  principalmente para a minha barriga e fico com medo.

O preço de um segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora